🎶Gramática Poética: Pôr, ou Por?🎶
— Eu sou Juão Karapuça e estou aqui na fria Patagônia exatamente, na "Faculdade Casa Dos Poetas e da Poesia" com meu amado mestre João Carreira, poeta: vamos narrar uma aula indescritível na sala de número 01 desta Faculdade:
Era o primeiro dia de aula sem a indiscutível professora Dolores Fender, que, após décadas de lisura linguística mestre, pendurara sua régua vermelha no limbo do ostracismo. Em seu lugar, surgiu a pulquérrima e sensacional "professora Ciducha": empoderada, notabilíssima, com olhos de ébano e alma de Ode. Juanito professor, o aluno mais peralta da escola e filho do lendário Juão Karapuça, não tardou em vitimar-se com dúvidas “gramaticalmente amorosas”. Ao ouvir Ciducha verbalizar com diplomacia e charme o uso correto de “por” e “pôr”, seu coração — antes dado à galhofa — bateu em ritmo de arroubo juvenil.
— Professora... posso pôr você no meu poema? — perguntou, entre fonemas trêmulos e morfemas corados.
— Isso por quê, Juanito? — replicou ela, com um sorriso sensivelmente côncavo, depois convexo.
— Porque a senhora... é a causa, o meio, o tempo e o lugar da minha inspiração! — disse ele, cunhando ali, talvez, o verso mais ousado da sala.
— Ciducha professor, entre risos e alvíssaras, ressignificou o ensino com parcimônia, mas, é claro, sem abdicar da firmeza. E tanto é que transformou a gramática num campo de perspectivas poéticas, onde até os verbos transitivos sentiam-se apaixonados. Foi sobremaneira didática. Tanto que Juanito nunca mais errou "por" “pôr” — até porque passou a "pôr" poesia sobre tudo.
Entendeu que por, sem acento se usa em: Por causa: "Estou cansado "por" trabalhar muito." Por meio: "Vou viajar "por" avião." Por lugar: "Vou passar "por" São Paulo." Por tempo: "Vou estar lá "por" uma hora."
"Pôr", por outro lado, é um verbo que significa:
Colocar algo em algum lugar: "Vou "pôr" o livro na estante."
Estabelecer ou fixar: "Vou "pôr" um alarme para acordar cedo."
Ocasionar ou causar: "Isso vai "pôr" em risco a nossa relação."
—— Juão Karapuça, você foi perfeito narrando esta primeira aula de nossa querida amiga Ciducha! Parabéns!
"Afinal, no imponderável tabuleiro das palavras, até um hermafrodita substantivo pode encontrar o amor na preposição certa."
Fim!
Espero que você tenha gostado desta crônica e entendido a diferença entre a preposição por e o verbo extremamente irregular pôr, que —— Deus —— abençoe você ricamente. Um forte abraço!
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba, Borrachita e Juanito, são meus personagens em evolução!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 06/04/2025. —— 12h08min —— 0653 ——.
Comentários
Muito obrigada pela bela aula.
A crônica se desenvolveu muito bem.
Até a atuação do Juanito foi agradável.
Gostei bastante. Mil parabéns.
Queria deixar uma sugestão, ajudaria eu e outros, com certeza.
Quando usar esta ou essa.
Agradecida.
Obrigado pelo carinho Margarida! Esta e essa vai ser bem legal, mas já te explico! Tudo que estiver perto de você, usa este ou, esta. O que estiver longe, ou com outra pessoa, você usa esse e essa. Mas, Juanito vai aprontar mais uma.
Legal.
Antes de tudo e "por"achar necessário,confesso que é uma honra e uma alegria tamanha
estar entre estes personagens tão queridos (e interessantissimos).
Assistir uma aula e ainda participar dela !
A presença do Juão Karapuça, me instiga e move minha inspiração
.Sem falar no Professor João ,tão simpático,elogiando minhas linhas!
Obrigada meus queridos
( e para todos os personagens em evolução rs)
Obrigado pelo carinho "rainha" do dueto! Um carinhoso abraço! #JoaoCarreiraPoeta.
Parabéns amigo João Carreira! O seu texto é uma maravilhosa aula, aprendi muito! Abraços!
Bom dia Editt, obrigado pelo carinho, sempre disposta a apreciar meu humilde trabalho! Um carinhoso abraço! #JoaoCarreiraPoeta.
Que aula! Notável sua destreza com as palavras. Parabens
Obrigado pelo carinho Lilian e um abraço! #JoaoCarreiraPoeta.