Crônica — Cacetear: O Golpe Silencioso Da Vida

Cacetear: O Golpe Silencioso Da Vida

— Professor bom dia. Por onde será que anda Ricardão e Juão Karapuça?

— Tião, Juão Karapuça Poeta a gente sabe. Está curtindo as praias e sua Márcia amada, poetisa do extraordinário.

Já Ricardão eu não faço a mínima ideia.

Mas, me diz literalmente o que achaste sobre esse verbo transitivo. Cacetear?

— Professor, muitos acham que é um palavrão, mas não é não.
Cacetear significa atacar ou agredir de forma repetida, como se estivesse golpeando algo ou alguém com um cacete ou objeto contundente.

O senhor bem que podia poetizar daqui para a frente. Pode ser mestre?

— Decerto que sim, Tião. Deixa comigo.

Tião, na poesia cacetear, pode ser usado metaforicamente para descrever algo que cansa e atormenta constantemente.

Juão Karapuça está sempre me caceteando. 

Na minha percepção, cacetear é o ponto cego da minha vida é aquele momento em que, cada dia na sua agonia, faz com que tudo pareça uma sucessão de golpes invisíveis. 

A priori, penso que a vida é homogênea, mas a verdade é que ela gosta de me cacetear com suas surpresas,

relativizando meus arroubos juvenis e teorias.

Veja, eu hoje ando devagar, pois já tive muita pressa no passado,

e aprendi que esses golpes têm o protagonismo de me ensinar um pouco de resiliência. 

Tião infelizmente, não dá para separar o que é real dos sonhos, pois cacetear faz com que ambos se misturem.

É uma coalizão entre a brasilidade que capitaneia, com charme proeminente, me transforma, e o édipo introspectivo que carrego. 

Verbalizar esse tormento é inútil, porque nenhum sonho acaba, ele se transforma a cada golpe. 

A misoginia do tempo não me perdoa, e, porquanto, sou levado a uma batalha igualitária,

onde, de forma discricionária, tento sobreviver. 

Sobretudo, cacetear é mais um lembrete de que a vida, com sua força igualitária, faz questão de me desafiar, até que eu compreenda: 

Que sou protagonista de minha própria história, mesmo quando os golpes me atingem.

— Puxa professor achei bem interessante essa descrição poética desse verbo “cacetear”. Infelizmente, o fim está aí ó!

Fim!

A você que ainda tem a pachorra de nos ler, que nosso querido 

— Deus — 

tenha misericórdia de ti e te abençoe ricamente.

Um forte abraço a todos.

#JoaoCarreiraPoeta. — 11/09/2024. — 14h24 — 0401 —.

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Dr. Carreira Coach

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Comentários

  • Gestores

    Destaque merecido.

    A crônica vai despertando um interesse no leitor a cada linha lida.

    Ensina "Português-Br" e orientações sobre a vida.

    • Sem caceteação eu amei a sua visita e sua apreciação.

  • Parabéns, João. A leitura da tua crônica traz muito ensinamento.

    DESTACADO

    Um abraço

     

    • Boa tarde Márcia!

      Gratidão sempre poetisa

      e meu respeito por essa visita tão elegante e apreciação gentil e carinhosa.

      Amo ser

      DESTACADO

      por tuas mãos poéticas,

      sinto um enlevo muito grande.

      Saudações com abraços carinhosos.

      #JoãoCarreiraPoeta.

  • Crônica prenhe de sentimentos que são despertados na leitura, mesmo que, a intenção do autor seja a informação, trouxe reflexão. Parabens pela eficácia da escrita.

    • O enlevo aqui também é verdadeiro sem caceteação,

      amo ser visitado por ti e sua apreciação é sempre bem vinda.

      Abraços carinhosos. 

      #JoãoCarreiraPoeta.

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