Posts de Alexandre Montalvan (546)

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Delirio de Amor

Um amor infinito
em tantos rostos, como flores num jardim
e a cada um, o renascer de um ardil
que remetem a eternidade
mas são pedras levadas por um rio
 
Uma espuma branca, que o vento expressa
uma esperança em seu leve embalar
Uma prece. Como se este amor pudesse
infinitamente assentir ou afrontar
 
Nas veredas uma neblina fina
Vibrações que nas sombras invadem a colina
Amor e tempo em contínuo conflito
Do brilho no olhar como água cristalina
 
E quando a noite invade as ruas
Desfazendo as silhuetas dos andantes,
Como sempre foi, como antes
Surge no firmamento a luz da lua
 
São delírios de uma alma para o amor
aonde bocas em outras bocas selam
Os amores infinitos que revelam
colibris que voam de flor em flor
 
alexandre montalvan
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Abandono

Oh! marulhar deste mar de tantos sonhos
ninguém pode sentir aquilo que sentes
ou a dor nos longos caminhos do abandono
e deste grande amor que se faz presente

Oh! este amor tão transitivo e tão raro
só foi ave de um verão curto e passageiro
ele que não se deu a você por inteiro,
no outono partiu, e a deixou no desespero

Oh! tão frio aterrador é este sombrio inverno
este amor moderno que pra ti é eterno
a tua pobre alma se arrasta na loucura
e na insensatez que é amar na desventura

É chegada à hora de dividir o indivisível
de reinventar este triste coração partido
por este amor perdido que é cinza, mas já foi chama
que desfigurou a tua pobre alma nesta emoção,


Deste abandono que sobre ti a dor derrama
são restos de um amor que foi apenas ilusão,
risco que só se corre quando se ama.

E quando se entrega eternamente o coração...

Alexandre

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Vazio

Não chega a mim os
Desejos da m'alma
E apenas há na terra
Um som distante
Como o rugido de uma fera
Agonizando em uma jaula

É neste abismo profundo
No qual afloram os meus medos
Estou cansado e sem sonhos,
Tão real... tão cru
e vazio de desejos

Eu entrego o meu olhar
A um firmamento imenso e azul
Mas nem mais tua presença
Eu percebo
Nem mais... meu próprio
Corpo eu percebo...desfalecido e nu

Neste vazio infindo que depreende tudo
Tudo, é uma doce nostalgia
Neste frio sem fim
É inverno e eu não me iludo
É o nada que se impõe...que faz parte de mim

Alexandre Montalvan

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Labaredas do Amor

Leve-me contigo, eu te digo
Ou venha comigo num neste ritmo alucinadamente  lento,
viveremos o amor.
Ao flutuar nas águas vermelhas das paixões
Dedilhar no teu corpo macio
Sentir o bater dos nossos corações

As labaredas sensuais da carne
Trazem para o frio da noite o calor, o tesão
Neste emaranhar de corpos os suspiros surgirão
Uma sensação de enorme prazer
Um gozo infindo em uma enorme explosão

Perdidos na linha de um horizonte lindo
Não importa para onde estamos indo
Almas livres nesta imensidão
E para o amor convergindo
Na urgência esplendida da nossa união

A magia de nosso amor em um suave verso
Que nasce no âmago do coração
É na invenção lúdica do universo
Que transmuta todo o ato concreto em pura emoção

Mais um beijo molhado por inteiro
Do deleite ao carinho a diferança é pouca
E nossos corpos ensopados de prazer
Suspiros saem abafados das nossas bocas
É o amor que nos ensina o êxtase que é viver

Alexandre Montalvan

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Fazer ou não Fazer Sexo

 
12391746459?profile=RESIZE_400xO amor pelo sexo
traz em si o pecado?
Pergunto e peço
Não deixe que isto
vire um significado

Nada é mais justo e sagrado
mas juro confesso
que um pouco de sexo
é muito bom

As coisas sensíveis
que vem do coração
muito mais que o amor
indica onde podemos pôr a mão

Claro que tudo é intenção
mas são travas impostas ao ser humano
Ah! A vida é curta mano!
Vamos ser feliz então!

Enfim a verdade, se é que existe,
é o pudor que fica ao redor
não fazer sexo é triste
e como ele existe fazer muito sexo
é muito melhor...

Alexandre Montalvan
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Soneto da Venenosa

Mas não há nenhuma verdade suprema
Todas as verdades são mentirosas
Claro que sei! ...Você não sabe, mais teima!
Teus desejos carnais cheiram a rosas

Nos teus seios macios, pede que eu beba
Mas os toco de forma maliciosa
Então ao invés de pedir você ordena
Olhando-me de forma venenosa

Meu único canto é explorar teus cantos
Mas saltas sobre as eroticidades
Suscitando tesão e tantos encantos

Que se esparramam nas ruas da cidade
Certo é que as verdades eu quero tanto
Carregam em si um saco de maldades

Alexandre Montalvan
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Tempo para o Amor

Quando há tempo para o amor,
o sonho perde sua virgindade,
o corpo resplandece em suavidade,
e o renascimento surge superior.

Vivi meu corpo pensando em outro,
Todas as noites sonhando com isso,
somente assim percebi que existo,
com meus braços em um mar revolto.

Abracei tua sombra nas paredes da casa,
com meu corpo entorpecido em enganos,
eu atravessei por você mil oceanos,
mesmo eu tendo perdido as minhas asas.

Hoje eu sinto que sou apenas uma imagem,
nas flores que murcham na minha janela,
escrevendo nas areias tantas bobagens,
E me perdendo em lágrimas de amor por ela.

Alexandre Montalvan

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Soneto da Alegria

Já é meia noite e começa a folia
e este é o tudo, somente alegria
já está quase na borda da vasilha
o sêmen que rola pela face vazia

Sonoros ventos correm pela trilha
nela uivam ratos avivados na melodia
alheia ao alarido a ficção é dicotomia
entre as feras o amor cruel, fervilha

Fervilha a sede pela gozo infinito
no oposto encontro corpóreo absorvido
gemidos lascivos rompem a madrugada

Estalam frases soltas embaçando vidros
apurando os ouvidos para escapar dos castigos
enquanto jegas e grades rangem enferrujadas

Alexandre montalvan

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A Cura

A poesia é a cura
do mal que aflige a minha cabeça
e esta dor que me censura
é o que a poesia faz com que eu esqueça.

O certo é que o absurdo pondera
nas formas que trazem no peito
as lagrimas que escorrem assustadas,
são as que ensopam meu pior defeito.

Com o infinito social aos pedaços
eu os retrato. Oh! doentia paixão
recortando a poesia passo a passo
assim como retalhado esta o meu coração.

Em oceano profundo, imensos abismos
areias de sangue de um sepulcral divino
a poesia navega sobre este destino
nas águas de horríveis organismos.

Salta-me aos olhos
este grande pudor ufano
este farol que ofusca e fode
é este teu olhar podre e desumano.

Se por certo a poesia é a minha cura
por fazer com que eu veja no passado
o que quer que a m'alma procura
é um futuro que não quero ver desenhado

Se a poesia faz com que a dor desapareça
foda-se se é certo ou errado
pois há um proverbio antigo que diz
antes que o mal cresça
corte a cabeça
das ideias que nos quer como gado marcado.

Havia na podridão, de tudo um pouco,
e um mar de fogo
reverberando em teu rosto, estalos
em luzes ofuscantes...
era uma fileira infinita de carros
todos parados e enferrujados
de desavergonhados governantes.

Alexandre Montalvan



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Pecador

Iluminado por uma luz artificial
um vulto se ergue como uma assombração
situação absurda aflitiva e anormal
e eu sinto uma benévola afeição

Muitos milhões de anos se passaram nesta casa
a lua com seu olho brilhante procurava em vão o amor
fria tão fria a cada era que extravasa
alternadas em vão por eras de calor

Estou tão só e este vulto é a única companhia
tenho em mim a sua alma e de outros tantos
que me vejo ensopado pelo espanto
que nenhum outro pensamento ou vontade me valia

Sou uma alma lançada a um fosso profundo
como um verme preso à língua do satanás
corro da morte desde o inicio do mundo
e a fome de amor me transforma em um ente voraz

Enquanto espero este sentimento supremo
vivo em desespero nesta existência de horror
eu como o pó da terra e por isto eu blasfemo
e este ser saído da luz é meu eu pecador

Alexandre Montalvan

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Soneto: Enfrente o Espelho

Todo o desespero que me toma
na agonia de olhar para mim,
na minha face em frente o espelho,
nesta loucura eu perco a forma

O que eu vejo é o pior dos bichos
que Deus amaldiçoou na salvação
um corpo inerte rosnando no lixo
com um Deus morto em seu coração

E caso o amor tenha a cor do céu
eu lançarei meu coração ao léu
pois o paraíso para mim não existe

A morte sobre mim sopesa e avança
eu reencarnarei como uma criança
triste...desesperadamente triste.

Alexandre Montalvan

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Entre a Luz e as Sombras

Por este chão que ando
Imaginando ondas, fito sonhos entre as sombras,
Ouço a intriga e o lamento
De um vento de outono quando
Aos meus olhos se revela um lindo firmamento.

Puro azul que findas em ranhuras nas espumas
Finos laços de algodão em plumas
Olhos rasos com a paz de um renascer
E quando o sol afunda em
Um abismo de brumas
O tempo é uma centelha
Deste meu jeito proprio de viver

Oh Tempo! Que de tão concreto...é abstrato
Flor de fim
De outono em um jardim de jasmins
Que é o aroma que eu aspiro
Em meio a suspiros densos
Caminho neste relvado vespertino
Abrandado pelas sombras do equinócio
E nuvens brancas e imaculadas do meu destino

Sabes que sou falso cativo deste tempo real
Junto a corações de vidro
Que se transbordam de poemas
Porem vislumbro-te na esteira destes sonhos vividos
De dimensão mediúnica
E em meu coração dividido
Você amor infinito
Será sempre a primeira e a única...


Alexandre Montalvan

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Incontrolável Amor


Irresponsável é esta ternura
cheia de um tesão crescente
nestes beijos eloquentes
de língua lábios e dentes
amando tua figura.

A paixão tencionada e cortante é pura sequela
no desespero desta noite de fogo,
estou louco e mudo, com língua neste jogo;
Toco teus seios no escuro
perco a sensatez que nada me revela.

Deste arrepio agarro as tuas mãos
eu beijo e aspiro teus cabelos
doce minha pretensão de ir mais longe
a minha boca louca em tuas coxas,
úmida, você atende meus apelos.

Carne pele, pelos. Gritante impudor
um mar de ofegantes gemidos
é a fúria em forma de sons permitidos
a avidez da minha boca em teus ouvidos
é a paixão mesclada ao amor.

Sangrando pelos meios escorre o leite da vida
corpos nus em uma imagem não permitida
desconstruídos na lascívia atrevida
despedaçados de prazer e gozo

fruto deste amor... Incontrolável e
 
Saboroso!
 
Alexandre Montalvan
 
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Amor Esquecimento e Lembrança

Quanto de mim existe em ti
E quanto de ti em mim
O desejo que aflora dentro dos
nossos corpos
As nossas almas nos caminhos plenos
soltemo-las aos ventos
Para que nada as detenha
Porque senão nós nos perdemos
na única possibilidade de voar e no mar
sem fim morreremos
Como o fogo que consome toda a lenha

É este o amor que nos envolve
Como fosse água, fogo, terra, ar e vida
Transfigurando nossas almas em apenas uma
Em um sentir que traz esta felicidade suicida
Que o vento carrega no tempo como uma pluma
Quero que existas em mim assim como quero
existir em você, como duas gotas de orvalho
que se juntam comovidas
E eclodiremos no início da madrugada
Na maravilhosa essência de uma unidade de amor
Como o mar e suas ondas
E seu rugir quebrando as ondas de silêncio e beijando
as areias com ardente furor

Possuiremos-nos mutuamente destruindo o individuo
e juntos partiremos adentrando ao mar
delizando como um sudário sobre a bruma
ao furor dos ventos, ao encontro da alvorada
como um único ser criança
e seremos por apenas um momento
amor esquecimento e lembrança

Todo o poema é de amor
por que é fogo que nunca apaga.
Que aos olhos o silencio abala,
e a quem o lê, seja de onde for,
cala...

Alexandre Montalvan

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Fogo Eterno (soneto)

Eu amo voar até teus braços
feito laços de rosas vermelhas
assoprar com amor tuas orelhas
loucuras que me trazem embaraços

É a maior aflição do mundo
desejos que surgem nas piores horas
e cada vez me atinge mais fundo
a demoram mais para ir embora

Fico no ar neste instante eterno
é flutuar num ricto crepuscular
ao viver em mundo tão moderno

Sonho para lembrar o que é amar
se continuo andar no fogo do inferno
quero estar em teus braços ao acordar

Alexandre Montalvan

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Aurora

Eu não entendo as cores da aurora
pois não vejo contraste de cor
mas ela ao ser aurora arvora
em ser aquilo que ela quer ser

Aurora é dissonante na essência
e colora cores que quer colorir
mas eu como sempre tomo ciência
afasto-me e ela vai aonde quer ir

Ela altiva não tem nenhuma perda
são as piores cores que ela alberga
é quando isto me causa muita dor

Deus a idealizou livre e soberba
se a quero a direita ela quer esquerda
pois para mim suas cores são um horror

 

Alexandre Montalvan

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Meu Coração Voa

Sabem, existe um silencio enorme
bem aqui, dentro do meu coração
contudo por uma estranha ironia
há fome, e um medo que tomem
de mim a paixão pela poesia

E caso haja no mar uma explosão
e água salgada voar nos ares
Que seria isto? Não imagino não!
O amor colidindo com a paixão?
Estranha forma de miragem?

É o meu coração, uma coisa vazia!
Porem, ele tem fome de tudo
e quando consegue, ele consome
contudo me resta ficar mudo
porque no final tudo é poesia

Sei que isto é uma coisa maluca
porem eu não corro nem eu fico na boa,
vou andando em meio a isto
não sou pobre e também não sou rico
e apesar de todos imprevistos
o meu coração em silencio voa!

Alexandre Montalva

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Eternamente Vou Te Amar

É tão lindo este amor que nos une
e ele derruba todas as barreiras
é tão doce sentir o teu perfume
amar-te no calor desta lareira

É língua louca, sussurros e gemidos
são beijos na boca, um tesão incontido
são toques, mãos, um sonho embevecido
é a essência de nossos corpos espremidos

Que envolve nossas almas tão unidas
neste ato de emoção desimpedida
é um amor que transcende varias vidas
é a louca paixão é doce pimenta ardida

Porem teu beijo me basta só por ora
pois faz com que meu desejo só aumente
eu te quero para sempre e agora
vou beijar-te e amar-te eternamente


Alexandre Montalvan

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Hora Extra

Hora extraO repouso da morte me chama Como a chama que arde e se apaga Como a chaga que abre e se fecha Como a acha, o tacape e a pedra.O repouso da vida na cama Onde o sono impera e conclama Onde a vida vã se prolifera Onde a sede da carne me chama.O destino somente é destino E a carne é simples matéria Toda a vida é ato continuo Asteróides, estrelas e a terra.O repouso da morte me chama Nesta mão que é canhota ou destra Eu deitado em meio ao caminho Nesta vida eu faço hora extra Como um halo de luzes nas trevas.Enquanto morte tão doce me espera alexandre
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Razão dos Versos

Versos que falam com asas
Com seus sibilos incompreendidos
Que formam poemas não ditos
Por meios desconhecidos

E é nos seios em forma de prece
Que nenhum estilo conhecem
Mas que afloram na superfície
Como as flores negras que florescem

São espaços vazios, selvagens
O falso mundo de Alice
E nas mãos surgem as imagens
Que brotam sem aparente razão
Nas mais intensas crendices

E o inconformado poeta
Entrecortando em tristeza
Filho da feiura e da beleza
De tanta tristeza padece

Porem o amor sempre vence
E quando invade a alma da gente
As flores negras transcendem
Em brilhantes estrelas cadentes
Que caem sobre nós em lindos versos

Alexandre Montalvan

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CPP