Epígrafe: A Primeira Palavra e o Último Pensamento
— Bom dia! Eu sou Juão Karapuça, um trovador criado por um ser humano denominado poeta.
— Sim! Exatamente eu, o criador, João Carreira, poeta. Vamos tentar esmiuçar esse vocábulo que é um substantivo feminino. Ele pode ser também:
“Título, mote, inscrição, anotação, dizeres, letreiro, epitáfio, tema, frase…”
— Professor, uma epígrafe é a iminência de uma ideia, o ponto de partida de um pensamento que busca permanência.
Posicionada antes da narrativa, ela se torna a eminência silenciosa que, com um único verso ou frase, reverbera como uma ode compacta.
Mas dito isso, não subestimemos seu peso mestre:
A epígrafe exige ser lida e relida, pois faz com que cada palavra ali contenha o encadeamento de uma mensagem inteira.
Assim, a epígrafe é obsessão e fascínio, uma seleção purista de morfemas escolhidos a dedo, que se alçam como uma âncora de sentidos, preparando o espírito do leitor para o que virá.
— Juão, é também um ato de perspicácia e sagacidade.
O artífice de uma epígrafe constrói sua retórica com o cuidado de quem lapida uma gema, pois bem sabe que sua função é evocar, sem jamais se tornar explícito.
Ali Juão, no convexo e côncavo do texto, a dualidade essencial da epígrafe:
Ilumina a obra na totalidade, mas deixa cada um descobrir seus matizes.
— Perfeitamente, professor, com isso, espicaça, incita, até porque o seu valor está em reunir, sob uma linha de texto, as perspectivas díspares do que virá, sintetizando o tema e enaltecendo a profundidade que está por ser lida.
É, portanto, uma pequena prece que nos aproxima do mistério, em que a simplicidade do verbo encontra o vasto.
E, sobretudo, se torna a promessa do enredo, uma porta entreaberta para o universo inteiro.
“E por fim, finalizamos mais uma crônica descritiva, portanto, a epígrafe é um convite, uma expectativa que o autor deixa sutilmente para quem está prestes a entrar em seu mundo.”
Fim!
— Ficou sensacional Juão! Eu amo essa nossa parceria literária.
Portanto, que o nosso
— Deus —
nos abençoe ricamente nesse dia.
Um forte abraço.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus personagens em evolução!
Exemplo de epígrafe na imagem. Traduzida.
“O amor é a única coisa que cresce à medida que se reparte.”
Antoine de Saint-Exupéry
#JoaoCarreiraPoeta. — 07/11/2024. — 22h — 0500 —.
Comentários
Linda crônica. Um destaque a mais com a imagem escolhida. Parabens. DESTACADO
Obrigado Lilian pelo carinho e DESTAQUE!