O Sol e a Metáfora Da Rosa
— Eu sou Juão Karapuça e vou contar-te mais um lindo conto sobre uma figura de linguagem:
Era uma vez, num jardim feérico e esmaecido, onde o sol flertava com as flores e as estrelas pareciam se esconder em arbustos, uma rosa-vermelha incipiente, ainda desabrochando, despertou um amor inesperado.
O sol, ao vê-la, não resistiu e murmurou com um brilho apaixonado:
“Tu és meu fogo em forma de flor.”
No entanto, a rosa, confusa, inclinou suas pétalas e disse.
— Fogo? Eu sou apenas uma flor...
Ela estremeceu-se suavemente, intrigada.
Mas o sol não se deteve.
— Não, és mais que isso. És meu ardor, minha chama que aquece, mesmo sem queimar.
Cachorro velho não aprende truque novo, dizem, e a rosa relutou em aceitar algo tão abstrato.
Afinal, ninguém tem a obrigação de nascer sabendo, porém, tem a obrigação de aprender.
Portanto, ela pediu a outorga do entendimento.
— Por que me chamas de fogo, sendo eu feita de pétalas e não de chamas?
O sol, conciso, respondeu tocando-a com um feixe suave:
— Porque o amor, minha rosa, é recrudescer e arvorejar em silêncio.
Um fogo que arde sem se ver, tal como tu.
E assim, o jardim se encheu de balalaicas e sorrisos lúdicos. A rosa finalmente entendeu:
Ser comparada ao fogo era como outorgar à sua beleza um novo sentido.
Haja visto que, em cada figura de linguagem, há uma verdade e um encanto escondido.
Fim!
— Que maravilha Juão! Você relatou no seu lindo texto uma bela figura de linguagem. Parabéns!
— Uai professor! O senhor estava aí?
— Sim! Eu estou sempre ao teu redor poetizando…, e pedindo ao nosso querido
— Deus —
que nos abençoe ricamente!
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!
#JoaoCarreiraPoeta. — 06/10/2024. — 15h15 — 0446 —.
Comentários
Olá. Mais um conto admirável de sua lavra. Parabéns, João. Boa noite e meu abraço
Bom dia poetisa! Obrigado de coração.
Obrigado Angélica, sua visita e apreciação é uma honra para mim.