Kinkas Barba e o Feijão Astronômico.
Kinkas Barba, um homem de dualidades curiosas, era, de fato, um arquétipo peculiar:
Veemente em seu repúdio à razão feminina, supersticioso ao extremo, e um tanto parvo, diria eu.
Numa noite particularmente anódina, teve um sonho tão vívido que parecia factual.
Ele, chamado João no sonho, plantava um feijão mágico.
A planta crescia de forma auspiciosa, rasgando o teto de sua casa e indo em direção ao céu, um déjà-vu dos contos de fada.
Acordou de repente, suando frio, arrefecendo o fervor do sonho. Saiu correndo para o quintal, onde o feijão, no mundo real, ainda germinava timidamente.
"Deem-me paciência, ou perderei a sanidade!", exclamou, encarando a semente.
A beleza mora nas entrelinhas e nos detalhes, mas Kinkas, enfático em seu desespero, não viu nisso um evento mágico.
Não obstante, ao observar a planta minúscula, algo reverberou em sua mente:
A necessidade de ressignificar suas crenças.
Haja visto que nada mais lhe parecia factível, ele decidiu, enfim, abandonar sua superstição.
E por fim, finalizando sua epifania,
reitero que Kinkas tornou-se menos parvo e, quem sabe, um homem melhor.
“E por fim, nem tudo o que cresce no côncavo do sono germina no convexo da realidade, mas pode ensinar muito sobre o todo do tudo do seu nada.”
Fim!
Espero que você tenha gostado assim, Kinkas Barba pega o jeito e volta mais vezes.
Que nosso querido
— Deus —
te abençoe ricamente tu e a casa deste (quem sabe novo personagem) Kinkas!
Um forte abraço a todos!
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus personagens em evolução!
#JoaoCarreiraPoeta. — 14/11/2024. — 18h — 0512 —.
Comentários
Por fim, aprender é desaprender, desapegar, desprender-se, elevar-se...
Tudo coopera para o bem, daquele que aceita a sua alto reconstrução, todos os dias!
Bom dia poeta João, maravilhoso conteúdo, meus parabéns!
Tenha um abençoado dia... paz e luz!
Seja bem-vinda poetisa Glaucia! Isto porque sua apreciação e visita é muito importante para mim.
Que profundo e Lindo! “E por fim, nem tudo o que cresce no côncavo do sono germina no convexo da realidade, mas pode ensinar muito sobre o todo do tudo do seu nada.”
Bom dia, Glorinha, estou amando ler teus comentários. Nada como massagear o ego do poeta alimentando sua criação. Gratidão sempre. #JoaoCarreiraPoeta.
João
o outro joão do pé de feijão aprendeu muito com o João poeta, que com suas explanações transparentes abriram os olhos do joão do pé de feijão
muito belo seu trabalho literário, e acessivel aquem possa interessar
um abraço
Davi, mestre da criatividade! Obrigado pelo carinho.
Maravilha, João. Parabens pela eficácia da sua obra literária.
Assim, você me faz sentir ainda mais responsável, que de alguma forma é ótimo, pois, vou me esforçar ainda mais. Gratidão.
Como sempre um texto perfeito! Parabéns!
Obrigado pelo carinho Editt.