Eu sei que foram os dois engraçadinhos
Que jogaram meu radinho na panela de feijão
Isso foi obra dos meus dois netinhos
Deus do Céu! Ísis, BHenrico, o vovô não aguenta não
Um dia desses, até eu fiquei com dó
Amarraram a vovó e amordaçaram o Manchinha
Foi gritaria, um tremendo reboliço
Pois jogaram pó de mico enquanto a mamãe dormia
Fora de casa fica tudo mais tranqüilo
Ah! Se fossem os meus filhos não seria tão hilário
É diabrura em cima de diabrura
Guardem suas dentaduras, lacrem o vaso sanitário
Ah, esses dois têm criptônita no corpo
Eu fiquei foi um mês torto quando puxaram a cadeira
O meu vizinho quase teve um infarto
Amarraram o cão e o gato lá no pé de bananeira
Botaram açúcar no colírio da mamãe
Jogaram cinzas no xarope do papai
Confesso, haja tanta travessura
Esses dois ninguém segura e ninguém agüenta mais
Gente, ela tem três e ele seis anos
Chego às vezes a pensar que eles não têm coração
Quando calados é certo que estão tramando
Tanto que os pais só vivem com o chinelo na mão
E os dois me lembram um gibi que eu sempre lia
Hanz e Fritz , dois pestinhas: Sobrinhos do Capitão
Onde o final da historia eu já sabia
Que depois das diabruras sempre vinha o esfregão
E que esfregão...
E eu que odiava o Capitão!
(Petronio)
Comentários
Meus aplausos para essa obra poética linda!
Se o vovô não aguenta imagina os professores em sala de aula.
Aplausos Petronio.
É bom ver-te aqui.
Tanta coisa assim só vejo nas turmas de sexto ano. Parabéns pelo poema, uma epopeia de diabruras. Abraços.
Linda expressão poética, e haja coração para tanta diabrura rsrs. Bom descanso.