Posts de Joao Carreira Poeta (694)

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🎶Nossos Sonhos Escrito Nas Ondas do Tempo!🎶

🎶Nossos Sonhos Escrito Nas Ondas do Tempo!🎶

Nas curvas do tempo, sonhos a borboletear,
feito lembranças que se recusam a morrer.
Sortilégios sussurram ao luar,
e o amor mitológico insiste em renascer.

Minimizei-me em noites de dissentir,
mas tua ausência jamais soube refutar.
Poisar no peito é arte de reflorir,
quando a esperança resolve nos alforriar.

Borboletear é verbo em malemolência,
dança que embala cada sopro do vento.
Mesmo em silêncio, há tanta evidência
que o amor se eterniza no firmamento.

E assim seguimos — poesia e pele,
a tatuar no tempo o que não se apaga.
Sonhos escritos em maré que não repele,
alma que insiste, no amor, nunca naufraga.

Fim!

P.S. Poema livre, sem métrica fixa, rimas que borboleteiam com leveza.
Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 12/06/2025. —— 8h09min —— 0704 ——.

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🎶Shakespeare: Reflexos no Palco da Eternidade!🎶

A brisa noturna sopra sobre os séculos, carregando consigo a essência notabilíssima de um nome imponderável: Shakespeare. Entre o ébano dos bastidores e as luzes da ribalta, sua pena cunhando destinos tornou-se um farol que transcende eras. Porquanto sua arte, homogênea no drama e na beleza, nunca sucumbiu ao limbo do ostracismo.

Romeu e Julieta, almas enlaçadas pela porfia do amor, vitimaram-se sob a diplomacia cruel do destino. E tampouco Hamlet, o príncipe da dúvida, escapou da cortina cerrada da existência. Seu olhar transbordava perspectivas sobre a fragilidade humana, verbalizando a angústia de quem vê o mundo através do véu da incerteza.

Dito isto, é decerto que, entre tragédias e epifanias, o Bardo não escreveu para um tempo, escreveu para todos os tempos. Haja visto que suas palavras, sobremaneiras impactantes, ressignificam o existir, mas é claro que sua obra não apenas ecoa nos palcos: ecoa nas almas.

No entanto, diante da grandiosidade de Shakespeare, resta-nos apenas contemplar com parcimônia seu legado empoderado pela eternidade. Entretanto, quem somos nós, senão meros espectadores de sua genialidade?

"Finalizando, a vida é um palco onde o destino nos guia, mas somos nós quem escolhemos como atuar. Entre o amor e a tragédia, cada ato ressignifica nossa existência, e, sobretudo, é na dúvida e na ousadia que encontramos nosso verdadeiro papel."

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você e sua casa ricamente, um forte abraço!
Todos os direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 09/06/2025. —— 9h55min —— 0702 ——.

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🎶O Xeque-Mate do Coração!🎶

🎶O Xeque-Mate do Coração!🎶

Juão Karapuça, enxadrista e poeta, sempre acreditou que a vida era um tabuleiro insondável. A preeminência das peças no xadrez era homogênea, mas no amor, cada movimento difere, particularmente quando a rainha se torna a mulher amada.

Naquela noite de outono primaveril, Juão encarava o tabuleiro com parcimônia. Sua adversária, Cecilia ("Cici"), jogava com a destreza de quem conhece não apenas os padrões estratégicos, mas as idiossincrasias da alma. Entre uma jogada e outra, tratativas invisíveis se desenrolavam, haja vista que os olhares diziam mais que os movimentos das peças.

O jogo avançava, e Juão, com reminiscências de um amor ainda vívido, hesitou ao sacrificar sua dama. Cici sorriu, um sorriso inescrutável.

— Isso por que titubeaste? — perguntou ela, segurando um peão entre os dedos finos.

Ele não respondeu de imediato. A perda da dama era a metáfora de algo maior: o dia em que perdera Cecilia, sua eterna musa. O rei permanece inexpugnável, mas sem sua rainha, o jogo perde sentido.

Enquanto isso, Cecilia posicionou sua peça final. Xeque-mate.

Juão sorriu com parcimônia. Entretanto, naquele instante de epifania, percebeu que o verdadeiro xeque-mate não estava no tabuleiro, mas no coração. Porquanto o jogo havia terminado, mas a poesia, essa jamais poderia ser monetizada nem ressignificada.

Cici se levantou, fitando-o com olhos profundos.

— Joguei para ganhar — disse ela. — Mas talvez tenha perdido algo maior.

E saiu.

Juão, jactancioso na aparência, mas arruinado por dentro, olhou o tabuleiro uma última vez.

"No xadrez, a perda da dama dói. No coração, perder a mulher amada é um xeque-mate sem remédio."

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, no xadrez e no amor, um forte abraço!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba, Borrachita e Juanito, são meus personagens em evolução!
#JoaoCarreiraPoeta. —— 08/06/2025. —— 10h —— 0701 ——.

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🎶O Desassossego Segundo Fernando Pessoa!🎶

13580965458?profile=RESIZE_584x🎶O Desassossego Segundo Fernando Pessoa!🎶

Uma crônica narrativa (contada por #JoaoCarreiraPoeta)

Juão Karapuça, sapiente leitor dos enigmas da alma, segurava um exemplar do Livro do "Desassossego" como quem carrega um espelho para o próprio espírito. A cada página, seu olhar absorto vagava por Lisboa, por becos e calçadas onde Pessoa, fragmentado em heterônimos, permeava os sopros do pensamento errante.

Lapisito, com sua pena inquieta e sua quimera de amor absoluto, indubitavelmente sentia que o livro era um artífice de sua própria inquietação.

— Há um trecho aqui que desencadeia uma reflexão sem precedentes… — Juão murmurou, citando: “O que em mim sente, está pensando.”

Borrachita, brejeira e irônica, arqueou as sobrancelhas.

— Portanto, é no sentir que se encontra o pensamento?

No entanto, Lisboa, aquela cidade onde o desassossego se torna poesia, servia de pano de fundo para as utopias de amores e versos de Lapisito. Haja visto que, entre ruas e ruínas, Pessoa permeia cada suspiro inquieto de quem lê suas palavras.

Decerto que o livro não era apenas uma obra — era uma vida escamoteada em frases, um déjà-vu recorrente para aqueles que, tampouco serenos, se viam refletidos em sua melancolia.

E, porquanto o poeta deambulava pelas ruas da sua própria existência, o Desassossego seguia concatenando almas e pensamentos, perpetuando sua emblemática hegemonia literária.

" E por fim, no desassossego, há a essência da existência, pois só quem se inquieta, transcende. E no amor, na paixão, como na poesia, a serenidade é um mito; é na dúvida e no desejo que pulsa a verdadeira chama do amor mesmo à distância."

Fim!

Que nosso querido ——Deus —— abençoe você e sua casa ricamente, um forte abraço!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba, Borrachita e Juanito, são meus personagens em evolução!
#JoaoCarreiraPoeta. —— 07/06/2025. —— 10h34min —— 0700 ——.

 

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🎶A Lua Guarda Nosso Amor Em Silêncio!🎶

🎶A Lua Guarda Nosso Amor Em Silêncio!🎶

A lua, serena, vigia em segredo,
Seu brilho reluz no manto infinito.
Em sombras suaves, enlaça o enredo,
Guardando o amor num silêncio bendito.

Guiando no escuro, farol cintilante,
Os corações como barcos errantes.
Folhas ao vento, num passo dançante,
Perdidos na noite, amantes brilhantes.

Poeta celeste, bordando a aurora,
Versos dourados gravados no espaço.
Fios de prata compondo a história,
Luz que sussurra num terno abraço.

Eterna e discreta, fiel relicário,
Segredo lunar que só estrela espia.
Guarda em seu lume o mais belo cenário,
Cúmplice da alma que o céu desafia.

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 06/06/2025. —— 14h55min —— 0699 ——.

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🎶Chuá: O Som da Saudade!🎶

Narrado por Juão Karapuça!

Há quem pense que a língua é apenas pragmática, um simples meio de comunicação. Mas eu, Juão Karapuça, poeta de alma e trovador de coração, sei que as palavras carregam o peso da história e o perfume da nostalgia. E poucas palavras têm a força de “Chuá”.

Naquele dia, na gelada 'Faculdade Casa dos Poetas e da Poesia', todos aguardavam ansiosos. Meu filho, Juanito Karapuça, sempre ágil, farfalhava pelos corredores como quem já sabia que aquela aula seria insólita. Mas havia algo ainda mais magnético naquela sala: Ciducha Seefelder. Oh, Ciducha! Portentosa, graciosa, apaixonante. Quando cruzou a sala com parcimônia, seu olhar eclipsou até mesmo a paisagem branca da Patagônia. O inverno perdeu a majestade diante dela.

— Juão, porquanto sabemos que “Chuá” é um som, mas seu significado vai, além disso. Conte-nos… — disse Ciducha, com sua voz matizada de mistério e encanto.

— Eu sorri. Ela sempre soube que as palavras são feitas para serem sentidas.

— Chuá, meus caros, não é apenas um ruído. É um aforismo sonoro, um adjetivo esplêndido, um acrônimo para tudo que é superior, brilhante, espetacular! — declarei. — Nos anos 50 e 60, quando algo era magnífico, dizíamos “Isso é, ou está um chuá!”. A roupa elegante, a dança envolvente, o gol matador, a prosa bem escrita… tudo que era incrível, fantástico, era um chuá!

Os alunos trocaram olhares e riram amiúde. Dolores Fender, a pulquérrima professora, pragmática como sempre, ajustou os óculos e acenou levemente, como quem compreendia a grandiosidade de um termo que se recusava a cair na obsolescência.

Mas foi Ciducha quem tornou aquele momento mítico. Ela sorriu. Um sorriso matizado de todos os matizes do amor e da poesia.

E então, diante daquela turma ansiosa, diante do frio cortante e do calor das palavras, todos compreenderam a dicotomia entre linguagem e emoção.
E como negar? Aquele instante, aquela aula, a beleza de Dolores, aquele sorriso de Ciducha… tudo era simplesmente um Chuá!

"Enfim, palavras não morrem, apenas esperam por alguém que as resgate com paixão. Chuá é o esplendor que nunca deve ser esquecido."

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço!
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba, Borrachita e Juanito, são meus personagens em evolução!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 05/06/2025. —— 14h55min —— 0697 ——.

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🎶Nosso Amor é Maior que o Silêncio!🎶

Mesmo à distância, em lume reluzente,
Acalanto das horas a te encontrar,
Congruência dos laços tão presente,
Jamais suspeição ousa nos calar.

No odor da pele, pejado de encanto,
Verve que transmutar fez o destino,
Refutar a saudade é só quebranto,
Mas auspiciosos são sonhos divinos.

Minha partida não apaga a essência,
Catarse em tua voz ainda me guia,
E mesmo longe vejo tua presença,
No brilho intenso que ao céu irradia.

Se a solidão te pesar num momento,
Lembra do lume que em nós se desvela,
Amor maior que o silêncio, um alento,
Ecoando eterno além da aquarela.

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você e sua casa ricamente, um forte abraço.
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 04/06/2025. —— 9h55min —— 0696 ——.

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🎶Passarinhar: A Arte de Ser Livre!🎶

🎶Passarinhar: A Arte de Ser Livre!🎶

— Juão Karapuça, bom dia, faz muito tempo que não descrevemos um vocábulo, que tal passarinhar hoje?

— Meu amado mestre, realmente estamos devendo isso, aos nossos leitores! 

— Então Karapuça, passarinhe!

— Passarinhar, professor, é verbo flébil, cuja essência murmureja nos ventos da manhã. É ação flexuosa, sem pressa, sem peso, como um voo que farfalha sobre campos dourados. Não se pode pontuar exatamente o instante em que se começa a passarinhar, porquanto é mais um estado de espírito do que um movimento empírico certo mestre?

— Sim, Juão, e se a vida fosse uma melodia, passarinhar seria solfejar notas suaves, carregadas de proficiência emocional. O coração se torna um relicário de leves alegrias, onde o tempo é inelutável, mas jamais opressor. Plurivalente, passarinhar pode ser ato precípuo de contemplação, fuga ou encontro.

— Que romântico mestre, passarinhar é voar de emoção em emoção, pousando na ternura da dileta pessoa. Persuasivo, é convite para abandonar o peso das preocupações. No entanto, decerto que poucos dominam essa arte. Entretanto, quem aprende jamais desaprende. Haja visto que passarinhar é essência, isso porque é mais sentir do que entender. Tampouco é exclusividade das aves, todo coração livre passarinha.

— "Enfim, Juão Karapuça, quando a vida pesar, desafie a gravidade. Passarinhe. Que cada amanhecer seja um convite para se desprender das preocupações e luxuosamente encontrar beleza nas pequenas coisas. Pois, no fim, somos todos viajantes do vento, buscando o ápice da leveza entre os galhos da existência. Este verbo me lembra o mágico dos versos: Mario Quinta e também Manoel de Barros, portanto, voemos juntos nessa poética da leveza!"

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 03/06/2025. —— 9h21min —— 0695 ———.

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🎶Soneto do Amor em Pedaços!🎶

🎶Soneto do Amor em Pedaços!🎶

Meu peito viu o amor borboletar,
Em sortilégios doces, mitológico.
Depois, num golpe rude, se quebrar,
Qual taça frágil num som trágico e lógico.

Tentei, em vão, o sonho reflorir,
Mas minimizei-me, em malemolência.
Não quis, tampouco, o pranto refutar,
Poisar em mim a tua ausência é essência.

Na alma, a malevolência a dissentir,
E a liberdade a me alforriar do espinho,
Borboletear não pude mais, sozinho.

Desejo, então, ao coração, fugir,
Porém, sortilégios clamam mansinho:
“Não minimize o amor, refaz seu ninho.”

Fim!

Que nosso querido —— Deus abençoe você ricamente, um forte abraço!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 02/06/2025. —— 13h35min —— 0694 ——.

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🎶O Último Acorde de Amor!🎶

🎶O Último Acorde de Amor!🎶

Solfeja o vento em tom de enleio,
prelúdio doce a farfalhar,
morfemas vibram no seu voejar,
matizes dançam num devaneio.

Nos sons da alma em doce enleio,
na dicotomia de amar e sonhar,
solfeja o vento em tom de enleio,
prelúdio doce a farfalhar.

E ao grugulejar no brando veio,
fonemas vêm a se entrelaçar,
reverberando o derradeiro,
o último acorde a ecoar,
solfeja o vento em tom de enleio.

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 01/06/2025. —— 10h58min —— 0693 ——.

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Crônicas:🎶Saudade Como Legado Poético!🎶

🎶Saudade Como Legado Poético!🎶

Juão Karapuça, caminhava pelos becos estreitos de Lisboa como quem desfia um silabário de memórias alheias. O luar bruxuleante se refletia nas vielas tortuosas, moldando sombras que dançavam sob a égide da saudade.

Entre passos e pensamentos, vociferava contra os estereótipos que aprisionam a alma dos poetas, evocando Fernando Pessoa com a reverência de quem saúda um artífice incognoscível. A sua poesia, múltipla e magnânima, despia a realidade das ilusões ortodoxas, conferindo-lhe um caráter multifacetado.

Nosso poeta, de olhar proeminente, sentia cada pedra da calçada narrar um trecho do "Livro do Desassossego". O espírito do poeta ainda vagava ali, carregando consigo uma melancolia aristocrática, um amor reticente e uma contemplação dolorosamente explícita.

No Café Martinho da Arcada, sua amada o esperava. Entre goles de absinto e palavras suspensas, ela dissertava sobre o "desassossego" com uma eloquência que misturava proficiência e indulgência. "Pessoa desenhava a barbárie da alma humana com uma precisão ortodoxa", dizia, em tom enigmático.

O romântico poeta Karapuça, absorto, percebia que sua própria existência era um eterno devaneio. A Lisboa pessoana não era apenas ruas e pedras—era a insurreição dos sentidos, a ambivalência da identidade, o suspiro empírico da poesia.

"Portanto, decerto que andar pelos passos de Fernando Pessoa era, também, naufragar na essência do inexprimível. Vivemos na fronteira entre a realidade e a ilusão, e os poetas são os artífices de nossa insurreição silenciosa contra a previsibilidade da vida. Afinal, como Pessoa, talvez sejamos todos fragmentos de identidades que se perdem e se encontram ao sabor do vento."

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe sua vida ricamente, um forte abraço.
Todos os Direitos Autorais Preservados.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba, Borrachita e Juanito, são meus personagens em evolução!
#JoaoCarreiraPoeta. —— 31/05/2025. —— 10h11min —— 0692 ——.

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🎶Coliseu: O Artífice do Tempo!🎶

Era noite rútila sobre Roma, e o Coliseu, inamovível, pairava como um vaticínio da glória e da decadência. Lapisito e Borrachita, poetas e amantes, caminhavam sob seus arcos inexpugnáveis, sentindo a volúpia do passado recrudescer em cada pedra lívida.

— Há algo inefável neste lugar, minha Borrachita — murmurou Lapisito, contemplando a vastidão homérica das ruínas.

— Ululante é a memória dos que aqui pereceram — respondeu ela, deslizando os dedos pelas cicatrizes do tempo.

Sob a lua cosmopolita, eclipsada pelo mármore antigo, eles percebiam que o Coliseu era um dogma da história, um sortilégio capaz de unir diametralmente o visceral e o etéreo. Não havia unanimidade entre os séculos, tampouco entre os fantasmas que esgarçavam o silêncio.

— Haja vista que a ortodoxia dos impérios perece — sussurrou Borrachita.

— Porquanto a poesia é eterna — concluiu Lapisito.

E assim, entre sortilégios e déjà-vus, seus versos coesos se tornaram a irrefutável resistência contra a pusilanimidade dos estereótipos, em uma coalizão mitológica de amor e arte.

"Afinal, a eternidade não está nas pedras, mas nos sentimentos que ecoam através delas. O Coliseu não é apenas uma ruína; é um relicário onde a poesia e o amor resistem ao tempo, desafiando a pusilanimidade da história. No fim, é a paixão dos que o contemplam que o mantém vivo, porque a arte e o amor são inexpugnáveis."

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba, Borrachita e Juanito, são meus personagens em evolução!
#JoaoCarreiraPoeta. —— 30/05/2025. —— 15h59min —— 0691 ——.

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🎶Quartier Latin: O Berço Imortal da Poesia e do Saber!🎶

Narrado por Juão Karapuça.

Se há um lugar onde a poesia jamais claudica, esse lugar é o Quartier Latin. Caminhando por suas ruas estreitas, sinto o déjà-vu de séculos de pensamento, de mentes ilibadas que moldaram o espírito de Paris. Haja visto que aqui, entre cafés e livrarias abarrotadas, a fecundidade intelectual pulsa como um coração eterno.

Porquanto, desde a Idade Média, o latim ecoava nas salas da Sorbonne, onde professores e alunos debatiam filosofia, ciência e literatura com perspicácia. Era a hegemonia do saber transformando Paris na capital da mente. Victor Hugo, casmurro e visionário, atravessou essas ruas com olhos de metanoia. Ele via além das pedras do calçamento: enxergava o estigma da injustiça, o ponto cego do poder e, sobretudo, a força dos versos que atravessam o tempo.

No entanto, a ciência também encontrou seu abrigo aqui. Marie Curie, com sagacidade e lépida dedicação, desafiou o prosaico e entregou-se ao nirvana das descobertas. Isso por quê, no Quartier Latin, a ambiguidade do saber entrelaça poesia e razão, arte e ciência.

Decerto que, ao atravessar este bairro e ouvir os murmúrios das páginas viradas, do café servido e das conversas em tom baixo, sinto a luminescência da história que jamais será eclipsada. Porquanto, Paris vive, pulsa e recita sua própria poesia.

"O saber é um farol que jamais se apaga, e no Quartier Latin, a luz do conhecimento e da poesia continua a iluminar gerações."

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço.
Todos os Direitos Autorais Preservados.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba, Borrachita e Juanito, são meus personagens em evolução!
#JoaoCarreiraPoeta. —— 29/05/2025. —— 14h40min —— 0690 ——.

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Conto: 🎶Relicário de Promessas!🎶

🎶Relicário de Promessas!🎶

A manhã bruxuleante desenhava sombras nas ruas de Paris, onde ele caminhava com a aura aristocrática de um diletante das letras. Havia fenecido a madrugada nos cafés, entre tratados filosóficos e silabários poéticos, mas seu coração não pertencia aos versos que escrevia. Ele a levava consigo, uma musa multifacetada cujo olhar ardente era um idílio transcendente.

No pequeno apartamento no Quartier Latin, repousava o baú que ela lhe entregara antes da despedida. Um relicário de promessas. A partir de então, cada carta ali guardada era um fiapo de tempo, um déjà-vu do que haviam sido. O aroma de papel envelhecido eclipsava sua percepção do presente.

Redigia compulsivamente, escamoteando a dor nas entrelinhas, minimizando-se diante do estigma da ausência. A iminência do reencontro era incerta; tampouco sabia se o destino auspicioso se inclinaria a seu favor.

Entretanto, naquele instante, monocraticamente, decidiu: Paris não bastava. O amor não se caceteia, não se empírico, não se trata como um paradigma a ser desconstruído. Era imprescindível voltar.

Os estereótipos dos amantes trágicos não lhe cabiam. Portanto, embarcou no primeiro voo, com o relicário apertado ao peito, pronto para romper as tratativas do tempo e resgatar o que jamais deveria ter sido deixado para trás.

"E por fim, o amor que se eterniza não se rende ao tempo, nem à distância, ele transcende, como um relicário de promessas que jamais se desfaz. Quando duas almas se pertencem, nenhum oceano, nenhuma cidade, nenhum fiapo de tempo pode eclipsar o destino de um reencontro inevitável."

Fim!

Que nosso querido —— Deus abençoe você ricamente, um forte abraço!
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#JoaoCarreiraPoeta. —— 28/05/2025. —— 10h17min —— 0689 ——.

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Narrativa: 🎶Ela e a Brisa do Mar!🎶

🎶Ela e a Brisa do Mar!🎶

O vento primaveris entrelaçava-se nos fios dourado de seus cabelos, solfejando um murmúrio doce e ancestral. Sua silhueta era um poema que a própria natureza recitava — linhas curvas esculpidas pelo tempo, pela resiliência, pelo sol ardente que sempre a buscava.

Eu a contemplava à distância, absorto no enleio de sua presença, porquanto jamais ousaria espicaçar o equilíbrio desse instante. Era como se ela soubesse escamotear o tempo, relativizar cada onda que vinha beijar seus pés, transmutando o efêmero em eterno.

No entanto, tampouco era apenas a beleza que me fascinava; era o mistério que ela carregava consigo, um fiapo de tempo suspenso entre o limbo e a eternidade. Suas pegadas na areia eram morfemas de uma história que ninguém poderia decifrar, exceto quem tivesse alma de mar e coração de brisa.

E assim ela seguia, eclipsando tudo ao redor, reverberando como um déjà-vu de sonhos antigos. Não olhou para trás — nunca olhava. E eu? Eu apenas a guardava na memória, um artífice silencioso que transformava sua imagem em ode, em poesia, em história.

"Porém, haja visto que certas almas não se prendem, tampouco os versos conseguiriam capturá-la por completo. Ela era livre, sobretudo intensa, e se fosse preciso escolher entre o oceano e o mundo, decerto que sempre voltaria para o mar."

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe sua vida ricamente, um forte abraço.
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 27/05/2025. —— 11h12min —— 0688 ——.

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🎶A Aula Inusitada de Juão Karapuça!🎶

🎶A Aula Inusitada de Juão Karapuça!🎶

De tempos em tempos, eu venho à enigmática e gelada Patagônia exatamente, no Vale Encantado, onde está nossa "Faculdade da Casa dos Poetas e da Poesias" e hoje, vou relatar num misto de crônica e conto, uma das extraordinárias aulas de Juão e Juanito Karapuça:

Naquela manhã, a classe fervilhava com a energia exacerbada de Juanito, que, como de costume, já tramava alguma travessura capitaneada por seus colegas. O professor Juão Karapuça, poeta por vocação, entrou na sala com um olhar enfático, decidido a transformar a confusão linguística em poesia.

— Hoje falaremos de parônimos! — anunciou, batendo no quadro com proficiência. Palavras parecidas, mas com significados distintos. Quem aqui já confundiu “ratificar” com “retificar”?

Juanito, apoiado nos peitoris da janela, levantou a mão.

— Professor, eu ratifiquei que meu primo está errado, mas minha mãe disse que eu devia retificar a minha atitude!

A turma caiu na gargalhada. Juão, com paciência empírica, esmiuçou a diferença.

— Ratificar é confirmar, retificar é corrigir! Como um todo, precisamos compreender essas nuances para não banalizar nosso discurso.

Entretanto, Juanito não se deu por vencido.

— Mas professor, se “cela” pode ser tanto de cavalo quanto de prisão, então posso dizer que meu tio está descansando numa "sela"?

O mestre, tampouco atabalhoado, sorriu.

— Apenas se for um cavalo muito disciplinado, seu tio descansaria numa "sela"!

O ápice da aula foi um poema inesperado, onde Juão, envolto nas garras da paixão pelo ensino, fez versos lúdicos sobre o conluio das palavras. Juanito, pela primeira vez, não tartamudeou ao recitá-los.

E, ao poisar o giz, Juão sabia: havia decerto que plantado a semente do amor à língua. 🌟✨

"Enfim, a linguagem, quando bem compreendida, pode ser tanto um jogo quanto uma arte. A confusão entre palavras semelhantes não deve ser um obstáculo, mas sim uma oportunidade para aprender e se divertir. O professor Juão Karapuça ensinou que, com paciência e paixão, podemos transformar pequenos erros em grandes descobertas — e que até o mais irrequieto dos alunos pode encontrar poesia nas palavras."

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba, Borrachita e Juanito, são meus personagens em evolução!
#JoaoCarreiraPoeta. —— 26/05/2025. —— 11h09min —— 0687 ——.

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🎶 O Jardim da Eternidade 🎶

🎶 O Jardim da Eternidade 🎶

Na senda onde o dogma viceja e fulgura,
Erguem-se árcades de luz inefável,
Tecendo em névoas de lídima tessitura,
Os áureos mistérios do tempo insondável.

As magnas corolas ressumam fragrâncias,
Voláteis epístolas de arcanos celestes,
Perpassam as brisas em suas errâncias,
Exalando fulgores por sendas agrestes.

E sob a égide dos astros errantes,
A aurora se aninha em rútilo ardor,
Tecendo promessas nos céus rutilantes,
Eterno prenúncio do sonho e do amor.

Oh! Que jamais se apague este lume arcano,
Que mitiga as sombras e alumbra o dia,
Pois na urdidura do véu soberano,
Floresce a esperança em áurea magia.

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 25/05/2025. —— 10h —— 0686 ——.

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🎶O Crepúsculo Permutado Entre Sonhos e Astros!🎶

No céu onde a sombra é evidência,
Permear o mistério é quase exequível.
As estrelas testemunham a velha ciência,
Seu feérico fulgor torna-se intangível.

Os astros carregam as agruras do tempo,
E sobre eles arvorejaram memórias.
Na aurora, um reflexo esmaecido ao vento,
Sussurra balalaicas de antigas histórias.

No ermo espaço onde evocar é destino,
E solfejar esperanças torna-se arte,
O amor sui generis, embora tão fino,
Relativiza o cosmos e a vida em alarde.

O universo, imenso e de encanto velado,
Guarda segredos em estrelas sem fim.
Lá jazem desejos de um tempo esgotado,
Que ainda ressoam em sonhos sem fim.

Fim!

Que nosso querido —— Deus abençoe você ricamente, um forte abraço ——
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 24/05/2025. —— 9h37min —— 0655 ——.

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🎶O Amor Que Nos Habita!🎶

🎶O Amor Que Nos Habita!🎶

Tua luz brilha em plena aurora,
As estrelas dançam pelo céu,
A noite se veste de encantos,
E o tempo nos envolve em véu.

Teu corpo é chama que fascina,
Tua voz embala em melodia,
O amor transcende as fronteiras,
E enfeitiça a alma em harmonia.

A saudade se faz canção,
Floresce em versos o querer,
E cada lembrança vivida
Nos faz o instante reviver.

A balalaica entoa memórias,
As notas ecoam pelo mar,
O destino traça sua dança,
E o amor nos segue a abraçar.

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 21/04/2025. —— 11h09min —— 0656 ——.

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