Por Jennifer Melânia
A impressão saiu de letras tortas
não era bem o que sonhava ver
imaginei um lago profundo, água parada
um pássaro indeciso a margem, será que voo?!
fiquei ali num torpor, esquecida, apagada
o lago sempre o mesmo, a água parada
o pássaro esqueceu como voar e ficou
igual a mim poeta, a impressão nos olhos
na verdade, já tatuada uma cena na imaginação
e esta cena se repetiu tão bobamente, parecia
(me perdoe) que o mundo havia dado um apagão
confesso, levei tempo para entender, foi eu, foi eu!
a impressão não era como pintei
havia sim um lago, mas era transparente, aberto
o pássaro repousava enquanto bebia água, se deliciava
e eu, não fiquei ali, eu andei. eu vivi, eu impressionei
as letras tortas são minhas especialidades
gosto delas...parecem as mais certas, improfundas!
talvez, porque vejo migrar beleza para as diferenças
Comentários
O que seria da arte sem as impressões?
Maravilhoso texto.Parabéns!
Mais um maravilhoso poema, Jennifer!
Obrigada, Marso, abraços poéticos .
Maravilha de composição, poetisa.
Mais uma vez parabéns pelo lindo momento.
Querida Edith, obrigada!! Bjim pra vc
Mais uma preciosidade poética compartilhada aqui na nossa casa. Abraços.
Obrigada, Cláudio! Um prazer fazer parte desta casa.