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Jogo da vida
As águas correndo nos leitos dos rios,
floreiam meus sonhos no solo de Gaia,
em noite adornada de fina cambraia,
no jogo da vida, aquecendo meus brios.
O canto do boto a incitar desvarios,
em cada recanto das águas se espraia,
e até no
Sinto como que, em cárcere privado
Sim, neste corpo físico, mui débil
Tento ser primoroso, afável, hábil
Ocultar, disfarçar, conter meu brado.
.
E ao pensar temo ser alienado
Tornar-se, desprezível, sim ignóbil
Torna-me a decepção, ser pouco móbil
Sonhos audazes...
Um resto de noite à deriva...
no quarto com você, sozinha
vidraças d'alma embaçadas
sangram gotas invisíveis...
São desenhos de versos...
Vívidos na penumbra da memória desfilando fantasias,
lembram-me há quanto tempo não me a
Repara: o silêncio ronda a galope
e há réstias de sol no quase noite
algo nos espreita adiante: envelope
de estrelas, luar de março em açoite?
O mar é grisalho e a onda vacilante
enche toda praia de conchas e algas
o sol inda permanece atento, vigilante
em
Quando disser adeus
Esvazio pra sempre todos os paladares fluindo e
Palpitando em cada beijo que deixámos coexistindo
Colhendo as essências de um vinculado adeus
Incompreendido, submisso…preterido
Quando disser adeus
Pode até o tempo parasitar nos
Onde o dia amanhece sorrindo
O galo canta eu escuto
Os passarinhos se assanham
Molham o bico e cantam...
Gosto de acordar e encontrar
Gente que diz bom dia
Que sabe o que é gentileza
Não exibindo grandeza...
Gosto de sentir o meu pé
Pisando nes
Quando um amor se vai
Uma parte de nós se desfaz
Some feito vento
E se perde através do tempo
Quando um amor se vai
O muro das certezas cai
E tudo que acreditamos
Passa a ser um sonho que sonhamos
Quando se perde um amor
Compreendemos o que é sofr
Fenda
Abriu-se uma fenda na terra ressequida
Esquecida, devastada por mãos insanas
No afã de encontrar o eldorado na lida
Que não dá trégua nessas ações levianas.
Desce no seio da fenda sombria um fio
D’água límpida que contrasta com a terra
Afo
Declamei versos de amor no palanque
de uma arena medieval,
feras domesticadas engoliram o que proferi.
Ouvia-se apenas o furor dos ventos
a uivar por entre as colunatas em forma de arco,
até sibilar a esmo em meio aos pavilhões.
Um silêncio esmagador apode