Você sabia que no sertão, o luar tem brilho próprio, tem um encanto feérico que se arvoreja em cada curva das árvores secas?
Essas árvores ressequidas vão dançando com a brisa concisa que passa, como se o próprio tempo ali tivesse outorgado suas bênçãos.
A luz esmaecida, ainda incipiente, nasce do horizonte e alcança, aos poucos, o ápice da noite, tingindo de prata a paisagem silenciosa.
Porém, o luar do sertão não é apenas um espetáculo.
Ele é lúdico, feito de sombras e matizes, como uma melodia tocada numa balalaica invisível.
Que recrudesce em beleza enquanto os olhos se acostumam, iluminando os contornos do simples e fazendo-o grandioso.
Então veja, que no sertão a lua parece mais próxima, como se quisesse confidenciar segredos antigos às almas solitárias que ali sonham.
No entanto, é no reflexo silencioso do céu que o coração mais sente algo inédito, um misto de nostalgia e promessa.
Decerto que, sob esse luar, qualquer amor parece eterno, ainda que a eternidade seja breve.
Finalizando:
“O luar do sertão nos lembra que, às vezes, na simplicidade de uma noite de céu aberto, o universo cabe no coração e cada estrela se torna um verso de poesia esquecida.”
Fim!
Um forte abraço meu amigo, ou minha amiga! E, estou rogando agora que nosso querido
— Deus —
te abençoe ricamente, tu e tua casa.
#JoaoCarreiraPoeta. — 28/10/2024. — 14h05 — 0481 —.
Comentários
Que belo o seu Luar do Sertão!
Nos faz sonhar e desejar um lugar assim
para viver!
Dolores Fender é uma honra ser comentado por uma poeta cheia de idiossincrasias poéticas. Gratidão. Quem sabe um dia teremos um lugar assim para vivermos.
João
O luar no sertão é majestoso
Parabéns
Um abraço
Não escamoteio! Gosto de ler seus comentários. Gratidão eterna.
Lindo conto onde o poeta vislumbra esse cenário e passa nas palavras o quadro. Parabéns pela inspiração.
Boa noite, Lilian. Gratidão pelo carinho! É sempre um prazer receber-te e ler sua apreciação. Sem contar com sua idiossincrasia.
Caro amigo poeta João Carreira
Há tempos atrás, aqui na minha cidade que era bem pequenininha com pouco mais de talez 5.000 habitantes, tínhamos essa bela visão do Universo.
Era lindo demais!
Exatamente como descrito pelo nobre sonhador poeta João Carreira.
Vivíamos num outro mundo, comparado com o de outrora.
Hoje, passados muitos anos (81 aninhos) para ser mais preciso não conseguimos nem ver ou sentir a bela natureza que Deus em todo o seu esplendor nos deu de graça.
Estamos cuidando bem? Creio que não.
No entanto conseguimos, com muita tristeza, viver assim mesmo.
Belo mini conto, caro poeta sonhador
Parabéns
Abraços
Bridon
Boa noite paradigmático amigo Bridon fiquei de fato bem lisonjeado com sua visita e belíssima apreciação.