Desejo. Mas simplesmente desejar
Que gosto tem além e após o almejo?
Vejo que pouco entendo desse inesperado
Lampejo que arde a alma e enternece
O espírito, mas se atraiçoa compunge.
Ah, quisera ser indócil, mas tenho medo.
Assim, morro secreto em meus segredos
Solitário em minha redoma de vidro
Escorrendo feito areia dos dedos.
A sorte apara minhas descuidadas loucuras
Ser incauto seria um desafio permanente
Não fosse a ingênua malícia derreter
O que resta das sobras, e me podar e roer
As amarras, por certo estaria sem rumo.
PSRosseto
Comentários
Cada dia vai-se embora um pouquinho.
Bela obra, Paulo.
Aplausos!
Um encanto de poema, ilustrado de sentimentos, que encanto
Meus aplausos, seu poema é belo! Abraços