Posts de Alexandre Montalvan (557)

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Murmúrio das Águas

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Murmúrio das Águas

Cala-me, a última sensação da alma
certa que as palavras
não são ditas sem sentido,
logo que se apure os ouvidos.
Uma linguagem descabida então?
Não!
Esta além das carnes, pele e músculos.
Esta nos amores que
não são mais
deste mundo,
na sublime conjunção do
coração.
E tão divina esta
matéria que se inebria
em tudo aquilo que a transcende.

Um ai de nós, que só
possuímos elementos rústicos,
neste banquete
de suaves murmúrios das águas,
de emoções e sentimentos
fazendo nosso deleite tão triste
pois perdemos
grande parte deste
encantamento.

Alexandre Montalvan

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Soneto do Amor Proibido

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Soneto do Amor Proibido

Diz-me querida que eu te persigo
como o colibri persegue a flor
que não quero sentir o perigo
ao me entregar a este louco amor

Eu bem sei de mim e não consigo
conter o meu lado pecador
este amor que é proibido eu maldigo
enraizado em meu corpo aonde eu for

Porem como evitar o proibido
se os meus olhos só tem olhos pra você
em você eternizo os meus sentidos

Em você encontro toda a emoção
se este meu amor por ti é proibido
Oh Deus! Faça parar meu coração

Alexandre Montalvan

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minha alma

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minha alma

alma minha alma
que fazes contida neste corpo
impuro que nas linhas
que em minha mão se espalma
tal qual um leque de luzes e trevas
nas ondas das verdes relvas

alma minha alma
perdida nesta lúgubre prisão
sem asas sem ar
no céu na mais completa escuridão
tristes horas que olho com meus olhos de vidro
alguém apagou as estrelas do céu
aperto minhas mãos neste frio entorpecido

alma minha alma
neste finito silencioso tudo é passado
exceto o instante presente
que de tão efêmero
é um sopro alado
que sugado pelas pernas ao passado
evapora-se no ar

alma minha alma
em um salto no escuro
meu corpo desaparecendo
como a fumaça de algo impuro
eu me vejo correndo
neste anoitecer esquisito
alma minha alma
uma estrela pulsando no infinito

alexandre montalvan

 

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O Último Grito

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O Último Grito

Lábio! vem no teu ultimo grito de guerra,
na loucura de devanear
sabia o amor ao abrir sua janela,
a fuga da luz para as sombras da terra,
e a penumbra espreita as raízes, a paixão.

Do riso agudo ao cume do penhasco,
as pedras que rolam no chão,
as palavras não faladas, inquietas as mãos... 
ora abertas, ora fechadas, as densas cercas do abandono...
nunca mais a tomarei em meus braços,
nem pegarei em tuas mãos.

A pele risca como sabes, é chegada a hora.
Se toda a dor que a gente sente
é a mesma que de repente não fica, mas
também não quer ir embora.

E não se sabe por que chora
um choro convulsivo e quente,
balbuciando palavras eloquentes
pela paixão que não morreu outrora.

A tristeza que ecoa neste ultimo grito
que ninguém diga que eu exorbito
pois na dor da minha pele arrancada pelo vento
hão de escutar com os ouvidos os lamentos
lancinantes a romper as barreiras do infinito.

Alexandre Montalvan

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Deus Morto ???

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Deus Morto???

Ai meu Deus, esta é a minha face
toda cheia de verdades
mas a verdade é nenhuma
exceto apenas uma
tu começas a morrer assim que nasce

Fiz de uma casa um continente
cheia de cômodos e uma cozinha
perdida coitadinha, encolhida e profunda
e a toda ignorância que a abunda
grita ao mundo: Adivinha!!!!!

Claro que quando sumir o ultimo burguês
de um pequeno espaço aflito
haverá um absurdo arquétipo brutal
neste mundo agora virtual
que a tua face o fez e o desfez

Ai meu Deus, então adivinha
de que é que vale tanta filosofia
se até já te disseram morto
e tantos aplaudiram sem nenhum desconforto
e até hoje cacarejam como galinhas.

Alexandre Montalvan


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Decadência

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Decadência

Chegamos ao meio, entre o branco e o preto
houveram infinitos amanheceres. Eramos um tubo de ensaio,
eu e você permeávamos o tédio entre abril e maio.

Havia doçura mas não mais prazer, éramos jovens
eu sabia, e a cada amanhecer já não havia magia,
nesta loucura tensa inexistia o meio do dia para mim
ou para você.

Enganávamos o futuro e o presente era só promessa,
neste transito o tédio permeava nosso romance, conjuntura
aflitiva em que junho ficava fora do nosso alcance.

Todas as palavras imagináveis foram ditas, o pó que sobre a
mesa restava era de um infinito banal e espelhos refletiam
a si mesmo em outros espelhos, demonstrando apenas a pálida
intenção de um branco que queria ser vermelho.

E assim os meios não significavam um fim e não se concatenavam
entre o querer e o sentir, olhares vazios, olhos frios
e sem vida e o sentir não era sentido e o querer
era apenas a negação do querido.

Por fim, junho resplandeceu e em seu bojo a solidão da alma
vislumbrou a proximidade do inverno e um intenso azul no céu,
e também um mar de águas frias onde balançava solitário
um pequeno barco de papel.

Alexandre Montalvan

 

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Sem Dizer Adeus

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Sem Dizer Adeus

Ninguém diz a verdade das coisas,
talvez porque ela não exista;
Até mesmo quando um pequeno pássaro pousa
em um galho de arvore, que com seu peso
começa a partir-se.

Não cai porque a verdade não existe
que eternamente haja ou seja,
porém qualquer finitude sempre persiste
no amolecer da mente com um copo de cerveja.

Não é preciso de palavras de consolo,
a realidade se distorce a cada novo olhar.
Pequenas coisas são as que deixam saudade,
as grandes magoam e as vezes fazem chorar

O dia se foi e agora é noite, se aborreceu
nada se segura neste mundo, até o teu amor morreu,
você partiu sem me dizer adeus
e a verdade que acreditei haver um dia,
entre as mentiras se perdeu.

Alexandre Montalvan

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O Amor e seu Flagelo

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O Amor  e seu Flagelo

 

Se tu queres que haja magia

Que emane da tua alma solitária

Um amor que se extravase em poesia

E que dure muitas vidas e não apenas dias

 

Se tu queres teu olhar irradiando harmonia

E que da tua boca aveludada e macia

Somente palavras de fantasias

Sonhos de amores, como linda sinfonia.

 

Ser uma princesa em um enorme  castelo

Ter um lindo príncipe forte e belo

Queres da vida aroma doce do caramelo

E o néctar de sexo puro e singelo

 

Assim é fácil, é um querer adverso à anarquia

Eu devo então marcar um estreito paralelo

E terei de criar uma nostalgia

Por que a vida... Ah a vida! É do amor o seu flagelo

 

Alexandre Montalvan

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Não me Culpe

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Não me Culpe

 

Não me culpe por ser como eu sou

no ardor do amor sou uma usina

no suor desta trama que enredou

longos gemidos marcados na cama

 

A paixão extremada em pleno voo

que faz de você a mais feminina

o tesão que inflama, a nós abrasou

e incendeia a cama com esta chama

 

Tome os meus lábios com os teus

com todo o teu aroma me envolvendo

eu quero o terrorismo deste amor

 

Também o sumo que nos esbraseia no calor

e a tua pele que se liquefaz sobre meu corpo

gemer de prazer e morrer sem sentir dor

 

Alexandre Montalvan

 

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Soneto do Sapo Ladrão

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Sapo Ladrão

Um ditado antigo e verdadeiro
cadeia é para preto, pobre e puta
no Brasil é um fértil canteiro
e o STF favorece esta conduta

Abriram as portas do inferno
o STF soltou os colarinhos brancos
ladroes saem com seus caros ternos
aplaudidos por otários de bermudas e tamancos

Roubam milhões e não tiram cadeia
enquanto o desemprego e a fome
desgraçam a nossa despedaçada nação

O sapo barbudo entre a multidão passeia
enquanto a corte de cegos engolem
pão com mortadela e suco de limão.

Alexandre Montalvan

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Terra Seca

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Terra Seca

 

Havia tanta miséria

que as pedras viravam comida

o tempo lento doía

e a vida secava na terra

abrindo ferozes feridas

 

Opacas as faces marcadas

com cheiro de mal nascidas

os lábios encorrugidos

e as almas desventuradas

nesta vida, todas amortecidas

 

Vida, vida com cheiro de morte

pois  fogo queimava a vida

que transcendia sem qualquer suporte

mas que brilhava por ser tão pura

e só restando quem era forte

 

Nalguma noite olhares discretos

que perdidos por seus pensamentos

batiam cascos na terra dura

levantando nuvens de poeira

que carregavam as chuvas nas costas dos ventos.

 

Alexandre Montalvan

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Deusa da Luxuria

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Deusa da Luxuria

Os teus seios pedem e consentem
beijos na tua pele ardente
sal a escorrer pela boca... incandescente.
E a primavera que de repente,
exala no mundo essência de flores

E o sol que brilha no céu
como um halo na cor do mais puro cobre.
E o rio, aonde um barco de papel escorre,
pelas curvas do tempo que se retesa e torce,
na busca de efêmeros amores

Neste pedaço de vida, nesta rua florida
é você que só revida com beijos na boca
porem de tantos pecados é absolvida
mesmo na anuência louca
destes gemidos debaixo de cobertores

Deusa da luxuria consentida é você
que extrai lavas de falos reluzentes.
Hedonê corroa a carne dos enganosos
em um mar de despudores,
jogue na miséria
aqueles que hostilizam amores e gozos
mas se enfeitam de polens de flores.

Alexandre Montalvan

 

 

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Anjo e um Sorriso

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Anjo e um Sorriso

Anjo porque faz tantas promessas
se tem pressa de conhecer todo meu ser
venhas mansa diluída e confessa
que o amor é uma flor a se apreender

 

Anjo as tuas mãos são como seda
deslizando pelas águas de um lago
és um fogo de poderosas labaredas
és meiguice, és um toque, és um afago

 

Anjo porque choras por tão pouco
esta noite eu estarei com você
vou falar coisas de amor com um tom rouco
vou te amar com um amor de enlouquecer

 

Quero ver renascer o teu sorriso
eu preciso aquecer teu coração
nosso amor inconsequente e sem juízo
faz o mundo estremecer nesta união

 

Alexandre Montalvan


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Incontrolável Amor

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Incontrolável Amor

Irresponsável  é esta ternura
cheia de um tesão crescente
nestes beijos eloquentes
de língua lábios e dentes
amando tua figura.

 

A paixão tencionada e cortante é pura sequela
no desespero deste dia de fogo
estou louco e mudo com língua neste jogo
toco teus seios no escuro
perco a sensatez que nada me revela.

Deste arrepio agarro as tuas mãos
eu beijo e aspiro teus cabelos
doce minha pretensão de ir mais longe
a minha boca louca em tuas coxas
úmida, você atende meus apelos.

Carne pele, pelos. Gritante impudor
um mar de ofegantes gemidos
é a fúria em forma de sons permitidos
a avidez da minha boca em teus ouvidos
é a paixão mesclada ao amor.

Sangrando pelos meios escorre o leite da vida
corpos nus em uma imagem não permitida
desconstruídos na lascívia atrevida
despedaçados de prazer e gozo
fruto deste amor... Incontrolável e saboroso!

Alexandre montalvan

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Soneto do Bem e do Mal

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Soneto do Bem e do Mal 

 

No cerne da alma humana, o mal habita,

nasce em mim esta imensa dor factual

e a escuridão imposta é infinita,

caso eu olhe nos olhos deste mal

 

Porem  toda a minha alma explicita

que há amor e ele não é residual

e toda esta força nos habilita

a catrafilar todo este mal

 

A cada pequena fibra de um tema

nasce a inquietação no meu ser

pode e talvez não seja poema, 

 

não importa, pois me fará renascer

e isto para mim não é nenhum problema

porque um dia o mal, o bem... Há de vencer.

 

Alexandre Montalvan

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Olhos do Ator

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Olhos do Ator

 

O clarão azul do silencio

turva era a sua retina morta

salta nuvens que dos céus despencam

sobre este desperto coração

com sua artéria aorta.

 

Indevassável os seus olhos escuros

e a sua córnea  fina esbranquiçada como vidro

estilhaçada era macia e mansa

e neste palco repleto de muros

as lagrimas que encharcavam o chão comovido

 

E assim se construía a vida derradeira,

entre o escuro e a luz

certo que o mundo era coberto de fogueiras

de sombras, archotes e labaredas

e as dores que tudo isto induz

 

E assim começava a peça dramática

com lábios e línguas

e os olhos do ator

escuros como a noite profunda

mas com seu brilho arrasador.

 

Alexandre Montalvan

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Soneto das Fases

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Soneto das Fases

Na noite um hálito quente
o coração em disparada
ao vingar a madrugada
um leve toque de repente

Doce é o mel que com os dentes
estremece a pele rasa
quando o corpo geme urgente
na luz da lua desmaida

São pecados e o mal é doença
luzes, sons sem sentidos
explosões imensas

É o corpo se abrindo faminto
fogo nos ecos dos ouvidos
e nenhuma recompensa.

Alexandre Montalvan

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Flor Maravilhosa

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Flor Maravilhosa

 

Quando ouvires a voz na noite, apura

teus sentidos e não se esconda nas sombras

onde o luar termina e não se descortina.

 

Permita-o que ilumine a tua figura

e caso tenhas medo, flor maravilhosa,

inspire teu aroma de rosa, pois ele te fará segura

e cheia de mistérios e a ti estará unido,

será teu equilíbrio.

 

Não se permita na noite florescer,

aquilo que se esconde não sabe,

que logo haverá o amanhecer.

 

Que todo seu esplendor seja de rosa

que desabrochou

porque todo e qualquer sentido

só terá sentido no limiar infinito do amor

 

 

Alexandre Montalvan

 
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Essência da Manhã

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Essência da Manhã

 

Na essência primitiva

se espera que emane as feras

mas na posse contemplativa

a aura branca cativa

se expande em sua esfera,

é na mais pura correnteza

de falsas aguas

mas de enovelada surpresa

que da nome a incerteza

de intatiáveis aguas.

 

Mesmo que tudo se pareça magoas

o brilho é tanto e ofuscante

que nos prende por fazer sentir,

amar e por sorrir

até por aquilo que se espera vir

e na verdade brilha feito diamante

um brilho tocante

de mil fragmentos indefinidos.

 

 

A transcendência do desconhecido

o fulgor do teu rosto imberbe

transparece uma mistura

como a agua falsa que ferve

ou as improváveis magoas

seus textos e suas rasuras

mas tudo são só palavras.

 

A primitiva essência é tamanha

que legitima diluir-se no abstrato

no frescor das folhas de hortelã

ou na concretude de um inverossímil retrato

espelhado nas falsas aguas

de uma ensolarada

manha.

 

Alexandre Montalvan

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Por Entre Cacos

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Por Entre Cacos

 

O que há dentro deste oco

tanto desespero incontido 

a fúria deste que vos lê

semente morta sem sentido

 

O que tenho neste vaso fúnebre

e que me traz ambiguidades

olho e vejo tantos de mim

espalhados...vermes decepados

 

Emborquei todos meus mistérios

nesta noite inconsequente e pura

com meus olhos olhei a rua

no coração disparou meus medos

 

Sou um caçador de desventuras

sou meu próprio algoz

retalho-me como as faces da lua

e a tua mão não me deixa só

 

Esta chama é tudo que me resta

esta mão insana, este inverno

estou sempre neste inferno

a alma quente neste mar de lama

 

Viver é andar em cacos de vidro

o corpo segue a frente indeciso

a alma tua é só suicídio, mas nosso

olhar vislumbra o desconhecido

 

Alexandre Montalvan

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CPP