Reverberar: O Eco das Palavras.
Hoje, eu vou tentar descrever para você esse verbo intransitivo e,
espero que você goste inclusive da sua família:
“Refletir, emitir, transmitir, repetir, ecoar, ressoar, percurtir e destacar, deve ter mais.”
“Reverberar é mais que ecoar:
É dar alma ao som que insiste em ultrapassar limites, cruzando tempos e sentidos.
É como um
— déjà-vu —
acústico, algo que se recusa a fenecer, tomando formas que pulsam além da primeira nota.
Eu sinto que, a cada reverberação, as palavras, com seus matizes de significados, ganham força – amiúde profundas, outras vezes galhofas.
É como o farfalhar de folhas, insistente, onde o som se dispersa, mas jamais desaparece.
O pragmático veria nisso um cacófato sem fim:
O romântico, porém, percebe na reverberação uma força portentosa que é, ao mesmo tempo, matizada e insólita.
Mas veja, tampouco se trata de mero ruído,
mas de uma ressignificação do som original, que se mantém vivo em novos contornos.
Amiudamente, a reverberação é um aforismo sussurrado ao vento, uma tentativa da natureza de ser lembrada.
Portanto, não é à toa que esse eco poético desafia a obsolescência, conservando o som na memória.
E digo mais:
Se palavras têm força, a reverberação é sua insistente extensão,
um suspiro que permanece em nós com parcimônia, apesar das ditas dicotomias do silêncio.
“Finalmente, eu vejo que em tudo o que se dissipa se perde; há sons que decerto reverberam para além do que imaginamos ouvir.”
Fim!
Espero que você tenha gostado assim, rogo ao nosso querido
— Deus —
que o abençoe ricamente tu e tua casa.
Um forte abraço.
#JoaoCarreiraPoeta. — 04/11/2024. — 9h — 0495 —.