A Analogia: A Ponte Entre o Tudo e o Nada
— Juão, hoje vamos tentar descrever mais uma figura de linguagem com a ajuda de dois amigos nosso.
O Sr. Lapisito e a Sra. Borrachita.
— Já estou a digitar professor!
Lapisito, era um poeta que vivia tentando explicar o amor, mas sempre esbarrava na inefável dificuldade de colocar em palavras algo tão vasto.
Ele decidiu então recorrer à analogia, essa artífice mágica que constrói pontes entre o que é e o que parece ser.
Ele era apaixonado pela elástica Sra. Borrachita.
“O nosso amor está para a vida, assim como a luz está para a escuridão.”
Começou, sua voz cheia de volúpia, como quem revela um segredo.
“O frio é para o inverno, o que nosso amor é para nossos corpos.”
Completou o poeta.
Sua amada Borrachita não se conteve e sorriu, achando a comparação um tanto lúgubre.
— Lapisito, frio, inverno? Não é meio... fúnebre meu amor?
— De forma alguma!
Insistiu o poeta Sr. Lapisito, o esgar de empolgação crescia em seu rosto.
— A analogia não é uma verdade, mas uma maneira de ilustrar o inexpugnável.
Ele prosseguiu, comparando o amor a tudo que via: a coesão de uma coalizão de sentimentos, a visceral sensação de
déjà-vu
quando se reencontra alguém especial.
“O amor é como uma cidade cosmopolitana, cheia de encontros, desencontros, ruas e vielas misteriosas.”
No entanto, Borrachita não se deixava convencer.
— Mas o amor é muito mais que isso, Lapisito.
— Sim, tampouco a analogia é perfeita.
Porém, como um vaticínio, ela aponta direções para entender o incompreensível.
Finalizando professor, decerto que entre explicações e analogias, o poeta Sr. Lapisito e Sra. Borrachita perceberam que o amor, como a analogia, não tem dogma nem ortodoxia.
É uma constante tentativa de eclipsar o abismo entre o que sentimos e o que podemos dizer.
Fim!
— Sensacional Juão! Ficou ótima essa figura de linguagem analógica.
Um forte abraço a você que nos lê e que nosso querido
— Deus —
nos abençoe ricamente.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!
JoaoCarreiraPoeta. — 11/10/2024. — 11h — 0456 —.
Comentários
" O amor é uma cidade cosmoplitana..." Digno de aplausos e recortes vários só nesse apontamento. Parabens, João pela sua grande sagacidade literária.
Poxa, poetisa Lilian, eu te admiro tanto, mas, ainda fico embasbacado com suas elegantes visitas e suas apreciações que me elevam às nuvens!
João
O amor não tem explicação
Um abstrato que pode mudar tudo
Parabéns
Um abraço
Mestre Davi que comentário linnndo eu amei!!! Gratidão sempre.