Posts de Joao Carreira Poeta (544)

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Poema — A Agulha Nua.

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A Agulha Nua

Dizem as más línguas que a agulha anda sempre nua,
mas vesti milhares de pessoas na praça,
os tecidos, as linhas, os botões da blusa, não recua
são seus auxiliares que a protege, das ameaças.

Furando pano, vai deixando rastros coloridos,
vai bordando os caminhos da vida,
desenhando os jardins eternamente floridos,
numa trajetória humilde bem vivida!

Se despe, fica nua diante do amor do vestuário,
sua nudez se cobre de arte quando vê,
um longo vestido branco num cenário

sendo abraçado por um terno azul-marinho,
a satisfação é tanta que se sente nua como um bebê
A gratidão é um bom vinho que chega devagarinho!

Fim!

 

Espero que você tenha gostado deste soneto, portanto, que nosso querido — Deus — 
te abençoe ricamente tu e tua casa. Um forte abraço.
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. — 21/12/2024. — 11h55 — 0557 —.

 

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Poema — O Primeiro Amor.

13350479493?profile=RESIZE_710xO Primeiro Amor.

Morena, bronzeada pelo sol, enleio primaveril,
tua voz, qual ode, espicaçava meu querer.
No fiapo de tempo, teu olhar juvenil
reverberava sonhos de praias que nunca pude esquecer.

Era simplesmente um déjà-vu de pueris sentimentos,
um artífice de emoções a ressignificar.
Sobretudo, em nossos breves momentos,
a paixão buscava o limbo a eclipsar.

Porfia de amor, dualidade em fusão,
escamotear teus gestos jamais seria exequível.
Portanto, teu perfume será sempre a minha canção.

Teu toque macio, memória de um bem indivisível,
relativizar tua ausência seria pura ilusão,
pois teu amor me mantém como rocha firme, indestrutível.

Fim!

 Que nosso querido 

— Deus — 

te abençoe ricamente, teu amor e tua casa.

Um forte abraço.

Todos os Direitos Autorais Preservados.

#JoaoCarreiraPoeta. — 17/12/2024. — 15h52 — 0554 —.

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13349403082?profile=RESIZE_710xA Balalaica do Vinagre e da Meditação.

Na Faculdade Casa Dos Poetas e da Poesia, na gelada Patagônia, tem 24 salas de aulas. 

Na sala número 01, a professora Dolores entrou com sua energia feérica. 

Era aula de Língua Portuguesa, e no quadro negro já estavam escritas duas palavras: 

"Acético" e "Ascético"

Juanito, sempre incipiente no entusiasmo, levantou a mão:

— Professora, o que vinagre tem a ver com meditação?

Dolores sorriu, como quem outorga um segredo.

— Boa pergunta, Juanito. Vamos esclarecer: acético refere-se ao ácido acético, ou seja, vinagre. 

Já ascético está relacionado ao ascetismo, práticas místicas e desapego. Entendeu Juanito?

Juanito coçou a cabeça.

— Mais ou menos...

Dolores pensou um instante.

— Então veja: imagine que o acético recrudesce sua comida, enquanto o ascético recrudesce sua alma. 

Um é para o prato, outro para o espírito.

A sala explodiu em risos. Dolores, em tom conciso, continuou:

— Agora vou contar uma história lúdica: um asceta foi pedir vinagre para temperar sua salada. 

Quando lhe deram, ele disse: 

"Estou em dúvida, acho que prefiro meditar em vez de comer!"

Os alunos riram novamente.

— Haja visto que até os cognatos podem nos confundir, concluiu Dolores.

E Juanito? 

Ele solfejou como uma balalaica imaginária e decretou:

— Vinagre no prato, meditação no ato. Aprendi, professora!

“Assim, o ápice da aula foi marcado por gargalhadas e o conhecimento que arvorejava nas mentes de todos os alunos da Faculdade.”

Fim!

Espero que você tenha gostado e entendido a diferença entre estes dois adjetivos.

Um forte abraço e que nosso querido

— Deus —

nos abençoe ricamente

Todos os Direito Autorais Preservados.

#JoaoCarreiraPoeta. — 19/12/2024. — 22h33 — 0556 —.

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Poemas: Homônimos — Entre Acentos e Assentos.

13347878481?profile=RESIZE_710xHomônimos: Entre Acentos e Assentos.

Entre primaveris palavras, um déjà-vu,
onde pueris morfemas dançam sem nenhuma lei.
O acento é arte aguda, ou circunflexa, um enleio que reluz.
Já o assento, pode ser, o trono aristocrático, de um rei.

Ressignificar tais formas pode ser, simplesmente, porfia,
um limbo entre o som e sua essência.
Sobretudo, solfejar sua belíssima melodia,
reverbera na língua sua competência.

Escamotear o enigma pode ser um desafio,
sem tempo para desvendar,
relativizando a dor de tanto estudar.

Uma ode à língua portuguesa, tão cheia de dualidade,
espicaça a mente e testa a resiliência,
pois seu artífice encanta na complexidade.

Fim!

 

 

Que nosso querido

— Deus —

nos ajude a entender nossa língua.

Um forte abraço.

Todos os Direitos Autorais Preservados.

#JoaoCarreiraPoeta. — 18/12/2024. — 8h55 — 0555 —.

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Poemas — A Noite Foi Feita Para Amar.

 13332895863?profile=RESIZE_710xA Noite Foi Feita Para Amar.

Sob o manto feérico da noite bela e estrelada,
o lindo céu recrudesce em fulgor,
arvoreja a paixão, na essência encantada,
pois nos envolve com lume e calor.

No entanto, a beleza da lua, em seu brilho conciso,
tampouco esmaecido, assiste ao enlace,
solfejando balalaicas num tom simplesmente indeciso,
decerto que a magia do amor se refaça.

Portanto, constelações são faróis da emoção,
sobretudo, sussurram segredos ao vento,
isso porque em seus brilhos há a sublime redenção.

Porém, o amor, tão lúdico e tão atento,
é a promessa selada em suave e deliciosa canção,
arvorejando no tempo seu doce alento.

Fim!

 Que nosso querido

— Deus —

te abençoe ricamente tu e tua casa. Um forte abraço.

Todos os Direitos Autorais Preservados.

I.A. Imagem Criada por:

#JoaoCarreiraPoeta. — 17/12/2024. — 13h55 — 0553 —.

 

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Poema: Abecê — A Essência Dos Fonemas.

13331454453?profile=RESIZE_710xAbecê: A Essência dos Fonemas.

Fonemas, são sons que vagueando, vem e vão,
desnudando essência em cada articulação,
porquanto, ao enveredar na construção do “abc”,
tece tapeçarias poéticas vivas da expressão.

Haja visto que em letras se encaixilham,
os sons, coloquiais ou excêntricos,
pois, permitem que encantos se perfilhem,
em motejos lídimos e por vezes muito românticos.

Quando a poesia fala, o som do “abecê” é evidência,
simplesmente, o neófito aprende a sua magia,
pois o verbo é exequível com resiliência.

Portanto, são mais que simples grafia,
sobretudo, traduzem a humana essência,
E tampouco, a alma esquece o “abecedário” da melodia.

Fim!

Que nosso querido 

— Deus — 

te abençoe ricamente, tu e tua casa. 

Um forte abraço.

Todos os Direitos Autorais Preservados.

#JoaoCarreiraPoeta. — 16/12/2024. — 9h33 — 0552 —.

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Poema — Amor Eterno.

13330022289?profile=RESIZE_710xAmor Eterno.

Solfejando entre os contos e encantos,
o lindo amor desnuda seu lídimo aforismo.
Porquanto, nos corações, sobem infinitos prantos,
decerto que a dor finda o protagonismo.

Ao invés de esquecer, os dias, enveredam,
arfando obstáculos, que além do óbvio, se vão,
sobretudo, memórias que permearam,
a cruel razão pela qual sangra a separação.

O todo, do tudo, do seu nada insiste,
haja visto que a poesia, excêntrica e bela,
fala onde o silêncio jamais resiste.

Portanto, infelizmente, na partida, o mote se revela:
O amor que é apoteótico, exótico, persiste,
e a morte apenas encaixilha sua janela.

Fim!

 

Que nosso querido 

— Deus —

 te abençoe ricamente tu e tua casa.

Um forte abração.

Todos os Direitos Autorais Preservados.

#JoaoCarreiraPoeta. — 15/12/2024. — 10h45 — 0551 —.

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Poema — A Cabana do Amor.

13328310474?profile=RESIZE_710xA Cabana do Amor.

No Vale Encantado, sob a Patagônia fria,
a cabana guarda um amor que se perdeu.
Cada dia na sua agonia se esvazia,
porém, o suor nos lençóis nunca morreu.

Haja visto que o silêncio é proeminente,
faz com que a dor capitanear insista,
no entanto, do amor resta, tão somente,
o cheiro vivo que da alcova persista.

Tanto quanto o paradoxo dessa saudade,
verbalizar não apaga sua intensidade,
porquanto arroubos juvenis nela residem.

Decerto que a cama ainda clama paixão,
misoginia tampouco fez parte da união,
sobretudo, ali, só os corpos se despem livres.

Fim!

 

Que nosso querido

— Deus —

te abençoe ricamente tu e tua casa.

Todos os Direito Autorais Preservados.

#JoaoCarreiraPoeta. — 13/12/2024. — 18h44 — 0549 —.

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Poema — Amar Aos Setenta.

13327106688?profile=RESIZE_710xAmar Aos Setenta.

No entardecer da vida, o amor floresce,
sobretudo em versos, de um modo inusitado,
capitaneada pela paixão que nunca fenece,
que brilha nos olhos de um sonho exacerbado.

Haja visto que o corpo já não é tão forte,
porém, a alma pulsa em doce conluio,
pois o coração não se rende à sorte,
e nos peitoris da vida, canta seu fluiu.

Decerto que o ápice é simplesmente apaixonante,
porquanto o amor, lúdico, jamais se banaliza,
tampouco tartamudeia, sua chama é empírica.

Eis o lábaro da poesia, eterno e enfático,
unindo almas com a proficiência poética,
pois amar é viver, no fim, sublime e dramático.

Fim!

P.S. Meu primeiro soneto.

Todos os Direitos Autorais Preservados.

#JoaoCarreiraPoeta. — 13/12/2024. — 18h55 — 0550 —.

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13326222466?profile=RESIZE_710xAmar: O Sonho e o Amor Não Envelhecem.

— Mais uma vez, seja bem-vindo Juão Karapuça!

— Professor, o senhor indiscutivelmente, mais do que ninguém, conhece minha história. 

Fui jogado na sarjeta do calçadão de Copacabana, pelas drogas, bebidas, jogos de azar e mulheres!

Graças ao senhor que acreditou em mim, houve uma metanoia na minha vida e hoje, vou ser pai de dois “anjinhos”.

Por isso, escolhi o verbo mais lindo e apreciado pelos poetas para descrever!

Amar, um verbo transitivo direto! Com uma família colossal:

“Benquerer, apreciar, estimar, gostar, apaixonar, adorar, copular, simpatizar, louvar, venerar, desejar, encantar, querer, cuidar, admirar, amarar, envolver, cativar, valorizar, proteger e acarinhar.”

— Eu não vou nem perguntar se Juão Karapuça deseja poetizar!

— kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk! Mestre, como é bom estar aqui! 

E note-se que caminhando pelas ruas do conhecimento em Paris, tropecei no verbo 

“Amar”

lacônico e coeso, mas cheio de paradoxos. Amar, dizem, é inconcebível de teorizar. 

Meu amado professor, este verbo pode ser o côncavo e convexo, coabitando numa dança sui generis. 

É o solfejar de um sentimento que transcende palavras e,

ao mesmo tempo, pode ser tão ostensivo quanto o brilho de um sorriso inesperado.

— Nossa Juão! Você está transcendendo o extraordinário. Ah, Paris!

— Mestre João Carreira, eu estava justamente lendo o teu pensamento, e nele encontrei alvíssaras: 

O amor que ressignifica tudo. 

O que antes parecia imutável para mim, ganhou novas nuances, como se cada toque fosse capaz de pintar matizes inéditos na tela da vida.

E, minha amada Márcia, está envolvida em tudo isso.

 Sobretudo, Amar é contextualizar-se no outro sem se perder de si.

Porquanto, o amor é uma apologia à dualidade: 

Ele une sem obliterar, contrapondo o homogêneo ao diverso. É a compulsão de cuidar e a liberdade de soltar. 

Decerto que há celeumas, quem nunca se perdeu nos enigmas do coração?

Entretanto, amar é justamente isso:

Um paradoxo que não precisa ser resolvido, mas vivido.

Portanto, ao amar, somos todos artífices de algo único, mesmo quando o mundo se mostra silente. 

Afinal, como diria o poeta João Carreira: 

"Simplesmente, o sonho e o amor não envelhecem nunca". 

Haja visto que no amor, a eternidade cabe em um único instante.

"Finalizando, professor, amar é o verbo que une a simplicidade da essência à complexidade da existência, porque ele não apenas vive no coração, mas dá vida a tudo ao redor."

Fim!

— Juão!!! Você é incrível! Ficou simplesmente belo! Parabéns!

— Obrigado amigo João Carreira, que nosso querido

— Deus —

nos abençoe ricamente!

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba e Borrachita, são meus personagens em evolução!

Todos os Direitos Autorais Preservados.

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#JoaoCarreiraPoeta. — 12/12/2024. — 20h33 — 0548 —.

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Crônica — Cavalgada da Eternidade.

13323938057?profile=RESIZE_710xCavalgada da Eternidade.

— Bom dia, professor!

— Bom dia Juão Karapuça! Quanto tempo não?

— Sim, mestre, são quase nove meses. Foi uma longa e bela cavalgada. E tenho uma pulquérrima notícia para dar a todos!

— Eu imagino, e qual é?

— Vou ser papai de um casal de gêmeos professor! Juanito e Juanita Karapuça! Vamos dar uma festa para comemorar.

— Eu já imaginava Juão, quase nove meses em Paris!

— Lá é um paraíso mestre, mas aqui é meu lugar e esta música do rei é fantástica, marcou muito nossas vidas.

— Então poetize Juão!

— Professor, estamos sob o véu da noite na gelada Patagônia, e o casal, Lapisito e Borrachita, cavalgaram juntos por uma estrada colorida, onde as estrelas se moviam em êxtase, como testemunhas silenciosas de sua paixão. 

Cada beijo era um açoite suave, uma promessa sussurrada em morfemas de desejo, 

e cada toque, uma âncora que os mantinha no agora,

enquanto o mundo à sua volta dissipava-se em sombras e luzes bruxuleantes.

"Vou me agarrar aos seus cabelos",

murmurou o poeta, o coração pulsando com a iminência do encontro entre o côncavo e o convexo de seus corpos.

A poetisa sorriu, desafiadora, sua retórica carregada de paixão. 

"E eu me perderia nessa cavalgada, mas dito isso, me encontraria no seu abraço."

Enquanto o galope imaginário reverberava em seus sentidos, eles se tornaram gigantes e crianças ao mesmo tempo. 

O céu parecia mais perto, e até as estrelas, em seu brilho persistente, pareciam querer se aproximar para testemunhar aquele momento em que o amor, avassalador, fazia o tempo parar.

E quando o dia ameaçava romper o encanto,

Borrachita repousou no cansaço de Lapisito, ambos enredados pela beleza que mora nos detalhes. 

"O sol já espera para nascer", 

disse ela, com seus olhos brilhando. 

"Mas nosso amor, desde então, será o eterno amanhecer."

"Afinal, o amor verdadeiro não apenas transcende o tempo e o espaço, mas faz com que cada momento se torne uma cavalgada rumo ao infinito, onde o nada se transforma em tudo e a paixão reverencia o nascer do sol."

Fim!

— Juão, Paris fez muito bem a você e à Márcia, e que venham Juanito e Juanita com saúde.

Que nosso querido

— Deus —

nos abençoe ricamente!

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba e Borrachita, são meus personagens em evolução!

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#JoaoCarreiraPoeta. — 11/12/2024. — 17h33 — 0547 —.

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Crônica — A Dúvida Entre Taxar e Tachar.

13318175467?profile=RESIZE_710xA Dúvida Entre Taxar e Tachar.

Numa das salas de aula da Casa dos Poetas e da Poesia, a professora Dolores, veemente como sempre, resolveu tirar dúvidas de português. 

"Deem-me um exemplo do uso de tachar e taxar, mas, por favor, algo factível e criativo!"

Juanito, o eterno parvo da turma (diria eu), levantou a mão.

"Professora, se eu disser que você quer taxar a gente com mais deveres e que isso é ruim, estou certo?"

"Quase," disse Dolores, com um déjà-vu daqueles, lembrando as pérolas de Juanito. 

"Taxar tem a ver com impostos ou atribuir valores. 

Agora, se você disser que estou sendo rígida e quer me criticar, aí sim você pode me tachar de severa."

"Ah, então taxar é pro bolso e tachar é pro coração?" 

Juanito rebateu com um esgar triunfante.

"Exato! E, finalizando, não confundam as coisas, pois a língua é um arquétipo que reverbera beleza nas entrelinhas e detalhes."

A turma riu, especialmente quando Juanito concluiu: 

"Então, professora, não me taxe de bobo, mas pode me tachar de engraçado!"

“O todo do tudo do seu nada é entender que palavras têm dualidades. Portanto, sobretudo, use-as bem, pois, de fato, a beleza mora nas entrelinhas.”

Fim!

Espero que você tenha entendido a diferença do verbo transitivo direto

“taxar”

para o verbo também, transitivo direto predicativo e pronominal

"tachar".

Um forte abraço e fiquem com

— Deus —!

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#JoaoCarreiraPoeta. — 10/12/2024. — 6h22 — 0546 —.

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Crônica: "Farfalhar" — A Dança das Folhas.

13317291696?profile=RESIZE_710x"Farfalhar" — A Dança Das Folhas.

— Tião poeta, tenho boas novas!

— Diga professor!

— Juão e Márcia Karapuça já estão em Campinas e tem notícia bombástica! Ele vai contar aqui em breve!

— O mestre, também, é cheio de graça! Conta logo!

— Tião, em breve Juão e Márcia estará aqui, hoje vamos "farfalhar" este verbo intransitivo regular que tem como gerúndio: farfalhando, seu particípio passado é farfalhado e seu infinitivo é farfalhar. Seus sinônimos são:

“Murmurejar, ciciar, rumorejar, murmurinhar, ostentar, sussurrar, bufar…” 

Agora é contigo Tião! Poetize!

— Professor, o “Farfalhar” é a dança das folhas, o sussurro do vento, o som quase imperceptível que, no entanto, carrega poesia em seu som. 

Literalmente mestre, é o som produzido pelo “roce” suave de tecidos, papéis ou folhas. 

Poeticamente, é simplesmente, o idioma secreto da natureza,

um diálogo entre o imponderável e o sensorial. 

Quando o vento toca as folhas com sua diplomacia etérea,

elas respondem com uma melodia que não precisa de tradução, pois é universal.

Romanticamente, o "Farfalhar" é o prelúdio dos encontros furtivos no bosque, quando corações palpitam ao som dessa sinfonia. 

Ébano ou marfim, folhas pulquérrimas, todas cunham um ritmo próprio, sensacional em sua simplicidade.

— Que beleza e poder tem os verbos Tião!

Imagine o vento como um maestro empoderado, que comanda sua orquestra vegetal. 

É dito que ele, ocasionalmente, vitimou-se por tocar com excesso de força, transformando um enleio em tempestade!

Dito isto, Tião poeta, o "farfalhar" não é apenas um som:

É uma perspectiva de vida. 

Tanto é que ressignifica o silêncio, tirando-o do limbo do ostracismo para verbalizar sentimentos profundos. 

Quiçá, uma lição de parcimônia, mostrando que a beleza está nas nuances.

“Afinal, até porque, o "Farfalhar" nos ensina que até as coisas mais suaves e discretas têm o poder de tocar profundamente a alma, basta escutar.”

Fim!

— Professor, como vou sair de férias amanhã, retorno a Paris, devo ficar por lá um bom tempo! 

Quero agradecer a todos que nos leu e rogo a nosso querido 

— Deus — 

que nos abençoe ricamente.

Um forte abraço a todos!

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba e Borrachita, são meus personagens em evolução!

Todos os Direitos Autorais Preservados.

I.A. Imagem criada por

#JoaoCarreiraPoeta. — 09/12/2024. — 20h35 — 0545 —.

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13281488062?profile=RESIZE_710xO Som do Silêncio: As Cartas Que Nunca Foram.

Na penumbra de uma noite serena, onde a predominância do silêncio contrastava com as batidas aceleradas de um coração, ela sentou-se à mesa. 

As mãos hesitaram sobre o papel branco, como se aquele espaço virgem guardasse um segredo inexpugnável. 

Era uma carta que jamais seria escrita, um amor que jamais seria enviado.

Enquanto isso, a memória dançava, trazendo reminiscências primaveris de momentos pueris, onde tudo parecia simples. 

Cada frase que ela ensaiava escrever era engolida pela parcimônia de um medo inescrutável. 

Teorizar sobre os "e se" era fácil, mas transladar sentimentos ao papel era tarefa para um artífice da alma. 

Ela não era.

Havia uma preeminência de estereótipos em sua mente: 

Cartas deveriam ser homogêneas, lineares, mas seu amor era tudo menos isso. 

Era caos e epifania, lágrimas e risos.

Difere do convencional, mas particularmente verdadeiro.

Ela respirou fundo e tentou ressignificar o ato de não escrever.

Talvez o silêncio fosse a carta mais eloquente. 

Por conseguinte, fechou os olhos, deixando que o luar levasse seus sentimentos. 

No entanto, tampouco conseguiu escapar da melancolia. 

Pois cada palavra calada era um grito doído, uma história que não viveria.

“Infelizmente, às vezes, o maior erro não está nas palavras mal ditas, mas nas que jamais foram escritas.”

Fim!

Espero que você tenha gostado e que nosso querido

— Deus —

te abençoe ricamente tu e tua casa.

Um forte abraço.

Todos os Direitos Autorais Preservados.

P.S. A letra desta música é da extraordinária escritora Helena Bernardes.

JoaoCarreiraPoeta. — 05/12/2024. — 22h — 0541 —.

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Conto: A "Magestade" da Confusão Ortográfica

13273458667?profile=RESIZE_710xA “Magestade” da Confusão Ortográfica.

Numa sala de aula, o professor questiona:
— Alguém sabe a diferença entre magestade e majestade?

Juanito, brejeiro e cheio de sapiência, responde:
— Claro, professor! "Magestade" é a quimera dos apressados, e "Majestade" é o triunfo ortográfico dos atentos!

A classe ri, mas o professor, indubitavelmente paciente, esclarece:
— Juanito, seu humor (igualzinho do seu pai) transcende a simplicidade. 

Porém, ao escrever "Magestade", você escamoteia a verdade da língua e desencadeia um erro emblemático.

Juanito inteligentemente retruca:
— Mas, professor, não é uma questão de hegemonia das palavras?

Afinal, de quando em quando, as letras se confundem.

O professor ri e diz:
— Meu caro, o "i" em "Majestade" não é capricho, mas sim a especificidade que mitiga confusões. 

Pense nisso como um artífice da clareza.

“Afinal, a supremacia do "i" em "Majestade não é apenas estética; ela permeia a sapiência. Atenção às letras é atenção à "Majestade" do saber!”

Fim!

Espero que você tenha gostado da descontração da piadinha ortográfica de hoje. Que 

— Deus —

 te abençoe ricamente.

Um forte abraço a todos. Fiquem de olho neste “Juanito”, pois ele promete.

Todos os Direitos Autorais Preservados.

#JoaoCarreiraPoeta. — 07/12/2024. — 19h — 0544 —.

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13264717883?profile=RESIZE_710xEntre o Traz e o Trás: Um Conto de Palavras Perdidas.

— Tião poeta, traz é um substantivo deverbal, é a ação do verbo trazer. É o ato de transportar de um local para outro.

Já trás, é um advérbio, significa estar em uma posição, ou momento posterior a algo, ou alguém; atrás, depois exemplo:

A Vovó Helena mora na rua de trás da Mata Encantada.

— Professor, atualmente há uma corrente que este advérbio é uma gíria.

— Sim, Tião, mas não vamos entrar neste detalhe. Portanto, agora eu quero que você poetize.

— Mestre, era uma vez uma conversa entre dois irmãos gêmeos, “Traz” e “Trás”. Sentados no farfalhar da biblioteca, disputavam a atenção das palavras. 

Traz, o mais pragmático, dizia com parcimônia: 

“Sou eu quem move o mundo. Quando me chamam, trago possibilidades, sonhos e histórias. Sou ação pura!” 

Já Trás, com um aforismo na ponta da língua, replicava: 

“E eu? 

Represento o passado, o que ficou la trás, a nostalgia das memórias.

Simplesmente, sem mim, os matizes do tempo seriam eclipsados pela obsolescência.”

Amiúde, os irmãos discutiam, entre cacofonias e risadas, como se fossem personagens de um déjà-vu mítico. 

“Você vive ressignificando seu papel, irmão”.

Alfinetava Trás. 

“E você, com seus estereótipos tacanhos, acha que o mundo gira só para frente!”, rebatia Traz.

No entanto, as palavras em volta, homólogas e distintas, galhofavam com os gêmeos. 

Afinal, ambas tinham valor. 

Era essa dicotomia que criava o equilíbrio do discurso.

Amiudamente, cada uma delas encontrava seu lugar na escrita, como um artífice desenhando matizado.

“Afinal, entre o "traz" do futuro e o "trás" do passado, as palavras habitam o presente, onde a parcimônia e a sagacidade ressignificam cada história.”

Fim!

— Tião, achei bem interessante esta história destes dois irmãos e aprendi bastante com eles.

Eu espero que você que acabou de ler, tenha entendido a sutil diferença destes irmãos gêmeos.

Um forte abraço e que nosso querido 

— Deus —

 te abençoe ricamente.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba e Borrachita, são meus personagens em evolução!

Todos os Direitos Autorais Preservados.

#JoaoCarreiraPoeta. — 24/12/2024 — 8h — 0542 —.

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Conto: O Eco do Silêncio.

13241327872?profile=RESIZE_710xO Eco do Silêncio.

Sob a égide de um céu bruxuleante, meu grito silencioso dançava, canhestro, entre as sombras do que fui e o que nunca disse ser. 

Eu era um artífice incognoscível, moldado pela ambivalência entre o desejo de vociferar ao mundo e a indulgência de calar para proteger minha alma. 

Tampouco era um som comum; era mais um silabário de meus sentimentos explícitos, mas invisíveis, aristocráticos em sua dor e proeminentes em sua solitude.

Esse grito, que carregava uma voluptuosidade paradoxal, era, ao mesmo tempo, insurreição e rendição. 

Mordaz como uma invectiva que nunca encontrou alvo, bruxuleava em minhas noites, como uma luz que não ilumina, mas aquece. 

Não era a barbárie de quem perde o controle, mas a insurreição velada de quem encontra na ortodoxia do silêncio sua única forma de sobrevivência.

No entanto, decerto que meu grito não buscava indulgência alheia, tampouco era apenas um eco vazio. 

Sobretudo, ele era o artífice de minha metanoia. 

A cada suspiro mudo, a cada palavra sufocada, ele criava, na margem do que era palpável, uma multifacetada versão de mim. Portanto, o silêncio tornava-se meu aliado, um grito mudo que carregava mais verdades que qualquer vociferar ruidoso.

“E por fim, nem todo grito precisa de voz; às vezes, o silêncio é a única linguagem capaz de traduzir as complexidades de minha alma.”

Fim!

Um forte abraço, minha amiga e meu amigo. Que

— Deus —

simplesmente, te abençoe ricamente tu e tua casa.

Todos os Direitos Autorais Preservados.

P.S. Música e letra da minha querida amiga e escritora: Helena Bernardes.

#JoaoCarreiraPoeta. — 29/11/2024. — 7h — 0535 —.

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Crônica: Apoteótico — O Clímax Dos Sentidos.

13242362875?profile=RESIZE_710x“Apoteótico” — O Clímax Dos Sentidos.

— Tião poeta, este vocábulo é um adjetivo e está relacionado com apoteose que coloca algo ou, alguém na posição de deuses, glorioso, triunfante. Seus amiguinhos são: 

“Lisonjeiro, elogioso, apologético, glorioso, triunfante, glorificante…” 

— Professor, "Apoteótico" é mais do que um simples adjetivo:

É o auge da expressão humana, uma explosão de sentimentos que transcendem o trivial. 

Sob a égide de sua magnitude, cada momento se torna uma ode ao extraordinário. 

É a cerimônia sublime do cotidiano, onde até a mais canhestra tentativa de grandeza adquire tons aristocráticos, envolvidos em uma aura de proficiência e voluptuosidade.

— Imagine Tião, um artífice incognoscível, moldando com mãos enigmáticas um cenário onde o bruxuleante e o explícito coexistem em harmonia. 

O “Apoteótico”, porém, não se limita a gestos grandiosos; tampouco é uma insurreição de invectivas mordazes. 

Ele pode ser encontrado no silabário do amor, na indulgência de um abraço inesperado, ou na hegemonia de um sorriso que eclipsa a barbárie da rotina.

— Entretanto, mestre, sua essência é multifacetada. 

É tanto a insurreição da alma contra estereótipos ortodoxos quanto o ápice de uma jornada empírica. 

É imprescindível, porque a vida sem momentos “Apoteóticos” seria uma defecção da própria existência.

“Assim, o “Apoteótico” não é apenas um clímax; é a lembrança de que a vida, mesmo em sua ambivalência, é uma obra-prima esperando para ser vivida com intensidade e paixão.”

Fim!

— Perfeito Tião! Nossa crônica não chegou a ser uma apoteose, porém, ficou maravilhosa! Parabéns para nós!

E a você que acabou de ler, um forte abraço e que nosso querido 

— Deus — 

te abençoe ricamente, tu e tua casa.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba e Borrachita, são meus personagens em evolução!

Todos os Direitos Autorais Preservados.

#JoaoCarreiraPoeta. 04/12/2024. — 11h — 0540 —.

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Conto — A Serenata Inefável do Rouxinol.

13237171285?profile=RESIZE_710xA Serenata Inefável do Rouxinol.

Ao anoitecer, quando o céu vestia tons rútilos antes de fenecer à escuridão, o rouxinol, com sua voz inexpugnável, tomou o galho mais alto do bosque. 

Seu canto, ululante e inefável, dissolvia os estereótipos da monotonia da tarde e recrudescia o encanto ancestral que as criaturas ali guardavam.

Cada nota era um artífice de sonhos, uma coalizão sonora entre o dogma da natureza e a liberdade dos céus. 

Era impossível não ser tocado pela visceral coesão de sua melodia, que, por algum vaticínio lírico, eclipsava o lúgubre silêncio da noite.

Portanto, tampouco seria exagero chamá-lo de um evento homérico:

O rouxinol não cantava apenas para ouvidos mortais, mas para o cosmos cosmopolita.

Os visitantes, lívidos de cansaço, encontravam no canto uma volúpia revigorante. 

O esgar da ansiedade sucumbia ao déjà-vu de serenidade absoluta, como se aquele som já pertencesse ao âmago de suas almas. 

E enquanto a ortodoxia do tempo se desfazia,

o bosque se tornava palco de uma unanimidade silenciosa,

em que até as árvores, inamovíveis em sua posição, pareciam curvar-se em reverência.

"Assim, o canto do rouxinol não é apenas música; é a poesia que o universo nos empresta para lembrar que, no entanto, a beleza sempre será irrefutável."

Fim!

Espero que tenha gostado do canto deste pássaro e que nosso querido 

— Deus — 

te abençoe ricamente. 

Um forte abraço.

Todos os Direitos Autorais Reservados.

#JoaoCarreiraPoeta. — 03/12/2024. — 7h — 0539 —.

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13228767672?profile=RESIZE_710xEsvoejar — O Baile das Asas Invisíveis.

— Professor, Juão Karapuça me ligou ontem e disse que já está se preparando para voltar ao Brasil.

— Sim, Tião, falei com ele esta semana. Já faz sete meses que eles partiram, mas, diga algo sobre este verbo que eu nunca tinha conjugado.

— Mestre, é um verbo regular e esvoejando é seu gerúndio, esvoejado é seu particípio passado e “Esvoejar. é o seu infinitivo.

E tem uma família gigantesca como sinônimo:

“Volutear, voltear, arfar, esvoaçar, avoar, voejar, balançar, avoaçar, rodopiar, volitar, voar… tem muito mais.” 

— É tião, uma família colossal.

E na vastidão do mundo Tião, “Esvoejar” é mais que movimento: 

É poesia em ação, uma dança lépida que dissolve o prosaico e eleva o espírito ao nirvana dos sentidos. 

Não se trata apenas de asas que cortam o ar.

Mas do enlevo que se faz presente quando ideias,

sentimentos e sonhos ganham vida própria, transcendem a gravidade e pairam como quimeras ao vento.

Heterogêneas como as almas que ousam sonhar, as formas de “Esvoejar” carregam ambiguidade: 

— Mestre, uma borboleta que flutua com delicadeza é tão fascinante quanto o casmurro papel solto que, rebelde, brinca de ser livre. 

É nesse jogo entre a sagacidade e a perspicácia do instante que o verbo deixa seu estigma. 

Por outro lado, há uma fecundidade oculta em cada movimento:

Algo invisível floresce e contagia, de forma inimputável, todos os que observam.

Haja visto que “Esvoejar” não é apenas se deslocar, mas, uma metanoia em ação, uma viagem entre a idiossincrasia do agora e a promessa do porvir. 

Tampouco se eclipsa que é preciso coragem para alçar voo, mesmo com a luminescência de um déjà-vu acenando.

“Esvoejar” é o artífice de sonhos, o ponto cego entre a razão e a quimera, mostrando que a vida é, sobretudo, uma dança constante entre o chão e o céu.”

— Tião, onde estava este verbo? Nunca o usamos! Sensacional! Parabéns para nós!

Você que acabou de ler esta crônica,

espero que passe a conjugar este lindo verbo e que nosso querido

— Deus —

te abençoe ricamente.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba e Borrachita, são meus personagens em evolução!

Todos os Direitos Autorais Reservados.

#JoaoCarreiraPoeta. — 02/2024. 17h — 0538 —.

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