Posts de Diego Tomasco (286)

Classificar por

QUE REI SOU EU

 Vou sonhar que não estou sendo forçado a ser rei, rei do que afinal, talvez de alguns tolos que ainda acreditam numa nobreza frívola , superflua e calculista.

A vista pro lado norte do castelo da pro mar, esse mar que nunca naveguei, que trouxe tantas riquezas, tantas culturas, tantos escravos tanta dor, tanto invasor pretendendo atravessar as muralhas de um reino de incertezas.

Também sou escravo, escravo de mim mesmo e desta nobreza decrépita, cheia de opulência e podridão escondida nas entrelinhas da luxúria e da ganância e que vivem às custas de um reino decadente, serpentes reluzentes num mar de confusão e maldades.

O reino se estende muito além do horizonte, 

Quantos reis como eu desconhecem o seu reino??

É inaceitável amar, uma fraqueza que pode me destruir, mais isso é um tormento somente para uns poucos , não amar de verdade pode extinguir a chama da vida , mais permite a frieza e o cálculo necessários para eliminar sentimentos e desconfiar de tudo e de todos.

Não se reina sem inimigos intimos , sem hipocrisia e malevolência, foi o que me ensinaram, é como ser envenenado devagarinho pela mente e pela alma, o poder vicia mais corrompe o coração.

Que rei sou eu afinal que desconhece sua natureza?? Aprender a não amar pode ser um sofrimento insuportável muito aquém das minhas forças, a fraqueza e perigosa e no meu caso pode ser mortal.

Da torre mais alta ainda escuto as águas batendo nas rochas lá embaixo, a sutileza da brisa é um bálsamo reconfortante, saber que o jogo é de cartas marcadas já não me preocupa porque sei que pra sobreviver tenho que carregar uma mochila de mentiras e vaidades.

Amanhã subirei ao trono como numa condenação fatal, selando meu destino e dando as bem-vindas aos meus inimigos que estão ávidos por vantagens de poder e riquezas , terrritorios que se anexam ao reino e promessas de guerra.

Que rei sou eu se não uma fábula mal contada, num teatro onde sou a maior marionete, mesmo sendo quem controla as cordas...

Diego Tomasco.

 

Saiba mais…

Tango de gravador

Já usei memórias para guardar algumas lágrimas, e outras memórias se perderam com tantas mudanças, parei de abrir as cartas e prometo que nunca te esperei,

Agora sou um estranho dançando um tango de gravador, moro dentro de mim onde não tenho espelhos , onde não á nenhum souvenir, 

Já fui filho da esperança onde o tempo acabou ,

Já conheci o destino dessa última dor...

Saiba mais…

O acordo

Conheço a cidade, seus tipos de bares suas mentiras e suas verdades, olho as luzes que passam por prazas e ruas que acabo de atravessar, 

Nasce uma flor, nasce o sol e não podemos esquecer que a liberdade está dentro do coração, mais nossa mente também pode ser uma prisão , 

Prometo que chegaremos num acordo, 

Estou aprendendo a viver...

Saiba mais…

Lua de ámbar

Nascemos e lentamente morremos, o verdor madura e a ilusão perturba a visão, a lua de ámbar cristaliza rosada em nossas memórias, 

Rapto teu sorriso vermelho de amor nessa noite grave de inverno e vento, sinto na alma essa antiga dor cheia de bordéis e parques, calçadas desertas e remotas manhãs de sol,

O poema recolhe incertezas e solidões e cria belezas em papel queimado, evaporando ocasiões e narrativas, logo a aridez dos anos reseca a pele como cortina que vai se fechando na melancolia,

Finalmente chegamos nessa membrana delicada de aprender a sonhar e compreender que não há distâncias para atravessar, somos livros selvas e passeios, somos mapas e desenhos em metal e fogo, respostas sem perguntas, apenas estrelas ardentes numa escala infinita.

Saiba mais…

Pimenta e café não combinam

Pimenta e café não combinam, segredos indiferentes são sombras sem formas nem poesia, a luz dispersa se perde na multidão, o silêncio o espaço e o tempo são criaturas ávidas por incertezas,

Pimenta e café não combinam,

Linguas e salivas, 

Negar tudo ao terceiro dia,

As dúvidas destroem os últimos pedaços da vida,

Desenhamos promessas com crueldade e natureza, 

Pimenta e café não combinam...

Saiba mais…

O Sul também existe

 Mundo de exilados, dores e alegrias neste sul que também existe, levantamos o silêncio, somos um mar de sobreviventes, as sirenes dos barcos anunciam o choro dos rios enquanto esses desafios furtivos beijam esse ódio que respira a conta gotas,

Dormem as ruas com essa madurez insensata, homens e mulheres se nutrem da inútil opulência desse céu de neon abstrato enquanto o tempo desfila suas poucas esperanças, 

Mundo de exilados que insisten na falsa doçura do  tédio, histórias carregadas de bondade endêmica, quimeras é misericórdias que sorriem na imunidade do rancor, 

Neste sul também existe essa obsessão indivisível de cores é ternuras, de espaços e dúvidas sobre o destino, ninguém suspeita dessa inexorável urgência de sonhar  e poder imaginar que existe no perfeito horizonte algo mais que sorte e azar,

Somos feitos de espanto bruto, de candor e desprezo, carregamos um futuro de  antigas conjunturas, temos um fervor secreto cheio de ruínas eternas, implacáveis e duvidosas,

Carregamos a solidão com seus medos,

Rostos sem máscaras,

Somos órfãos do assombro com projetos  e receios...

Diego Tomasco.

 

Saiba mais…

Devorando instantes

Devoro amor, devoro te, 

Abraça- me, 

Sei ser afoito quando preciso de calmaria, e sei ser  calmo quando preciso de correria, planetas que se alinham e tentam ser instantes , vidas que se escondem numa grande estante,

Devoro amor, devoro te, 

Abraça- me,

Tudo pega fogo e se apaga de novo, não á hora nem  tempo nem espaços vazios, queria a suprema inspiração, essa que só vem uma vez na vida, pra tentar te  entender, me entender,

E se depois do depois descobrir que o mundo não gira sempre igual??  

Devoro teu amor ?

Ou devo abraçar te??

Diego Tomasco.

 

Saiba mais…

Palavras ao azar

 Ausências que rastreiam o silêncio,

Contra quem é esse rancor desvelado??

Os medos são um enigma sem pretextos, tropeçar e levantar secando memórias num varal de incertezas tira os riscos da esperança, 

O escárnio mora a um milímetro do ódio, o futuro é isolado e remoto, os subúrbios da vida tem uma beleza insuficiente, a solidão plural contém cartas escondidas que são como salvo condutos de candor e primavera,

Essa boba razão pode despertar o mostro que se alimenta de pessimismo mau humor e ruinas de melancolías, o porém e os pormenores cobram esperança mais depois de tantas noites côncavas com sonhos e fronteiras a rebeldía desperta essa coragem de última hora,

A vida exigua e frágil com destinos possíveis e impossíveis carrega uma mensagem indecifrável, com matemáticas e anti corpos para o risco, 

Que doce é o amor quando não mora na teoria e no martírio...

Diego Tomasco.

Saiba mais…

Pretextos

Há um grito de rebeldía sou meu próprio cúmplice, sinto o choro do mundo, sou um espectador imóvel que destrói pontes com palavras,  

Sou pretextos sem motivos, sou o verdugo maís ferido, contínuo no vazio do calabouço estremecido, no silêncio do hospital tenho medo de encontrar a urgência desse segundo final,

Ainda tenho todas as dúvidas triviais que nasceram comigo, 

Sigo cábalas de boa sorte sou um mágico esperando o futuro adormecido, ainda culpo os meus fracassos com essa estranha teimosia, sou obra traduzida no silêncio da abadia,

Sou uma ilusão,

Um abril sem ventos,

Una manhã deserta,.

Uma mão materna,

Um projeto de incertezas...

 

Saiba mais…

Presunção fatal

Emendo meu erros, talvez goste deles porque sou livre para desfilar com palavras admitindo  essa inesperada vontade de ser algo maís, 

Espero algo prevendo que estou cego entre meu sonhos, contínuo aqui e lá sem bússolas nem horizontes, sinto a inconstância da paciência em mim, aceito esse limbo que deixa portas  abertas e vejo que entre o inferno e o paraíso prefiro ficar com meus hábitos,

O vento, as marés, as árvores, e os argumentos irrefutáveis são necessários e estão dispostos á acompanharme, sei das convenções que  são como destrozos do meu dia a dia, sobrevivo ao abandono com flores e com trapos e sei que os sonhos esperam quietos no sol lá fora, 

Estou a um passo da presunção fatal que acorda memórias e perfumes, que procura essa frase perdida no tempo inexorável de tantos equívocos.

 Diego Tomasco.

Saiba mais…

Amantes migratórios

 Peço licença para entrar nós teus sonhos, também queria muito escutar tuas palavras mesmo antes que saissem da tua boca ou do teu coração, o alento é a segurança que envolve essa tua doçura,

O tempo onipresente e uma sorte de esperanças petrificadas, e é útil recordar essa absurda cerimônia de pretextos persuasivos que não convencem ninguém, 

Eu já não quero existir dentro desse mito convencido que acomoda um horizonte discretisimo e sem sal, 

Os abismos seguem existindo e estão cheios de enfoques teóricos que esquecem da prática de viver, dos poetas e do arco-íris, dos amantes migratórios, da loucura dos certos, 

O auto segrego nutre meus errores e minha melancolia, mais percebo que na raiva também há glória e os sonhos são o que sempre foram, uma exceção a regra ,

Queria escutar tuas palavras mesmo antes que saissem da tua boca, para tentar entender teu mundo, esse espaço profundo e abrupto, com paisagens inesperadas e brasas que queimam o futuro.

Diego Tomasco 

Saiba mais…

Não é recomendo pensar domingos á tarde

Vai passar, depois de muitos anos as coisas mudam, desejos e culpas , problemas com algumas verdades e não é recomendado pensar domingos a tarde, 

As coisas são azedas e doces, e o prólogo já não e tão importante,
Como cheguei até aqui, as vezes tenho um pouco de medo que minha alma não seja mais criança, quando tenho liberdade quero conquistar o mundo, e depois já não quero mais ter tanta assim, nada nada está escrito e as espectativas sobem e descem sem parar,
 
Definitivamente não e recomendável pensar domingos á tarde...
 
Saiba mais…

A lógica do absurdo

 O vento mudou de rumo, talvez precise te entender, estou caindo no absurdo e tudo o que possuía me destes com as mãos fechadas, existe um outro amanhecer,

Céus cinzas e ruas vazias, 

Gente de mãos dadas com más companhias,  

O vento que traz o amargor frio da solidão, 

Pessoas indiferentes que vem e vão,

O que mudou se não fomos nós??  

Qual foi o ponto de inflexão??

Tudo o que tinha eram nuvens de algodão, que se desfaziam sem pudor, 

Estou caindo no absurdo de entender que a lógica,

Não tem lógica...

 

 

Saiba mais…

Maçã envenenada

Abraçado em ti a solidão morre, e quando escuto essa música uivando como o vento esqueço meus medos e essas Insônias recorrentes e cheias de lamentos, 

E o mesmo  vento sombrio que assobia como um sussurro de solidão numa canção profana, cuspindo horas que já não existem, 

Sei dessa louca batalha de incessante misterio brutal , de viver o pecado, de aprender a perdoar, a agonia floresce e se prostitui nesse último poema, meus desejos são delirios de loucuras que ascendem um fogo faminto por ti,

Abraçando-te abandono vergonhas heréticas, e recolho minhas preces cansadas de esperar o que não se recupera, agora também expulsarei meus desesperos desse pântano de solidão e tempo, 

Deixaste perguntas sem respostas que são como cães selvagens que latem em oráculos loucos de desespero, não posso mais comer essa maçã envenenada, 

Sei que o sagrado jamais será crime, mesmo entrando nas tuas úmidas relvas e sendo guiado pelo teu corpo estando perdido na paixão.

Deixastes um refúgio de amor e caos, o herotismo  e um desejo violento de nostalgia insensata, 

Será que alcançarei beijar tua boca na loucura dos meus sonhos ??

 

 

 

 

Saiba mais…

Não me culpe por amar a noite

 As vezes , somente as vezes temos que chamar a responsabilidade para nós, as regras nos distanciam das vontades, e o jogo existe e deve ser jogado. Tenho que sair, a noite e uma maravilha feita de estrelas .

Preciso espairecer um pouco, ainda não sei que objeto formavam esses cacos que foram se espalhando depois que minha alma libertou se das amarras que cuidadosamente me impuseram tentando me alienar do espanto de saber que a vida e muito mais do que acordar, trabalhar, pagar boletos e dormir.

Não me culpe por amar a noite, e a chance de tentar passar um tempo comigo mesmo não tem preço, nem todos tem a sorte de ter a consciência tranquila, talvez eu mesmo não tenha esta sorte.

Vejo um mundo de notícias falsas e sinto que a verdade já não interessa tanto assim, a noite escorre tranquila por todos os s cantos da cidade. Caminho por largas avenidas e algumas vielas , a luz dos cartazes e prédios abafa a luz das estrelas.

Entro em bares, festas e botequins, a vida pulsa e regurgita o marasmo de tantas solidões com sorrisos amarelos, o espanto espanta a ternura e traz o abraço indiferente de quem não te conhece e quando o dia amanhece a realidade assombra com indiferença e frieza .

As vezes parece que nada vai desabar quando tudo desaba, as vezes não  somos o suficiente. Não me culpe por deixar o dia escorrer das minhas mãos, não me culpe por amar a noite.

 

Saiba mais…

Confissões de outono

Quantas ruas terei percorrido e nem percebi, quantas normas quebrei, quantas sombras e sonhos terei vivido e ainda estou aqui, enquanto a vida se dilata ninguém te dirá que essa pode ser a última vez,

Sempre aguardo essa encruzilhada, que vem como uma luz dispersa e incesante, vigília de memórias perdidas irremediávelmente, como o rumor dessas multitudes que ficaram perdidas no espaço e no tempo,

Neste outono confesso que criei tantas criaturas ávidas de silêncio, mais também falam  palavras que queimam nesse fogo abandonado e que explodem como  bombas relógio, 

Quantas vezes construí tudo e destruí tudo dentro de mim, nesse afã de mostrar meus pedaços, tentando desarmar as armas que ainda me restavam , tudo tudo atravessa e divide, como essas promessas de um céu azul com crueldade,

Neste outono confesso cada memória e cada lágrima, mais ficou algo comigo que nunca perdí, como uma página aberta com sentimentos encapsulados brilhando no  vazio dos anos.

Diego Tomasco.

 

Saiba mais…

Chutando pedras

 Estou falando ao meu coração, enquanto as palavras escorrem e as bandeiras que defendia já não fazem mais sentido,

Vou chutando pedras e não preciso de ninguém ao meu redor ,

Eu entro eu saio,

 Eu ligo e apago a luz, 

Não importa ,

Deixei tudo ,

Pela solidão...

 

Diego Tomasco.

Saiba mais…

Uma noite em Paris

 Essas lágrimas que falam aínda estão dentro de ti,

 Mais o meu doce veneno e que não te deixa partir, 

Uma canção, 

Uma ilusão , 

Vivo no céu estrelado duma noite em  Paris,

 Sou feito de amor mais não conheço o amor, 

Sou filho da dor que não dura para sempre, 

Não falaremos nada onde tudo acontece,

Pois seremos eternos,

Onde tudo floresce...

 

 

 

 

Saiba mais…

Manhã de amores

Admitir palavras ,

Caminhar livres,

Alguém que encontra seus sonhos em noites de vigília ou céus inesperados, esperávamos algo, talvez um convite para conhecer o mundo, 

Espaço profundo com um despertar de sonhos que ascendem a luz  do paraíso , 

Teu sorriso , 

Tão leve,

Tão solto,

Que abre portas e promessas, que deixa a certeza do amor em mim,  

Espero o suficiente,

Sou insuficiente,

Sou assombro,

Os argumentos irrefutáveis aparecem como agulhas que entram na carne indicando errores ,

Palavras medidas,

Jogos e sílabas,

Os destrozos dos meus dias com linhas de alfabetos que adivinham ,

Ilhas e rosas,

Luzes e sombras,.

E teu amor inesperado numa manhã inesquecível me beijando e me dando bom dia ...

Diego Tomasco.

 

 

 

Saiba mais…

Che

Che, o whisky ruim ,

As pastilhas e todos meus desenganos 

Já não me pertencem,

Che, esse homen desregrado e sem destino,

Agora está do lado do caminho,

Che, pendurei meus sonhos num varal de ilusões,

De desencontros e perdões, 

Che, ninguém me prometeu esse jardim de espinhos, nem esse abraço maldito...

 

 

Saiba mais…
CPP