Posts de Alexandre Montalvan (557)

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Pecador

Iluminado por uma luz artificial
um vulto se ergue como uma assombração
situação absurda aflitiva e anormal
e eu sinto uma benévola afeição

Muitos milhões de anos se passaram nesta casa
a lua com seu olho brilhante procurava em vão o amor
fria tão fria a cada era que extravasa
alternadas em vão por eras de calor

Estou tão só e este vulto é a única companhia
tenho em mim a sua alma e de outros tantos
que me vejo ensopado pelo espanto
que nenhum outro pensamento ou vontade me valia

Sou uma alma lançada a um fosso profundo
como um verme preso à língua do satanás
corro da morte desde o inicio do mundo
e a fome de amor me transforma em um ente voraz

Enquanto espero este sentimento supremo
vivo em desespero nesta existência de horror
eu como o pó da terra e por isto eu blasfemo
e este ser saído da luz é meu eu pecador

Alexandre Montalvan

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Soneto: Enfrente o Espelho

Todo o desespero que me toma
na agonia de olhar para mim,
na minha face em frente o espelho,
nesta loucura eu perco a forma

O que eu vejo é o pior dos bichos
que Deus amaldiçoou na salvação
um corpo inerte rosnando no lixo
com um Deus morto em seu coração

E caso o amor tenha a cor do céu
eu lançarei meu coração ao léu
pois o paraíso para mim não existe

A morte sobre mim sopesa e avança
eu reencarnarei como uma criança
triste...desesperadamente triste.

Alexandre Montalvan

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Entre a Luz e as Sombras

Por este chão que ando
Imaginando ondas, fito sonhos entre as sombras,
Ouço a intriga e o lamento
De um vento de outono quando
Aos meus olhos se revela um lindo firmamento.

Puro azul que findas em ranhuras nas espumas
Finos laços de algodão em plumas
Olhos rasos com a paz de um renascer
E quando o sol afunda em
Um abismo de brumas
O tempo é uma centelha
Deste meu jeito proprio de viver

Oh Tempo! Que de tão concreto...é abstrato
Flor de fim
De outono em um jardim de jasmins
Que é o aroma que eu aspiro
Em meio a suspiros densos
Caminho neste relvado vespertino
Abrandado pelas sombras do equinócio
E nuvens brancas e imaculadas do meu destino

Sabes que sou falso cativo deste tempo real
Junto a corações de vidro
Que se transbordam de poemas
Porem vislumbro-te na esteira destes sonhos vividos
De dimensão mediúnica
E em meu coração dividido
Você amor infinito
Será sempre a primeira e a única...


Alexandre Montalvan

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Incontrolável Amor


Irresponsável é esta ternura
cheia de um tesão crescente
nestes beijos eloquentes
de língua lábios e dentes
amando tua figura.

A paixão tencionada e cortante é pura sequela
no desespero desta noite de fogo,
estou louco e mudo, com língua neste jogo;
Toco teus seios no escuro
perco a sensatez que nada me revela.

Deste arrepio agarro as tuas mãos
eu beijo e aspiro teus cabelos
doce minha pretensão de ir mais longe
a minha boca louca em tuas coxas,
úmida, você atende meus apelos.

Carne pele, pelos. Gritante impudor
um mar de ofegantes gemidos
é a fúria em forma de sons permitidos
a avidez da minha boca em teus ouvidos
é a paixão mesclada ao amor.

Sangrando pelos meios escorre o leite da vida
corpos nus em uma imagem não permitida
desconstruídos na lascívia atrevida
despedaçados de prazer e gozo

fruto deste amor... Incontrolável e
 
Saboroso!
 
Alexandre Montalvan
 
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Amor Esquecimento e Lembrança

Quanto de mim existe em ti
E quanto de ti em mim
O desejo que aflora dentro dos
nossos corpos
As nossas almas nos caminhos plenos
soltemo-las aos ventos
Para que nada as detenha
Porque senão nós nos perdemos
na única possibilidade de voar e no mar
sem fim morreremos
Como o fogo que consome toda a lenha

É este o amor que nos envolve
Como fosse água, fogo, terra, ar e vida
Transfigurando nossas almas em apenas uma
Em um sentir que traz esta felicidade suicida
Que o vento carrega no tempo como uma pluma
Quero que existas em mim assim como quero
existir em você, como duas gotas de orvalho
que se juntam comovidas
E eclodiremos no início da madrugada
Na maravilhosa essência de uma unidade de amor
Como o mar e suas ondas
E seu rugir quebrando as ondas de silêncio e beijando
as areias com ardente furor

Possuiremos-nos mutuamente destruindo o individuo
e juntos partiremos adentrando ao mar
delizando como um sudário sobre a bruma
ao furor dos ventos, ao encontro da alvorada
como um único ser criança
e seremos por apenas um momento
amor esquecimento e lembrança

Todo o poema é de amor
por que é fogo que nunca apaga.
Que aos olhos o silencio abala,
e a quem o lê, seja de onde for,
cala...

Alexandre Montalvan

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Fogo Eterno (soneto)

Eu amo voar até teus braços
feito laços de rosas vermelhas
assoprar com amor tuas orelhas
loucuras que me trazem embaraços

É a maior aflição do mundo
desejos que surgem nas piores horas
e cada vez me atinge mais fundo
a demoram mais para ir embora

Fico no ar neste instante eterno
é flutuar num ricto crepuscular
ao viver em mundo tão moderno

Sonho para lembrar o que é amar
se continuo andar no fogo do inferno
quero estar em teus braços ao acordar

Alexandre Montalvan

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Aurora

Eu não entendo as cores da aurora
pois não vejo contraste de cor
mas ela ao ser aurora arvora
em ser aquilo que ela quer ser

Aurora é dissonante na essência
e colora cores que quer colorir
mas eu como sempre tomo ciência
afasto-me e ela vai aonde quer ir

Ela altiva não tem nenhuma perda
são as piores cores que ela alberga
é quando isto me causa muita dor

Deus a idealizou livre e soberba
se a quero a direita ela quer esquerda
pois para mim suas cores são um horror

 

Alexandre Montalvan

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Meu Coração Voa

Sabem, existe um silencio enorme
bem aqui, dentro do meu coração
contudo por uma estranha ironia
há fome, e um medo que tomem
de mim a paixão pela poesia

E caso haja no mar uma explosão
e água salgada voar nos ares
Que seria isto? Não imagino não!
O amor colidindo com a paixão?
Estranha forma de miragem?

É o meu coração, uma coisa vazia!
Porem, ele tem fome de tudo
e quando consegue, ele consome
contudo me resta ficar mudo
porque no final tudo é poesia

Sei que isto é uma coisa maluca
porem eu não corro nem eu fico na boa,
vou andando em meio a isto
não sou pobre e também não sou rico
e apesar de todos imprevistos
o meu coração em silencio voa!

Alexandre Montalva

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Eternamente Vou Te Amar

É tão lindo este amor que nos une
e ele derruba todas as barreiras
é tão doce sentir o teu perfume
amar-te no calor desta lareira

É língua louca, sussurros e gemidos
são beijos na boca, um tesão incontido
são toques, mãos, um sonho embevecido
é a essência de nossos corpos espremidos

Que envolve nossas almas tão unidas
neste ato de emoção desimpedida
é um amor que transcende varias vidas
é a louca paixão é doce pimenta ardida

Porem teu beijo me basta só por ora
pois faz com que meu desejo só aumente
eu te quero para sempre e agora
vou beijar-te e amar-te eternamente


Alexandre Montalvan

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Hora Extra

Hora extraO repouso da morte me chama Como a chama que arde e se apaga Como a chaga que abre e se fecha Como a acha, o tacape e a pedra.O repouso da vida na cama Onde o sono impera e conclama Onde a vida vã se prolifera Onde a sede da carne me chama.O destino somente é destino E a carne é simples matéria Toda a vida é ato continuo Asteróides, estrelas e a terra.O repouso da morte me chama Nesta mão que é canhota ou destra Eu deitado em meio ao caminho Nesta vida eu faço hora extra Como um halo de luzes nas trevas.Enquanto morte tão doce me espera alexandre
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Razão dos Versos

Versos que falam com asas
Com seus sibilos incompreendidos
Que formam poemas não ditos
Por meios desconhecidos

E é nos seios em forma de prece
Que nenhum estilo conhecem
Mas que afloram na superfície
Como as flores negras que florescem

São espaços vazios, selvagens
O falso mundo de Alice
E nas mãos surgem as imagens
Que brotam sem aparente razão
Nas mais intensas crendices

E o inconformado poeta
Entrecortando em tristeza
Filho da feiura e da beleza
De tanta tristeza padece

Porem o amor sempre vence
E quando invade a alma da gente
As flores negras transcendem
Em brilhantes estrelas cadentes
Que caem sobre nós em lindos versos

Alexandre Montalvan

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Profecia

Enxague o sangue das tuas chagas
Sem forças se entregue à alegoria
Os braços abertos na pura ironia
Abraça o teu povo em tuas asas.

Teu peito transpassado pela lança
Lançada pela mão do destino
A esperança da vida é teu hino
Um desafio à morte, a desesperança.

É teu este imenso e diverso universo
Fonte da loucura e eterna melancolia
Espinhos de fogo encravados e imersos
Em tua coroa de rei, já tão sombria.

Afaste-se deste copo de cerveja
Também desta disforme fantasia
Recolha as moedas sobre a mesa
E passe para outro a profecia.

Alexandre Montalvan

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Meu Deus!

Só há um Deus sobre a terra
Mas eu o busco no sagrado
E onde menos alguém espera
Eu o encontro desfigurado

Pela palavra vã de muito poucos
Cada um a se consagrar porta-voz
Mas os seus corações são ocos
Pois Deus está dentro de nós

Meu Deus! Minha alma divido contigo
E peço me proteja do perigo
De pecar por disto esquecer

Meu Deus! Quero estar ao teu lado
E fugir desta ignorância e do pecado
De tê-lo em meu coração e não perceber

Alexandre Montalvan



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Clitoria flower

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Eu toco meu dedo na flor
que se abre, como um coração
vermelho e denso. E o sol desliza
na relva como um sabre, em um
brilho de luz e um dom que se
irradia imenso

Abriu-se a flor, majestosa e pura
em um estertor doloroso e exausto
sentimentos postos na relva escura
ao seu romper impera este holocausto

São chamas em um nascer claudicante
sobre o dedo morno nesta flor indecisa
descreve verbos e poemas de partida
no artoche de luz deste dom inebriante

Ai de ti que tudo tens e lamenta,
despreza o amor e de paixão vive sedenta,
levando a sorte a um passo do abismo
e todo o seu dote a passageiro amores.

Sem entender a magnificencia das flores
e nos prazeres da carne,...
seu fanatismo

Alexandre Montalvan


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Louco amor

Fazes de mim mudo, a te olhar
nesta noite tenebrosamente fria
com o teu sorriso a me zombar
cala a lua e a brisa suave que vem do mar
cala olhos negros a alumiar.
 
É que tudo em você me encanta
como o sopro da brisa vespertina
e tocar teu corpo me fascina
ao sentir a tua pele arrepiar
e o teu coração pulsar
em tão louca adrenalina.
 
És a labareda da sedenta chama
és o corpo nu na minha cama
entre as noites mal dormidas
teu sorriso me inflama
e me queima as entranhas.
 
Sensível é na tua sintonia
acordes na noite brilhante
e apenas com você eu faria
todas as loucuras que eu penso
neste instante.
 
Alexandre
 
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Perereca

Nada nem ninguém imaginava este
desfecho, era o mundo perdendo
a vida e todos caminhavam neste
trecho em uma tristeza devida.

Pois era o fim no seu começo.
Era uma dor extrema que desnorteavam
os homens, e eles perdiam a fome
e ouvi-los dava pena.

Tanta e tantas vidas mal vista, horas
de lagrimas sentidas. Uma chuva
de ouro e prata entre um arrebol cor
de sangue de um sol em chamas.

Deixaram a mostra a antinomia
onde a palavra não faz curva
mas a vida navega em agonia
não se morre na viúva, mas
se come a boia fria

Quando não se tem perereca
os aís dos ossos até na alma doía
amortecidos pela dureza da jega
no inverno a agua é fria
e o cheiro da morte pelo ar irradia

Alexandre Montalvan

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Ame Sempre

A tua voz ecoa na escuridão
Que margeia a imensidão dos pensamentos
Emoção
Em louco vento enfurecido
No fogo crescente de um amor
No abraço doce, quente e amigo
 
Teus enlevos na luxuria, são gemidos
Que ecoam e rasgam o infinito
Como as densas e suaves melodias
Em êxtase eterno cheio de magias
 
Em um supremo grito de alegria
Nesta inconseqüente calmaria
No despertar que a tua alma cultua
Com a carne aberta, exposta e nua
 
E na eternidade de um segundo
Beije-me. . .beije-me. . .
Beije-me com um ardor profundo
E
Ame sempre,
Pois no amor reside toda a luz que
existe no mundo
 
Alexandre
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Soneto - Cantar o Amor de Outras Pessoas

CANTAR O AMOR DE OUTRAS PESSOAS


Toda chave de uma poesia
é o amor que a ela condena
quando a chama que se apaga,
é pena. A cada rima que ali se fazia

Mas então irradia um novo verso
estrapolando flores em alegria
e o amor que estava ali imerso
surge! isto só um poeta o faria

E tão pobre é este poeta eu diria
que faz brilhar outros amores
para esquecer suas proprias dores

Ao não sentir este sentimento
então escreve e segue à toa
cantando o amor de outras pessoas

Alexandre Montalvan

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Bostas no Pasto

Sempre na escuridão da noite
Encontro meus medos e também
A força para conte-los e nos
Meus olhos brilham as cores
Que menosprezam meus pesadelos
Mas que arrepiam meus pelos

Eu trago comigo a minha solidão
E nenhuma tempestade consegue
Abala-la e dos meus lábios soam
Os murmúrios que os ruídos fúnebres
Da noite embalam

Não sou a paz que profetizam muitos
Ou mesmo a guerra que permeia o mundo
Sou é vitima deste acidente fortuito
Que é viver nas noites com demônios
Que vivem em abismos profundos

Ao raiar o dia correm em passadiços macabros
Com suas highlander presas aos dentes
E neste momento fecho meu coração e não abro
Pois em minhas mãos o sangue escorre reluzente

Eu vivo apenas mentiras, ruas sem casas ou rastros
Que seguem um caminho de um x tortuoso e feio
Hoje todos os meus anseios estão no meio
De um retrato de um mundo gasto
Da cor de bostas de gado expostas no pasto

alexandre montalvan

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Prisão

Prisão

Entre grades. . . gritos.
Maldito grito que me feri a alma
Aflito. . .
É a minha alma.
A força do silêncio. . . quando impera
Mostra o pior dos gritos
Aflito...
É o meu ser.
Não consigo. . . ser nem gemido
Nem ai.
Aí . . .o rumor vem . . .como um alarido
Ensurdecedor.
São vozes vindas do inferno.
Inferno. . . Inferno da minha alma
Eu choro
Lagrimas secas. . . por que já morri
Apenas esqueci de tombar. . . de cair. . .

Sou Judá
Sou o grito maldito
O pior dos gritos
Sou a lamina aguda da morte
Que transpassa o coração de Odin
Sou o fim
E o inicio
Sou o teu meio
Onde quero me perder

Alexandre
Saiba mais…
CPP