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13108186452?profile=RESIZE_710xReverberar: O Eco das Palavras.

Hoje, eu vou tentar descrever para você esse verbo intransitivo e,

espero que você goste inclusive da sua família:

“Refletir, emitir, transmitir, repetir, ecoar, ressoar, percurtir e destacar, deve ter mais.” 

“Reverberar é mais que ecoar:

É dar alma ao som que insiste em ultrapassar limites, cruzando tempos e sentidos. 

É como um

— déjà-vu —

acústico, algo que se recusa a fenecer, tomando formas que pulsam além da primeira nota.

Eu sinto que, a cada reverberação, as palavras, com seus matizes de significados, ganham força – amiúde profundas, outras vezes galhofas.

É como o farfalhar de folhas, insistente, onde o som se dispersa, mas jamais desaparece. 

O pragmático veria nisso um cacófato sem fim:

O romântico, porém, percebe na reverberação uma força portentosa que é, ao mesmo tempo, matizada e insólita. 

Mas veja, tampouco se trata de mero ruído,

mas de uma ressignificação do som original, que se mantém vivo em novos contornos. 

Amiudamente, a reverberação é um aforismo sussurrado ao vento, uma tentativa da natureza de ser lembrada.

Portanto, não é à toa que esse eco poético desafia a obsolescência, conservando o som na memória. 

E digo mais:

Se palavras têm força, a reverberação é sua insistente extensão,

um suspiro que permanece em nós com parcimônia, apesar das ditas dicotomias do silêncio.

“Finalmente, eu vejo que em tudo o que se dissipa se perde; há sons que decerto reverberam para além do que imaginamos ouvir.”

Fim! 

Espero que você tenha gostado assim, rogo ao nosso querido 

— Deus — 

que o abençoe ricamente tu e tua casa.

Um forte abraço.

#JoaoCarreiraPoeta. — 04/11/2024. — 9h — 0495 —.

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Mini Conto — Olhos da Alma Coração da Chuva.

13107488869?profile=RESIZE_710xOlhos da Alma, Coração da Chuva.

Eu sei que há quem diga que a chuva é apenas água caindo,

gota a gota, um fenômeno canhestra e meteorológico. 

No entanto, sob a égide do guarda-chuva e dos estereótipos,

para esses tipos de pessoas basta abrir a capa, pisar com cautela e chegar seco. 

Esses são os olhos que veem a chuva sob uma visão ortodoxa, fixada na defecção do mistério e da poesia.

Para Kaskinha, porém, com sua alma de artífice incognoscível e magnânima, sentia a chuva como uma indulgência líquida, uma proficiência da natureza em reinventar o trivial. 

Com um toque de humor e voluptuosidade,

dizia que cada tempestade era um convite à bruxuleante aventura,

uma obra multifacetada e aristocrática, capaz de lavar a alma tanto quanto a pele,

despertando as cicatrizes invisíveis do coração.

Já Kinkas Barba, por sua vez, era o exemplo proeminente dos

“apenas molhados”,

a personificação de uma visão pragmática e explícita, onde a água é só

“molhadeira”. 

Para ele, não havia ambivalência:

A chuva não pedia insurreição, tampouco evocava um enigma.

"Ah, Kinkas Barba", Kaskinha suspirava entre risos, "essa é a diferença entre ver e enxergar, entre passar e permanecer." 

Kinkas, em sua mordaz e explícita simplicidade, vociferava: 

"Muita poesia... quando a realidade é só água."

No entanto, sob a égide dessa amizade, vez ou outra,

Kinkas se via sorrindo sozinho na chuva, como quem, por um segundo, contemplava algo além do prosaico, enquanto Kaskinha se aventurava sob o céu como uma artífice dos sentidos, protegida pelo seu silabário de pequenas alegrias.

“Pensando bem, a beleza reside na escolha de ver o que é invisível aos olhos apressados.”

Fim!

Espero que você tenha gostado e, passe a ver a chuva de um jeito diferente. Que 

— Deus —

 te abençoe ricamente.

Um forte abraço.

#JoaoCarreiraPoeta. — 04/11/2024. — 8h30 — 0494 —.

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Mini Crônica — O Presente Que Nos Habita.

13105258691?profile=RESIZE_710xO Presente Que Nos Habita.

Meus queridos “poetinhas”, talvez sejamos, de fato,

uma coalizão improvável de sonhadores que se embaraçam entre o ontem, o hoje e o amanhã. 

O ontem, esse dogma inamovível, é uma unanimidade lúgubre:

Foi-se, de maneira inexpugnável e irretornável. 

E o amanhã? 

Ah, esse vaticínio lívido e incerto ainda nos faz reféns de um futuro que, sejamos honestos, pode até ser uma quimera. 

Portanto, poetinhas, para que tanta pusilanimidade com o incerto?

Se há algo que nos cabe, é o hoje, um presente tão inefável que até as palavras se perdem ao descrevê-lo. 

Eu sei, há uma volúpia secreta no instante presente, um pulsar visceral que reclama nossa atenção. 

Somos artífices do agora, que honra é essa de moldar, com volúpia e audácia, cada segundo que passa? 

Sobretudo, o presente é simplesmente, diametralmente oposto ao passado e ao futuro: 

Ele não pode ser eclipsado por estereótipos ou pela ortodoxia do tempo.

No entanto, nosso “hoje” também guarda um déjà-vu doce: 

A volúpia de sermos únicos, com todos os esgares e recrudescimentos que ele nos traz. 

Somos, a cada instante, o paradoxo do que fomos e do que seremos.

“E por fim, receba o “hoje” como quem desembrulha um presente, sem deixar que o passado o oprima, nem que o futuro o assuste.”

Fim!

Espero que você que acabou ler, tenha gostado. 

— Deus —

está te abençoando ricamente, tu e tua casa.

Um forte abraço.

#JoaoCarreiraPoeta. — 03/11/2024. — 17h — 0492 —.

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Mini Crônica — Das Mentes Que Se Alargam.

13104261892?profile=RESIZE_710xDas Mentes Que Se Alargam.

Essa é minha certeza de que: indubitavelmente, quando um poeta, ou mesmo uma poetisa,

abre sua mente para acolher o novo, algo mágico acontece. 

De uma simples ideia que eu tenha como poeta,

germina uma fecundidade que, como um rio em enchente, transborda para além do esperado. 

E aí, como uma quimera incapturável, as palavras dançam na fronteira entre o prosaico e o sublime. 

Há quem diga que escrever é uma tarefa inimputável,

uma vez que se começa, não há como parar. 

Cada verso ou frase é um

— déjà-vu —

de emoções, uma lembrança que parecia esquecida, mas que o coração insiste em lembrar.

Por outro lado, é preciso que eu tenha sagacidade e perspicácia para se aventurar nesse terreno. 

A ambiguidade entre o mundo real e o imaginário pede o olhar atento do artífice,

que com suas idiossincrasias faz da poesia algo lépido e encantador. 

Cada palavra é um ponto cego, uma ambição que pulsa, pois bem sei que a busca pela perfeição nunca acaba.

E há, é claro, o estigma do poeta ser um sonhador,

o casmurro que vagueia pelos versos, como se estivesse à procura do próprio nirvana. 

Entretanto, mesmo no seu casulo, um verdadeiro poeta sabe: 

Que há uma metanoia contínua, simplesmente, uma verdadeira transformação. 

Portanto, a escrita é, decerto, o modo de eclipsar a mesmice, de se aproximar da luminescência.

“Afinal, expandir a mente é um trabalho sem fim, mas nele reside a magia de se reinventar.”

Fim!

Que bom que você chegou até aqui! Espero que tenha gostado. Assim, nosso querido 

— Deus — 

te abençoará ricamente, tu e tua casa.

Um forte abraço.

#JoaoCarreiraPoeta. — 03/11/2024. — 13h — 0491 —.

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Mini Crônicas — Abraços de Luz e Sombras.

13100959658?profile=RESIZE_710xAbraços de Luz e Sombras.

Você já observou que, simplesmente, há algo de aristocrático e,

ao mesmo tempo, diletante na dança do tempo,

esse fiapo quase invisível que ora abraça o hoje, ora deixa que o ontem se esvaía? 

Sobretudo, é como se Deus, num idílio transcendente,

coordenasse esse ir e vir bruxuleante,

um enleio tão multifacetado que foge ao simples silabário das nossas tratativas e percepções.

Quando a vida nos diz "não," há um estigma, um peso que tenta eclipsar a alegria. 

No entanto, esse instante pode ser um aprendizado, um convite implícito para escamotear qualquer patologia emocional. 

Cada “não” da vida é uma pausa monocraticamente instrutiva, desafiando-nos a desenvolver a arte de sorrir. 

A partir de então, cada “sim” se torna mais auspicioso,

um momento de celebrar, fenecer velhas limitações e perceber a dualidade de que somos feitos.

Essa cognição, por mais explícita que se torne, jamais deixará de ser um. 

— déjà-vu —,  

humano, onde estereótipos e idiossincrasias dialogam num ritual inusitado de luz e sombras. 

Portanto, decerto que, a cada sorriso ou lágrima,

estamos construindo, sob uma eminência de luz divina, nossa pequena obra, com cada abraço do tempo.

“Finalizando, a vida é um eterno abraço do tempo, onde cada ‘não’ e cada ‘sim’ nos moldam para a arte de sorrir em qualquer estação."

Fim!

Um forte abraço, meu amigo ou, minha amiga, que nosso querido 

— Deus —

te abençoe, te ensine a sorrir ricamente, tu e tua casa.

Amém! 

#JoaoCarreiraPoeta. — 02/11/2024. — 8h — 0490 —.

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Stayin Alive: Vagando, Dançando e Sobrevivendo.

— Juão Karapuça, eu amo ser poeta, pois tenho o poder de estar nesse exato momento no túnel da minha juventude!

Para ser exato, décadas de 70 e 80, anos dourados.

— Professor, vamos dizer que ainda peguei o final da década de 80. Com certeza BeeGees, marcou nossas histórias.

— É Karapuça quem vai contar essa linda história sou eu:

"Enveredando pela vida, como um neófito que avança em terreno desnudo e incerto, me vejo, como bem diriam os Bee Gees, Stayin’ Alive

Vivo, e não é pouco, vagueando pelos dias entre o excêntrico e o coloquial, ziguezagueando entre agruras e pequenos alívios, num mote de

“contos e encantos”

diários que compõem o todo, do tudo, do meu nada, da minha vida.

Ora, eu dançando pela sobrevivência, arfando como se a própria vida fosse uma canção que precisa de ritmo, ou melhor, de protagonismo. 

A cada passo, me via encaixilhando lembranças, vivendo encontros e esbarrando em desencontros, onde cada curva carregava o potencial de um aforismo, um desses que nascem de experiências que, à primeira vista, parecem triviais, mas carregam sabedoria em seu âmago.

Permear o cotidiano com essa força estranha – o vigor de 

— “Stayin' Alive” — 

era evidência de um lirismo anarco gramatical, onde a linguagem dançava livre de convenções, evocando poesia onde antes havia só uma sequência exata de compromissos. 

E me parece Juão Karapuça importante dizer que, no vaivém, acabo criando um arcabouço de memória, uma espécie de fotografia existencial, um encaixilhar do que é fugaz.

Entretanto, tampouco é só dança:

Há invasão de prerrogativas, barbárie, como quando a vida desafiava com sua apoteótica e súbita dureza. 

Mesmo assim, há algo de lídimo, quase sublime, que torna exequível a permanência. 

Decerto que entre as coisas de notadamente menos apelo, a sobrevivência é em si uma dádiva.

Uma força alvissareira, que me lembrava que cada giro e cada pausa faziam parte de um só compasso.

E por quê? 

Porque, no fim, o todo se desnuda em dança e música.

Sobrevivendo, com todo o glamour e afeto de quem encara o mundo e simplesmente diz: 

“Estou vivo!”

“Pensando bem, a dança da vida é a arte de sobreviver com o compasso do amor e o ritmo das próprias escolhas.”

Fim!

— Professor foram realmente anos dourados. Acredito que não teremos mais anos como aqueles.

Curta a música abaixo.

E que nosso 

— Deus — 

te abençoe ricamente tu e tua casa.

Um forte abraço.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus personagens em evolução!

#JoaoCarreiraPoeta. — 02/11/2024. — 8h — 0489 —.

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Conto — Misógino: E Seu Ponto Cego.

13098164064?profile=RESIZE_710xMisógino: E Seu Ponto Cego.

Eu amo vasculhar um baú velho em busca de um vocábulo novo e seu significado:

Com “Misógino” não é diferente, é um substantivo masculino e representa um sujeito que sente repulsa, horror ou aversão a mulheres.

Seus primos são:

“Ginecofóbico, ginecófobo, ginófobo, antifeminista, androcêntrico."

Você é como eu, que ama um mini conto? 

Então, vou te contar um: 

“Kinkas Barba, é um homem de opiniões fortes e muitas vezes fechadas, que encara o mundo com um filtro próprio. 

Vive preso ao seu “ponto cego”, um espaço onde a “misoginia” e a resistência ao feminino acabam prevalecendo. 

Kinkas acredita que, com sua visão de mundo e seu "arroubo juvenil", não precisa mudar — até que as circunstâncias o desafiam.

Sua companheira de serviço, com uma visão sensível e igualitária, é quem estimula Kinkas a reavaliar sua postura. 

Ela é resiliente e paciente, alguém que "anda devagar" porque conhece o poder das pequenas transformações. 

Essa mulher, para ele, é uma espécie de "paradoxo vivo", ao mesmo tempo, introspectiva e eloquente, que questiona suas certezas com uma mistura de graça e força.

O melhor amigo de Kinkas Barba é seu “oposto” ideológico.

Enquanto nosso personagem resiste às mudanças, seu amigo vive como alguém que "capitaneia" novas ideias, aberto a tudo o que desafia o status quo. 

É quem leva Barba a lugares e situações onde, inevitavelmente, será confrontado por suas limitações.

Uma colega de trabalho de Kinkas e de sua companheira, que exemplifica a "brasilidade" e a força feminina, sendo simultaneamente intuitiva e prática.

 Ela é quem aponta com humor o

"todo do tudo, do nada"

dos preconceitos, uma espécie de voz que ecoa as verdades que Kinkas Barba reluta em aceitar.

Finalizando, com seus companheiros ao seu lado, Kinkas Barba começa a se ver no espelho das relações, onde sua visão rígida encontra o paradoxo da transformação.

A colega de trabalho do casal, com sua alegria e sagacidade, ajuda a ampliar sua perspectiva, levando-o a questionar o próprio ponto cego.”

Fim!

Um forte abraço a você que conseguiu chegar até aqui. Portanto, rogo a 

— Deus —

 que te abençoe ricamente, tu e tua casa.

#JoaoCarreiraPoeta. 01/11/2024. — 12h — 0488 —.

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Descrição — Volúpia: O Ardor de Sentir.

13095643882?profile=RESIZE_710xVolúpia: O Ardor de Sentir.

Eu diria que é o prazer sensitivo, que se tem através dos sentidos. Excesso de prazer.

Literalmente, é o mesmo que:

"Voluptuosidade, deleite, luxuria, delicia, deleitamento, deleitação, gozo, satisfação, agrado, aprazimento..."

Dentro da poesia é uma palavra que, no silêncio, solfeja como um segredo suspenso. 

É desejo latente da minha alma, côncava e convexa,

imutável na sua força de preencher as lacunas do meu coração. 

Volúpia é, sobretudo, o encontro entre duas almas machucadas pela vida,

mas, que ainda acreditam que o sonho e o amor não envelhecem. 

E isso porque, este sentimento jamais poderia ser trivial:

Pois, carrega em si o paradoxo de ser tanto côncavo quanto convexo, um conceito singular.

Eu estava justamente lendo sobre isso, caminhando pelas ruas do conhecimento, quando percebi: 

Volúpia é mais que um impulso, é uma suspensa vontade de preencher. 

Quem a sente, busca não só o outro, mas o encaixe perfeito de almas. 

Não há imputações para explicar essa coesão, tampouco uma teoria que a defina. 

Obviamente, volúpia faz alarde, é ostensiva e, ao mesmo tempo, carrega uma suspensão inconcebível.

Justamente por essa dualidade, volúpia é apologia ao sentir.

Caminha ao lado de um paradoxo, fazendo-nos crer que há uma forma homogênea de preencher até os vazios. 

Decerto que há um toque de inconformismo, de querer o impossível, porque volúpia é uma força sui generis. 

É as alvíssaras de cada desejo secreto, aquela pulsão que nunca envelhece e que, a cada suspiro, ressignifica-se.

“Volúpia é o querer sem reservas, a entrega ao instante, o desejo de tudo e o receio do nada.”

Fim!

Um forte abraço a você que me leu até aqui. Rogo a

— Deus —

que te abençoe ricamente tu e tua casa.

#JoaoCarreiraPoeta. — 31/10/2024. — 17h — 0487 —.

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Crônica — Inefável: O Encanto do Nada.

13095531471?profile=RESIZE_710xInefável: O Encanto do Nada.

— Márcia, o professor nos deixou a ver navios! Vamos ter que descrever esse senhor Inefável, sozinhos.

— Juão, não se preocupe, pois, nosso amor é maior que tudo. É apenas um adjetivo, uma qualidade, veja quantos tipos de qualidades:

“Inarrável, indescritível, indizível, inenarrável, encantador, inebriante, inexprimível…”

— Márcia minha amada, “Inefável”, é o que escapa à palavra, o que se sente, mas não se diz. É algo que, pois bem, vive na iminência de ser compreendido, mas jamais explicado. 

Na sua essência, o "Inefável" é o encontro entre o côncavo e o convexo do sentir, uma pauta de morfemas que, mesmo entrelaçados, ainda não podem enaltecer tudo o que se quer expressar.

Desde então, tentar capturar o "Inefável" é como tentar ancorar o vento. 

Argumenta-se, constrói-se uma retórica complexa, no entanto, falha-se. 

Pois bem, é por isso que o inefável persiste, escapando das definições e ressignificando-se em cada tentativa. 

É um avassalador nada que é tudo, e, ao mesmo tempo, uma obsessão recorrente que faz com que muitos o cacifem como o ápice do inexplicável. 

— Juão, diz-se até que é uma ode ao silêncio que ecoa, mas dito isso, surge a dúvida: 

Existe forma de explicar o que apenas o coração entende?

Pois veja, para o purista, o "Inefável" é a ausência de retórica:

Para o romântico, é simplesmente, um amor que não se define, apenas reverbera. 

Para o sábio, é a dualidade da existência, essa vontade de espicaçar o indefinido, refutar o vazio e, mesmo assim, sentir sua eminência presente em tudo.

Portanto, tampouco cabe em nossos lábios:

Seu mistério é tanto quanto se pode sonhar, e tão díspares são suas formas quanto as perspectivas que evocamos. 

"Inefável" é o encanto que, ao dissipar-se, nos faz lembrar de que o nada e o tudo coexistem.

— "Juão, o 'Inefável 'é aquilo que nos revela a vastidão da alma, porque o que não se pode dizer é o que mais se deve sentir.”

Fim!

kkkkkkkkkkkk! Parabéns ao casal de pombinhos!

Acharam que eu não viria?

Vocês são poetas extraordinários. Jamais os deixaria a ver navios!

Que nosso querido

— Deus —

os abençoe ricamente e também, você que acabou de ler.

Um forte abraço a todos!

#JoaoCarreiraPoeta. 31/10/2024. 22h — 0486 —.

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Descrição — Cosmopolitano: A Alma do Mundo.

13092591672?profile=RESIZE_710xCosmopolitano: A Alma do Mundo.

“Cosmopolitano. O que significa, afinal? 

Juão Karapuça, diria eu, que é a sensação de pertencer ao todo, do tudo e do nada. 

Ele diria que é mais que um endereço; é, de fato, um estado de espírito. 

Ao se ser cosmopolita, há uma dualidade intrigante, um déjà-vu de estranheza e afinidade. 

Somos concavidades receptivas às experiências e convexidades ao olhar do mundo, prontos para reverberar o novo com a intensidade de uma cultura que, apesar de anódina para alguns, é auspiciosa para muitos.

Viver como cosmopolita é não repudiar, tampouco vangloriar apenas uma cultura. 

É sentir na alma o desejo factível de ressignificar raízes, enraizar-se nas nuances e nos detalhes de cada terra visitada. 

E por fim, finalizando a reflexão, há o paradoxo do arquétipo do cosmopolita: 

Ele é enfaticamente apaixonado pelo mundo, enquanto preserva,

na sua essência, aquele sentimento veemente de que não pertence a lugar algum.

Para ele a beleza mora nas entrelinhas, nos sotaques que se misturam, nos pratos que desafiam paladares. 

E reitero, o cosmopolitano não é anódino, mas sim um todo que nos ajuda a ver as cores nas cidades e nas almas ao redor.

“Ser cosmopolita é aceitar que o mundo inteiro cabe no nosso coração, pois, de fato, a essência é universal.”

Fim!

Um forte abraço, meu amigo, minha amiga. Que nosso querido 

— Deus —

 te abençoe ricamente, tu e tua casa. Fazendo de ti um cosmopolita.

#JoaoCarreitraPoeta. — 30/102024. 17h — 0485 —.

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Crônica — Sentimentos ao Som de 'Feelings'.

13092522261?profile=RESIZE_710xSentimentos ao Som de ‘Feelings’.

— Juão Karapuça, você sabe a tradução de “Feelings”?

— Professor parece ser “sentimentos” e dessa linda música nasceu o grande amor entre um casal de amigos nossos.

— Conta Juão, pois, é uma linda história de amor.

— “Mestre, havia algo de imponderável no jeito que o poeta Lapisito e Borrachita se olhavam, era como se o universo tivesse secretamente cunhado uma conexão entre os dois. 

Em um belo dia, embalados pela melodia nostálgica de

Feelings,

ambos entenderam o sentido de

“sentimentos”

como algo indiscutível, que exige parcimônia, embora também clame por milhões de aplausos internos, esses que ecoam na alma quando o coração se rende.

A poeta Borrachita,

empoderada e dona de uma presença pulquérrima,

nunca imaginou que se perderia em alguém tão rápida e apaixonadamente. 

Lapisito era uma mistura de diplomacia e intensidade, tanto que, em sua presença, ela sentia as perspectivas de vida ressignificadas. 

Ele, por sua vez, descobriu nela uma lisura rara e um encanto sensacional,

como se a poetisa fosse o próprio ébano envolto em mistério. 

Dito isto, vitimou-se pelo enleio que Borrachita trazia com seu sorriso enigmático.

Porém, claro, a vida é feita de altos e baixos. 

Entre encontros e desencontros, eles experimentaram o limbo do ostracismo, onde o amor parece repousar em incertezas. 

No entanto, ambos, com a parcimônia dos sábios, souberam verbalizar os sentimentos. 

A poeta Borrachita, entre risos e alguma diplomacia, confessou que o amor que sentia era, sobremaneiras, notabilíssimo.

O poeta Lapisito sorriu, já sabendo que havia cruzado um limiar sem volta.

Quiçá, o amor seja justamente isso: 

Algo que sobrevive nas entrelinhas, mesmo no silêncio e na distância, ressignificando os sentidos. 

Afinal, o sentimento entre eles, nunca seria homogêneo nem tampouco hermafrodita.

Era uma força unicamente moldada por eles.

“Enfim, o amor não se explica, nem tampouco se restringe. É a essência inominável, mas indiscutível, que ecoa, deixando sempre aquela doce melodia de sentimentos.”

Fim!

— Juão, nossa crônica ficou tão linda quanto, essa música cantada por Morris Albert.

Sensacional.

Um forte abraço a você que nos lê e que, nosso querido 

— Deus — 

nos abençoe ricamente. 

#JoaoCarreiraPoeta. — 30/10/2024. — 15h55 — 0484 —.

 

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Crônica — Cacifar: O Valor Nas Entrelinhas

13086147673?profile=RESIZE_710xCacifar: O Valor Nas Entrelinhas

— Juão Karapouça, cacifar é um verbo intransitivo e pode significar várias coisas.

Pode referir à alguém que possui grande influência, ou poder financeiro.

— Não precisa nem falar professor! Poeticamente é comigo!

Ah, cacifar

Esse vocábulo soa como uma moeda verbal, onde o valor de cada palavra se revela no quanto se pode 

"cacifar"

 ou, em termos práticos, garantir ou até monetizar com sabedoria. 

É simplesmente, um artífice hábil, cuja preeminência surge em cada tratativa.

Cacifar é mais que a jactância de uma aposta:

É um trabalho de idiossincrasia e parcimônia, que difere e transforma cada escolha em um ato ponderado.

E enquanto isso professor, a vida nos dá oportunidades: 

Cada sonho pueril transladou em expectativas que buscamos cacifar.

Porém, isso exige certa parcimônia, pois os estereótipos caem quando o artífice da vida decide ressignificar. 

Cacifar, portanto, vai além de teorizar com jactância:

É ter a reminiscência das nossas "primaveris" ambições e transformá-las em algo inexpugnável.

No entanto, há algo inexplicavelmente romântico no cacifar das emoções, como uma epifania silenciosa que revela o valor em cada escolha, por conseguinte dando-lhe preeminência nas lembranças.

"Teorizando cacifar o que a vida nos dá é saber valorizar o que é nosso por essência; pois, no fim, a parcimônia na escolha vale mais do que qualquer jactância."

Fim!

— Ficou ótimo Juão! Parabéns! Um forte abraço e

que nosso querido

— Deus —

nos abençoe ricamente.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus personagens em evolução!

#JoaoCarreiraPoeta. — 29/10/2024. — 14h — 0483 —.

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Crônicas — Lúdico: O Charme Dessa Palavra

13080657263?profile=RESIZE_710xLúdico: O Charme Dessa Palavra

— Juão Karapuça!!! Por onde andastes?

Nesse tempo todo deve ter-se agitado como uma águia ferida, que cambaleia no ar, agoniza, morre e ressuscita?

— É por aí professor! Viajei muito.

Muitas fazendas vendidas e muita grana no bolso kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!

Mas, a saudade da poesia é imensurável.

Estou ansioso por poetar!

E já lhe digo que esse cara é um adjetivo e tem uma família razoável:

“Divertido, recreativo, alegre, jocoso, entretenido, brincalhão, brincador, brincante, prazenteiro…”

— Uma família bastante fecunda Juão?

— Sim, mestre!

Mas, ah, o lúdico! Palavra que transcende sua definição, entrelaçando-se com o brejeiro e o encantador. 

O lúdico permeia a vida com um toque de quimera professor,

escamoteando a realidade para nos envolver em seu jogo leve e irresistível. 

É auspicioso, de fato, e indubitavelmente mágico, pois desencadeia momentos de descontração, alheios à seriedade e à rotina.

Porém, João Carreira, poeta o lúdico não é só a fuga:

Ele é o artífice de uma utopia própria, onde a leveza é regra e os estereótipos não têm vez. 

Ele concatena o inesperado e se instala como um 

déjà-vu 

recorrente que desafia a lógica e aquece o espírito,

proporcionando um sorriso, mesmo em meio há dias cansativos. 

Sobretudo, é ele quem mitiga as agruras da vida, oferecendo, por instantes, a hegemonia da simplicidade e da alegria.

No entanto, essa leveza é por vezes incompreendida

e subestimada mestre, quase como uma quimera da vida adulta. 

Mas quem ousa deixá-lo à porta? 

Quem não precisa, de quando em quando, desse suspiro espontâneo e emblemático?

“Enfim, o lúdico nos ensina que a vida é leve quando permitimos que ela seja.

 A alegria é insofismável e, sem precedentes, é um bem que não se escamoteia; tampouco se deixa escorrer.”

Fim!

— Juão Karapuça voltaste com tudo! Parabéns!

Que nosso querido

— Deus —

te abençoe ricamente, a mim e aquele que lê também.

Um forte abraço a todos.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus personagens em evolução!

#JoaoCarreiraPoeta. — 28/10/2024. — 17h — 0482 —.

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Mini Conto — Encanto Sob o Luar do Sertão.


13079312883?profile=RESIZE_710x
Encanto Sob o Luar do Sertão.

Você sabia que no sertão, o luar tem brilho próprio, tem um encanto feérico que se arvoreja em cada curva das árvores secas?

Essas árvores ressequidas vão dançando com a brisa concisa que passa, como se o próprio tempo ali tivesse outorgado suas bênçãos. 

A luz esmaecida, ainda incipiente, nasce do horizonte e alcança, aos poucos, o ápice da noite, tingindo de prata a paisagem silenciosa.

Porém, o luar do sertão não é apenas um espetáculo.

Ele é lúdico, feito de sombras e matizes, como uma melodia tocada numa balalaica invisível.

Que recrudesce em beleza enquanto os olhos se acostumam, iluminando os contornos do simples e fazendo-o grandioso.

 Então veja, que no sertão a lua parece mais próxima, como se quisesse confidenciar segredos antigos às almas solitárias que ali sonham.

No entanto, é no reflexo silencioso do céu que o coração mais sente algo inédito, um misto de nostalgia e promessa. 

Decerto que, sob esse luar, qualquer amor parece eterno, ainda que a eternidade seja breve.

Finalizando: 

“O luar do sertão nos lembra que, às vezes, na simplicidade de uma noite de céu aberto, o universo cabe no coração e cada estrela se torna um verso de poesia esquecida.”

Fim!

Um forte abraço meu amigo, ou minha amiga! E, estou rogando agora que nosso querido 

— Deus —

 te abençoe ricamente, tu e tua casa.

#JoaoCarreiraPoeta. — 28/10/2024. — 14h05 — 0481 —.

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Conto — Palavras: Matizes do Silêncio e do Som

Palavras: Matizes do Silêncio e do Som.

Antes que eu lhe conte mais uma história, eu preciso expor que esse vocábulo é um substantivo feminino.

É uma das ferramentas mais poderosas que temos para nos comunicar. 

Ela é a base da linguagem e nos permite expressar nossos pensamentos, sentimentos e ideias.

E tem vários sinônimos:

“Termo, vocábulo, frase, fala, voz, expressão, verbo, verbete e muitos outros…”

Agora, sim, vou fazer o que amo, contar histórias:

“Era uma vez um homem fascinado pelas palavras. Kinkas Barba, leitor ávido e escritor diletante, via nelas verossímil beleza e mítico poder. 

Porém, nos seus textos, amiúde surgia uma dicotomia entre o som e o sentido, como se as palavras tivessem vida própria. 

O que começava como uma prosa suave logo virava cacofonia,

o som farfalhando no papel, ora como música, ora como um ruído estonteante.

Kinkas Barba era um artífice das palavras, mas deparava-se com o problema da obsolescência

Algumas palavras pareciam perder o brilho, eclipsadas por novos termos:

“Mega, Power, Super”

que ele achava tacanhos, apelando ao exagero sem poesia.

O poeta estava cansado de ver o peso dos estereótipos que moldavam até a linguagem. 

Decidiu, então, ressignificar o que escrevia, procurar um tom parcimonioso, matizado como um aforismo bem colocado.

Assim, Kinkas Barba começou a brincar com matizes de significados, a ponto de seus amigos pensarem que ele enlouquecera. 

Falava de cacófatos e acrósticos, jogava com a musicalidade e a leveza. 

Um dia, ao escrever, teve um déjà-vu:

Viu-se criança, descobrindo o encanto de ler suas primeiras palavras.

Ele soube, naquele momento, que as palavras não estavam ali para serem meras descrições pragmáticas. 

Elas, quando bem usadas, galhofavam entre si, transformando o ordinário em portentoso. 

Entretanto, ele percebeu que, assim como o silêncio e o som, as palavras habitam o espaço entre o sublime e o trivial, entre o riso e a seriedade.

E foi assim que Kinkas o poeta, com parcimônia e reverência, encontrou no farfalhar das páginas o ressoar de sua própria voz.

"Isso significa que as palavras não são apenas sons ou letras;

são pontes que nos transportam entre o riso e o mistério, desde que saibamos ouvir o silêncio entre elas."

Fim!

Se você chegou até aqui, deve ter gostado, então, que nosso querido

— Deus — 

te abençoe ricamente tu e tua casa.

Um forte abraço.

#JoaoCarreiraPoeta. 26/10/2024. — 16h12 — 0480 —.

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Conto — Pragmático: Um Coração Com Praticidade.

Pragmático: Um Coração Com Praticidade.

— Professor, literalmente, esse vocábulo é um adjetivo, ou seja, uma qualidade.

E significa o mesmo que:

“Prático, objetivo, usual, realista, hábil, funcional, realístico, relativo, sensato, direto, lógico, decidido, determinado.”

— Agora, exerça a sua bela poesia contando algo querida Márcia:

— Pois não, mestre:

"Havia um certo encanto em Ricardão poeta: o pragmatismo

Questionava-se ele enquanto caminhava pela praça, entre as árvores que arvorejavam com a brisa, com raízes tão sólidas quanto seus princípios.

Ricardão via o mundo como um artífice calculista, conciso e direto.

Porém, certa vez, o destino lhe pregou uma peça ao cruzar seu caminho com uma artista chamada Lara, que tinha olhos brilhantes e um sorriso que exalava feérico charme. 

Ela era a essência do improvável, e seu olhar era uma

balalaica

que soava em seu coração com uma leveza lúdica. 

Ele, cauteloso, achava o amor um tanto incipiente e incompreensível, mas logo percebeu-se prisioneiro desse sentimento sublime, como fogo que arde sem se ver.

Lara não acreditava em convenções e ria dos planos de Ricardão, o poeta. 

Entretanto, ele, o pragmático, recrudescia. 

Mas a paixão de Lara era algo inexplicável que não poderia ser reduzido à lógica. 

E foi assim que Ricardão entendeu: 

A razão pode organizar, mas é o coração que vive.

"Finalizando professor, ser pragmático ajuda a viver com os pés no chão, mas o amor nos ensina a dançar.

Fim!"

— Você foi excepcional Márcia!

— Obrigada mestre! E para você que acabou de ler, um forte abraço! Que nosso querido 

— Deus —

 te abençoe ricamente, tu e tua casa.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!

#JoaoCarreiraPoeta. — 25/10/2024. — 18h — 0479 —.

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Conto — O Maestro Que Tartamudeava, Mas....

O Maestro Que Tartamudeava, Mas…

Eu nunca pensei que as garras da paixão por contar história, fossem me agarrar.

No entanto, foi o que aconteceu:

Portanto, era uma noite orquestrada sob o céu estrelado de Andradina, estado de São Paulo com Mato Grosso do Sul, onde,

um Maestro conduzia sua música com a paixão de um arrebatado. 

Seus braços dançavam no ar como que guiados pelas próprias garras do amor,

criando um espetáculo inusitado e, simplesmente, apaixonante.

Portanto, ninguém ousava desviar os olhos:

Cada movimento seu era uma nota que vibrava nas almas de quem o assistia. 

Porém, sua fala era um tanto peculiar: 

Ao tentar se dirigir à plateia, ele tartamudeava,

tropeçando nas palavras com um toque de charme inusitado que arrancava sorrisos.

Entretanto, o encanto do Maestro não estava em sua eloquência,

porém, em sua habilidade de transformar cada nota em um universo lúdico, onde emoções flutuavam. 

Sobretudo, sua música tornava-se uma ponte entre a realidade

e o sonho, onde as melodias ecoavam as próprias batidas do coração.

A música findou em silêncio profundo, e ele, agora com olhos brilhantes, despediu-se do público, que o aplaudia com ardor.

"Refletindo, na regência do amor e da vida, o que importa não é a perfeição, mas a paixão com que conduzimos cada nota."

Fim!

Que nosso querido 

— Deus — 

te abençoe ricamente tu e tua casa.

Um forte abraço. 

#JoaoCarreiraPoeta. — 25/10/20234. — 15h — 0478 —.

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Crônica — O Verbo Que Habita Entre Nós

O Verbo Que Habita Entre Nós

— Professor, você já reparou como o vocábulo

“Verbo”

é um substantivo masculino e uma palavra de peso? 

— Sim!

Verbo, Márcia, é tanto palavra quanto essência! Mais presente do que podemos perceber. 

— Concordo! Com certeza o professor sabe que o Verbo, além de ser a ação, carrega uma família inteira: 

“Dicção, expressão, palavra, vocábulo, elocução, voz... até ‘filho’ está no rol!”

— Márcia, ouso dizer que o Verbo é como você, meigo, mas repleto de surpresas. 

— Ah, professor, mas agora eu quero ver você poetizar essa palavra verbalizada. 

— Ok! Então, vamos poetizar juntos, Márcia, nessa aventura de sentidos!

Veja, minha amiga, na essência do universo, o Verbo era a forma primeira, a fagulha incognoscível de divindade. 

O que nasceu dele, soprando vida e significado, foi um sussurro eterno, envolto em força e mistério — aristocrático e soberano. 

Por entre as eras, ele voa e vocifera em brisas e tempestades, bordando o tempo com seu toque feérico e uma voluptuosidade incomparável.

— Que lindo mestre, o Verbo, tão proeminente e essencial, não é apenas um som, uma palavra que se desgasta. 

Ele é o próprio artífice do mundo, moldando, com esmero, cada contorno da realidade. 

Quando o Verbo fala, o universo suspira.

E o faz com uma espécie de indulgência que acolhe até os desentendidos.

— Que bonito isso, Márcia! Mas você sabe que o Verbo também provoca alvoroço, não é? 

— Como assim, meu amado mestre? 

— Basta ver aqueles que resistem à sua essência e caem nas armadilhas dos estereótipos ortodoxos, defendendo-se com invectivas que parecem verdadeiras armaduras! 

Porém, o Verbo, magnânimo, ainda assim os acolhe. Como se dissesse:

“Aqui há espaço até para os rebeldes na minha narrativa.”

O Verbo nos deixa perceber que, por mais que tentemos restringi-lo, ele escapa. 

“É um mar sem fim, uma dança de mistérios, sempre nos desafiando a interpretar suas nuances. 

Ele, que toca o silabário dos homens e faz brilhar a força transcendente que há em tudo, é como o amor: 

Faz a nossa realidade expandir-se em cada palavra.”

— E a moral, professor? 

— Ah, Márcia, o Verbo nos ensina que o amor, feito palavra e ação, é a luz que nos guia, transcendendo entendimento e iluminando cada canto da existência.

Fim!

— João Carreira, poeta, achei fantástico fazer essa linda descrição em conjunto contigo!

— Eu também gostei Márcia, haja visto que você tem um dom incrível de poetizar.

Que nosso querido 

— Deus —

 abençoe a ti que acabou de ler. Um forte abraço.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!

#JoaoCarreiraPoeta. 25/10/2024. — 15h24 — 0477 —.

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Conto — Resoluto: O Homem de Alma Íntegra

Resoluto: O Homem de Alma Íntegra

— Eu sou Márcia Karapuça, e o conto de hoje é sobre um cara chamado

— Resoluto —,

um adjetivo determinado em seus objetivos, decidido em seus propósitos.

Sua família é bem extensa:

“Estoico, firme, perseverante, determinado, ousado, resolvido, decidido, dirimido…” 

“Resoluto era um homem estoico em seus propósitos, de uma coragem que chegava a ser inexpugnável. 

Entre amigos, diziam que sua alma era como uma muralha inamovível;

porém, no fundo, carregava o peso das incertezas, que às vezes lhe lançavam um esgar de dúvida no rosto. 

Dogmas eram sua base, mas não os aceitava sem antes examiná-los com uma sagacidade feroz, rompendo com estereótipos de sua terra de ritos ortodoxos.

Sua resolução não era mero capricho, mas uma coalizão de forças interiores, uma harmonia quase visceral entre fé e dúvida. 

Em seu âmago, uma luta diametral surgia:

O desejo de inovar e o respeito pelas tradições. 

A quem observasse de fora, parecia inquebrantável, um herói de feitos homéricos. 

Mas, por dentro, havia uma volúpia por novos caminhos e uma ânsia de desvendar o inefável, como um desejo rútilo que brilhava mesmo nos dias mais lúgubres.

Certo dia, um amigo lhe disse: 

"Por que tanto esforço para manter-se inabalável?" 

Ele respondeu, com uma paz irrefutável: 

"Porque ser resoluto é não só vencer as batalhas exteriores, mas, sobretudo, domar o caos interno. Daí, eu confesso que, de qualquer forma, não nasci para condenar, mas sim, para amar a vida."

“Finalizando e refletindo, eu acredito que meu amado mestre diria que, ser resoluto é equilibrar a solidez do propósito com a fluidez das emoções. É compreender que a verdadeira força reside na paz de quem conhece a si mesmo.”

Fim!

Que nosso querido 

— Deus —

abençoe a você que acabou de ler. 

Um forte abraço.

#JoaoCarreiraPoetas.— 24/102024. — 12h — 0476 —.

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Conto — Nas Margens do Ponto Cego

Nas Margens do Ponto Cego

Na ponta da caneta, ou seja, seguindo o dicionário, "Ponto Cego" é um substantivo masculino. 

E na oftalmologia é uma pequena área da retina em que não existem receptores de luz.

Também conhecido como escotoma.

Como o nome diz, é uma área dos olhos que pode perder um pouco da visão.

Entretanto, do lado figurado vou usar nossos coleguinhas em um mini conto.

“Borrachita poeta, tinha uma visão aguçada para os detalhes, quase uma perspicácia artística.

Ela enxergava beleza nas coisas mais prosaicas: 

Uma folha caída, a luz suave da manhã, o som da cidade ao longe.

Contudo, havia um "Ponto Cego" em seu coração. 

Não era uma falha na sua visão literal, mas uma ausência de percepção quanto ao amor.

Lapisito, também poeta, seu companheiro e amigo de longa data, observava-a com enlevo. 

Sempre por perto, sempre atento, mas invisível na sua afetividade, como uma quimera que ela não podia captar. 

Ele sabia que Borrachita era uma mulher de idiossincrasias complexas, mas sua sagacidade falhava quando se tratava de ler as emoções humanas mais sutis.

Por outro lado, a ambiguidade de suas interações fazia com que Lapisito hesitasse. 

Ele vivia, nesse ciclo, uma sensação constante de

— déjà-vu —,

tentando quebrar o estigma de ser apenas o amigo. 

Mas suas tentativas sempre pareciam ser eclipsadas pela própria incapacidade de Borrachita ver além de seu amor.

Até que, um dia, com a coragem inspirada pela luminescência do crepúsculo, Lapisito se declarou. 

Borrachita, ao ouvi-lo, passou por uma súbita metanoia — uma transformação interior. 

"Como pude ser tão cega?".

Pensou.

O ponto cego finalmente se desfez.

"Finalizando e refletindo, às vezes, o que não enxergamos está bem diante de nós, esperando apenas o momento certo para se revelar.”

Fim!

Que nosso querido 

— Deus —

 te abençoe ricamente tua e tua casa.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução! 

#JoaoCarreiraPoeta. — 23/10/2024. — 15h33 — 0475 —.

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