Fechei os olhos para o sol,
sem consciência ou intenção,
deixei de ser um girassol,
sem perspectiva ou visão.
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Ninguém sente a minha falta,
só eu sei que eu existo,
a solidão é que me mata,
peço socorro ao meu Cristo.
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Ás paredes me confesso,
de como a minha alma se sente,
toda virada do avesso,
que o meu olhar nunca mente.
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Meu argumento tem substancia,
para muitos é infundado,
é apenas circunstancia,
de um coração amargurado.
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Só sabem o que é batimento,
de um corpo em sobressalto,
quando já não há sentimento,
e a alma grita bem alto.
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Oh! Deus todo poderoso...
tira-me desta agonia,
não é desgosto amoroso,
é melro que não pia.
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Cristina Maria Afonso Ivens Duarte