Paisagem que me viu crescer me ensina
O que é eternidade na minha retina.
Mais além das cercas do tempo e espaço,
Estarei sempre deixando os meus passos
Na terra vermelha da minha infância.
Nem ontem, nem amanhã, ou distância,
Lógica em calendário ou latitude
Pode mudar esta minha atitude:
Meu bom pensamento me levará
Perto da mangueira e da sabiá.
Ao lado da igreja, eis minha casa
Nesse silêncio de fechada asa.
Todo voo, nesse porto, pousado:
Tempo suspenso em futuro lembrado
Quando a alma se põe à flor da pele
Dos meus sentidos e a mim transfere
Pulsação do Divino coração
Do mato, da água, do céu e do chão
Para eu ser de sangue e de saudade
Berço do meu menino sem idade.
(E. Rofatto)
Comentários
Só quem viveu a pureza do campo sabe o que esse viver significa. Muito, muito lindo! Bjs
Poesia bela, amigo! Lembranças boas trás. Senti o cheiro da mata, o barulho das águas...Aplausos. Abraços
Soberbo poeta...uma viagem ao passado trazendo lembranças
de tempos que nos ficam gravados nas mais recônditas memórias
Meus aplausos
FC
Muito bem ornamentado com palavras e versos, onde as lembranças afloram lugares vividos na tua infância. São recordações mágicas e que nunca mais retornarão. O importante é que você Poeta Edvaldo tem arquivado com um carinho especial um lugar na sua mente para esses momentos inesquecíveis. Meus aplausos. Um abraço.
Grato, Ricardo! Sim, há uma recanto para onde fujo, em pensamento, a me pôr em contato com um mundo muito particular. Só de belezas. Ali, a infância! Um abraço, meu amigo!
Que delicia de versos.Eu ameeiiiiiiiiiiiii!!
Beijos
Ciducha
Bem-vinda, Ciducha! Um prazer, a tua visita; uma alegria, o teu comentário! Obrigado!
Bem- vinda, Ciducha! Um prazer, a sua visita e comentário! Grato! Bj
E é tão gostoso beber um café
Olhando o sol nascer...
Verídico poeta Rofatto fica quase impossível de sair de uma
fazenda quando a gente entra e pousa nela!
Grato, Sam! Não há lugar como a roça - concordo com você! Nóis num tem mânei memo, nóis num é bunito memo, mai nóis é feliz! Ô se nóis é! Eita, mundo véio sem portera!