SOBRAS

Desejo. Mas simplesmente desejar

Que gosto tem além e após o almejo?

Vejo que pouco entendo desse inesperado

Lampejo que arde a alma e enternece

 

O espírito, mas se atraiçoa compunge.

Ah, quisera ser indócil, mas tenho medo.

Assim, morro secreto em meus segredos

Solitário em minha redoma de vidro

 

Escorrendo feito areia dos dedos.

A sorte apara minhas descuidadas loucuras

Ser incauto seria um desafio permanente

 

Não fosse a ingênua malícia derreter

O que resta das sobras, e me podar e roer

As amarras, por certo estaria sem rumo.

 

PSRosseto

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Paulo Sérgio Rosseto

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Comentários

  • Cada dia vai-se embora um pouquinho.

    Bela obra, Paulo.

    Aplausos!

  • Um encanto de poema, ilustrado de sentimentos, que encanto

  • Meus aplausos, seu poema é belo! Abraços

  • 1681778503?profile=RESIZE_710x

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