Os Fragmentos de um Amor (Des)construído)
— Professor, quando um amor pode ser enfático e exacerbado, mas quando as garras da paixão perdem a força, o que resta?
— Juão observe bem! Lá estavam eles: um par de corações que, um dia, bateram capitaneados pelo desejo.
Entretanto, com o tempo, algo mudou.
Talvez o amor tenha se perdido nos detalhes esmiuçados, entre palavras que soaram esganiçadas e promessas atabalhoadas.
O amor, antes simplesmente apaixonante,
começou a si retro-alimentar de suas próprias falhas, como um conluio silencioso.
Ficou preso nos peitoris da alma, pendurado como um lábaro desgastado.
As emoções fluíam como um plasma, mas sem forma concreta — algo plasmático, escapando pelo flanco de sua essência.
A histologia da relação foi se desfazendo, célula por célula, como um estudo microscópico do que não deveria mais existir.
Portanto, Juão, o que sobrou?
Sobrou simplesmente um eco inusitado de rimas e canções,
algumas risadas lúdicas, mas também mágoas que se tornaram banalizadas.
Porém, haja visto que o amor não foi um erro, resta o aprendizado.
No entanto, é preciso lembrar que, sobretudo, cada paixão, com seu lado sombrio e claro, faz parte do todo.
E, decerto que, amar, mesmo com todos os tropeços, ainda vale a pena.
Isso porque, até os fragmentos nos ensinam a reconstruir.
Entendeu Juão Karapuça?
Decerto que sim, agora ficou bem claro. Parabéns, João Carreira, poeta.
Fim!
Um forte abraço a todos e que nosso
— Deus —
nos abençoe ricamente
JoaoCarreiraPoeta. — 02/10/2024 — 16h — 0438 —
Comentários
Notável sua escrita sobre paixão e amor sempre tão propalados pelos cancioneiros, poetas, filsófos, amantes ,sonhadores e enamorados de plantão. Grande abraço
Eu "tô" falando "procê" uai! Inda vô fica baum nesse troço de poesia, uai!
João
Os fragmentos ficam
E as vezes da certo outras vezes não
Parabéns
Um abraço
Bom dia mestre Davi. Gratidão pela visita e bela apreciação.