Posts de Diego Tomasco (308)

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Promessas na cama

Não espero por promessas feitas na cama, bebo escrevo e aprendo a viver, fiz o sacrifício e anoiteço sempre na solidão,

Não espero o momento de curar as feridas pois elas carregam o melhor de mim,

Sonhei e acordei cantando ,

Aquelas promessas feitas na cama...

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Prefiro calar o silêncio

 O sino espera mais ninguém se anima a quebrar o silêncio, vislumbro a doçura emérita destes textos esperando que o acaso me de todas as respostas, 

O possível e o impossível perigosamente começam a fazer sentido, ainda me perseguem certos protocolos que escondem minhas vergonhas, 

Prefiro calar o silêncio pois a desordem é mágica, e temos o direito à esse ódio que mora entre a blasfêmia e a cruz, 

O mundo está codificado para diluir teus suspiros e presságios, a alma famélica sofre no corpo cheia de impaciência e desamparo.

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Um vestido e um amor

 Tinha esquecido que tinha um amor, 

E alguns inimigos que não estavam á altura do conflito, 

E depois da loucura onde não te procurava e me achastes, 

Vim te oferecer meu coração,

E agora o que esteve já não estará, 

Nem essas sombras nem essa dor...

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El Dorado

 A metáfora vem devaluada pelo tempo, entre mortos e barrancos o horizonte vai se transformando em mármore e ossos,

A solidão as vezes distrai,

 Tinteiros derramados, 

Amores relembrados, 

E esses olhos que quasse me mordem, 

O melhor seria andar sem destinos ou num desatino desesperado de encontrar o "El dorado" luminoso,

Curioso,

Inútil,

E sem protocolos...

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Ensaio sobre as mãos sagradas de um homen santo

 Como e bela a indecisão de entender o pouco que restou, como uma conversa de café, e sair deixando tudo para sempre inclusive os medos e os marasmos e essa mente tão velha, podemos sim ser apenas um a mais no universo.

Assim fez esse homem santo, mantos de sereno ao de lhe cobrir e na calçada quebrada a de dormir, não sabe gritar nem pedir nen aceitar tua sombra para dormir, vive nas gotas dessas garoas multicores e ouve o sino sinistro cortando uma catedral de dores, 

Para que verse novamente no espelho quando a noite apenas te abraça e te engole sem muitos argumentos, espero que comprendas que a pena pode doer mais em você do que em mim, 

E agora minhas mãos estão sagradas e cheias da loucura dourada de ter sido abençoado com cada raio de sol...

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Sonhos vivos

 Gosto dos teus  beijos pois desenhei tua boca de desejos, 

Inventei braços que abraçam sem tempo nem temor, 

Sei que o amor e frágil como cristal, 

E que quebra se o tratas mal,

Gosto do teu olhar calmo é definitivo e das coisas que me falas ao ouvido,

Inventei sonhos onde estavas comigo, sem saber que esses sonhos estão vivos,

Sei que o amor e um presente,

Já não tenho ausências, 

Já não estou ausente...

 

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Entre a sombra e o tédio

Não se trata do dia final mais sim do legado frágil , as inquietudes das terças e a tristeza dos domingos, contemplo ese ritual que intimida com essa velha elegância de seguir padrões desgastados pelo tempo,

A forca e a guilhotina, a timidez e a alegria, as brumas que escondem o esquecimento, o último testamento que diverge dos inventários e o isolamento,

Não se trata de lamentos mais sim do muro que ficou entre a sombra e o tédio, nossos corpos buscam histórias, ou simplesmente borrar essa linha divisória...

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Sinais de fumaça

 As vezes pergunto por mim mesmo, lamentando as variantes e formas substanciais que poderiam ter mudado meus antecedentes, viajo nómade por este mundo espléndido e feroz, arranco meus invernos desse céu que agoniza,

Estou longe do padrão universal e tão perto desse último horizonte, o remoto as vezes se aproxima com perguntas e formas e algumas nostalgias, os presságios são como sinais de fumaça, como dúvidas entrelaçadas num espiral infinito,

Encontrarei o abandono em cada esquina sentindo tua pele e teu amor envelhecido , como oferenda de sonhos guardados na memória, 

As vezes pergunto por mim mesmo e consigo conhecer- me, ando lento e convalescente vestido de infância e idades várias, a tristeza repentina tem doçura no tédio, sobrevivo impreciso e transparente, cheio de diferenças e indiferenças,

Sou o braço aberto,

A solidariedade e o exorcismo...

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O desenho e a pintura

Te amo igual, e jamais imitei a mim mesmo, como posso entender que chove em meu coração, 

Te amo igual, parece que vivo cortando frases e desenhando lembranças cheias de teias de aranhas pois o tempo não volta mais,

Te amo igual, mais melhor sair e caminhar pois já fumei demais, desenterrando histórias que nem começaram e são  cheias de sonhos e desejos com murmúrios e gritos, e a irremediável saudade impetuosa que lembra a possibilidade de entender o que não quero entender.

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A origem das borboletas

A eminência da tua chegada anuncia a primavera,

O polem disperso no ar possue o aroma das frutas e das flores , o jardim tem cores e madeiras,

Contemplo o lírio e sinto o ar,

E nos casulos a origem das borboletas,

Não tenho urgências nem lar,

Pois tudo revela uma realidade completa...

Diego Tomasco.

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Xadrez

O xadrez e um jogo silencioso e premeditado, quasse uma guerra adormecida, por cada instante troco mais uma mentira, 

Ramificações infinitas no tabuleiro da vida, cada palavra e uma lágrima, uma vigília, tenho planos para entender o caos e criar o frescor que enobrece a alma,

Senhor do meu caminho ando ferrenho nesses desenganos, e observo o ódio humano decifrando o tempo plural que é como um eco surdo de esquecimento nesse subúrbio precário e velho cheio de arrependimentos.

 

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Holograma

Quem pode me explicar porque as palavras naufragam com a chuva, e morrem no silêncio desse amor desterrado, assim como a solidão é uma cela que pousa na sombra,

Quem sabe dessas vidas sedentas por sonhos movendo se numa realidade de holograma inventada, a doçura polvilhada em rosas dorme ensolarada e suave, 

Quem procura a vingança quer fugir da profundidade e da verdade que dorme abraçada num punhado de ossos,  

Quem pode escapar das razões que carregam o mistério escondido nessa imensidão de estrelas e cores, o fundo estrelado e as multidões, 

O amor e seus sabores, 

Com o suave perfume da alma das flores...

Diego Tomasco 

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Como foi meu fim

Vagamente lembro onde estou, todas ou nenhuma das opções que tive escolhi, no melhor do meu percurso várias possibilidades tive de ser feliz, mais os instantes invariávelmente trazem desafíos e é tão sutil o fôlego da vida quanto suas paisagens e suas sombras.

Ficar idealizando cenas e vários momentos de conversas significa misturar ilusões com esse destino indefinido, realidades, afinidades e alguns pontos de partida não se podem renegar a um segundo plano.

Pois bem, abrir a gaiola não significa que o pássaro queira a liberdade, talvez ele goste de estar alí, o jogo nem sempre é perceptível, os egoísmos e a bondade podem ser um paradoxo , como a escolha do pescador entre a rede e o anzol , o primeiro traz quantidade mais termina com tudo depois, o segundo não traz fartura mais deixa a esperança de um dia melhor, 

O aqui e o agora já não importam mais, sou como o desfecho de um poema tragicômico, como a agonia de uma apneia sem retorno, na profundidade de um velho naufrágio sou como um universo feito de Instantes, 

Transparente corpo brilhante,

Feito de sombras e luzes,

Cavalgando na loucura que aprisiona o resplendor,

Libertando o vento,

Perseguindo o amor...

 

Está prosa e dedicada a um amigo que morreu devido a um câncer pulmonar.

 

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Combate

 "Não há nada de novo aínda somos iguais"

Morrerei em combate sem reza e sem oração as normas secretas e rígidas enchem os sonhos de sombras, por trás da noite cinzenta se escondem os espelhos e os quartos esperando esse amor em vão,

Há entre as memórias já cansadas de ir e voltar um rumor de multidão morando no espaço e no tempo, já não tenho balas pra matar o tédio, 

Desenho promessas mudas, despidas de sentimentos encapsulados que brilham no vazio de um baú ou de um carro velho sucateado, estou ao meu lado construindo edificios com velhas colunas feitas de amor impossível,

Morrerei em combate, com minha armadura reluzente vencendo lembranças e recolhendo os últimos despojos de instantes e beijos nesse interminável rio da vida.

 

 

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O alquimista

E sobre os que ainda mostram o rosto, que tem a escuridão solitária e a poesia dos sonhos, 

E tem os olhos que enfeitiçam essa maravilha de incêndio que suscita o amor,

E sobre o alquimista que transforma o tempo em luxuria cinzas e segredos, sobre os destituídos que se erguem da opressão numa liberdade subterrânea,

E sobre o mistério que procura a confirmação, e será outra vez praia deserta de neurose e dor, o invisível se perde na névoa incipiente do mundo e vacila de êxtase e espanto,

E sobre o que ignoras e mesmo assim abraças, nessa fascinação de mistério e de uma  eternidade de contradições...

 

 

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Mandrágora

Prefiro ser sincero com você, esse monte de segredos não levam a lugar nenhum, ainda quero meus velhos prazeres e os sentidos são famintos e persistem na loucura esbranquiçada dos ossos,

A vergonha herética treme na fogueira sem glória, ainda contemplo o vale da vida com seu sabor de mandrágora, e me deslumbram esses pássaros sedentos de árvores e jardins,

Prefiro o choro que posso suportar ao amor pelas coisas perdidas, tenho medo desses passos silenciosos que trazem o desespero longo do tempo, a via láctea desintegra sem respostas nesse preâmbulo vazio que forma o limbo,

Posso conjurar meu universo perdido e procurar a árvore cósmica da vida ,renascendo andrógino dentre as flores.

 

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Quietude

Uma ilusão goteja úmida na manhã grave , as folhas de eucalipto soltam seu aroma no frio, esse vento de junho limpo e fino entra na alma,

Dias remotos e calçadas desertas recolhem incertezas em cada esquina , na solidão também há beleza, lembranças de quietude melancólica banham pequenos sonhos com suas dores,

Tocar o irreal e um desafio de magia, a terra o açúcar e o sal são a eternidade  nesse mar sem repouso, um punhado de pingos de chuva , com esse convite de estrelas ardentes,.

O pátio sem cachorro,

Essa cadeira vazia,

A monotonía da espera,

Antes mesmo da partida...

 

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A escravidão das baratas

Nada é mas impuro do que rastejar sobre o silêncio, gestos e tristezas, o tempo tem um zumbido útil e funcional abrindo caminho nesses labirintos mentais,

Precisamos palavras patios e camas, para encontrar sentidos onde nada mais tem sentido, o melhor exemplo é a impossibilidade de o amanhã ser outro dia diferente neste oceano que molda perfeitamente esse padrão que mora latente na fragilidade da vida,

Somos baratas não desejadas e sentenciadas ao  fracasso esquecido da existência.

 

 

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Poema aleatório

 Não esqueci o jardim primitivo e as imagens são de trinta anos atrás, não conheço nem quero esse tempo esquecido nem ver inimigos de vidro esperando pra me alcançar,

O varal cheio de roupas balança ao sabor do ar, somos altos para enxergar o que não vemos ,

E também ouvimos com os olhos...

 

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Elemental

Voei incrivelmente voei, sobre nuvens e silencios, e a tristeza dos teus gestos, 

Lancei me ao ar nessa suprema solidão ávido de desejos impostergaveis, saltei no espaço sereno e noturno deixando memórias e versos enferrujados para trás,

Voei incrivelmente voei por sobre a vida e a morte, driblando hipótesis e vacilos inúteis, flutuando na superfície úmida do ar, nessa noite de vigílias esplêndidas e desafíos, 

Voei para um lugar de jardins imaginários e biología elemental, sou um pequeno escândalo cheio de vida , 

Sou a literatura sem sentido,

Sou a voz do amor no teu ouvido...

Diego Tomasco 

 

 

 

 

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