Posts de Ilario Moreira (677)

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Minha decrepitude

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Moro em um local tácito e soturno,
na solidão esquadrinho minha vida.
A minha alma de júbilo está ávida,
este é meu desejo diuturno.
 
Fatalmente tornei-me taciturno,
para curtir ninguém mais me convida,
A ternura deixou de ser servida,
fui expulso do séquito noturno.
 
Percebo o desamor nas entrelinhas,
não disponho sequer de um passatempo.
As pessoas deveras são mesquinhas,
 
querem evitar todo contratempo.
Fico a observar tristonho, todas minhas,
chagas cicatrizadas pelo tempo.
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Vaporosos bacanais

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Deveras são ilusões visionárias,
que me trazem conforto em noites frias.
Estas delícias podem ser espúrias,
mas, são do inconsciente originárias.
 
As minhas relações são sazonárias,
e, minha habitação são com os párias.
Proponho todo tipo de pilhérias,
pois, nossas consciências são ordinárias.
 
Da fabulosa Grécia, Dionísio,
vem a devassidão catalisar.
Para um Sátiro, é como um Elísio,
 
onde seu encanto pode extravasar.
Porém, neste quimérico simpósio,
vou mostrar o apogeu do meu versar.
 
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Musa divinal

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A doçura de seus ósculos cálidos,
estimula fugaz minha libido.
Faz-me desejar seu fruto proibido,
e, todos os pecados serem válidos.
 
Já vaguei por desertos hostis, áridos,
desenvolvi moléstia, fiquei mórbido.
Mas, depois de o seu néctar ter bebido,
meus dias tornaram-se ledos, fúlgidos.
 
Deixe-me conhecer o seu refúgio,
a morada das virgens vaporosas.
Ter o seu apreço é um privilégio,
 
pois, são suas carícias calorosas.
Não me deixe, pois, vai ser meu naufrágio,
as partidas são sempre dolorosas.
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Musa sedutora

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Não estou preocupado se és casta,
livre-me de soturnas solidões.
Comigo, aprenderá devassidões,
minha lascívia é pujante, vasta.
 
Sou da vida devassa entusiasta,
com o pudico não tenho aptidões.
Exploro o enlevo em todas vastidões,
cópula normal para mim não basta.
 
Deixe-me penetrar em sua carne,
sentir o calor íntimo da vulva.
Sinta prazer e não me discrimine,
 
é plausível fazer tudo na alcova.
Que após o gozo, o ardor logo germine,
e, nossa excitação nunca dissolva.
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Sonatas ao vento

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Sons que vagam nos ventos uivantes,
seduzindo os noturnos peregrinos.
São aos ouvidos pétreos clandestinos,
porém, são aos sensíveis enlevantes.
 
Despertando a libido dos amantes,
é endeusado pelos libertinos.
Oh! Plangência de magos violinos,
és senhor de poderes cativantes.
 
Inebriantes são todas sonatas,
que flutuam velozes pelos vórtices.
Soberanas de eternas serenatas,
 
testemunhas de tórridos romances.
Dispõe de habilidades telepatas,
ignoro todas suas multifaces.
 
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O colapso biológico

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A existência é mero pesadelo,
parcela diminuta do infinito.
A morte é um êmulo congênito,
que rindo nos mantêm por escabelo.
 
Quiçá do divinal seja um modelo,
que prefere manter-se bem incógnito.
Este filosofar deixou-me atônito,
pois, não posso fugir do meu flagelo.
 
Caminho para o último parágrafo,
sinto que meu organismo ficou lasso.
Sou o oposto do sutil Zigoto amorfo,
 
é triste declarar o meu fracasso.
A entropia terá o seu triunfo,
mas, terá meu desdém, irei ser tasso.
 
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Musa vaporosa e noctívaga

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Na madrugada frígida e soturna,
a nostalgia chega mansamente.
Uma figura invade minha mente,
sedutora, devassa e taciturna.
 
É uma musa exógena e profana,
que quer me conhecer intimamente.
Por um ser irreal fico fremente,
e adoto uma postura subalterna.
 
Deixa-me o frenesi deveras langue,
pois, os orgasmos são consecutivos.
Torço que esta ilusão jamais extingue,
 
os pormenores não serão alusivos.
Quando a testosterona entra em meu sangue,
produz os sentimentos mais lascivos.
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O ciclo da vida

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Senti quando o seu óvulo foi roto;
súbita iniciou-se a concepção.
Escapando da vil contracepção,
logo tornei-me um íntegro zigoto.
 
Em pouco tempo já era um garoto,
desenvolvendo lesta a percepção.
Sem poder evadir da decepção,
sorrir do sofrimento foi meu antídoto.
 
A juventude é lasciva e efêmera,
porém, fonte de esplêndidos excessos.
Vejo que a vetustez esta pantera,
 
chega-me, posso ouvir seus fortes passos.
Jamais, vou alimentar qualquer quimera,
quedo vislumbro meu porvir, meus ossos.
 
Ilario Moreira
 
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A dádiva de ser mãe

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Em seu íntimo dá-se início a vida,
carrega com louvor esta semente.
De sua prole zela plenamente,
com seu regalo está comprometida.
 
Esta efígie diáfana e querida,
deve ser adorada veemente.
Devemos abordá-la sutilmente,
o nosso amor será sua guarida.
Assim como Deméter é sagrada,
o parto atesta sua rutilância.
Ao seu Olimpo vai ser reintegrada,
 
com o éter está em consonância.
Será sua labuta consagrada,
na mudez vou evitar a redundância.
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Expondo meus pecados

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Vou ser sincero, gosto de aventuras,

de gozar o viver sem compromisso.

Em demonstrar amor sei que sou omisso,

tento assim evitar as desventuras.

Creio que estimarás as travessuras,

dizem que sou deveras craque nisso.

Aguardarei ansioso seu permisso,

para evitar polêmicas futuras.

Como sou partidário do hedonismo,

muitos me julgam um pervertido.

Acho isso um desmedido antagonismo,

pois, viver sem prazer não faz sentido.

Musa deixe de lado seu cinismo,

minha mão vai vagar sob seu vestido.

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A morte esta maldita

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A morte esta maldita

Quando súbita a morte esta maldita,
desagrega o cadáver de seu espírito.
Todo nosso existir torna-se írrito,
chegou o nosso crepúsculo, a desdita.
 
Do viver esta chaga é implícita,
desta vida, em breve, serei proscrito.
Ficarei calmo, não vou dar um grito,
comportar-me-ei igual uma dócil súdita.
 
No éter vou encontrar meu paraíso,
a morada dos seres rutilantes.
Neste quesito quero ser conciso,
 
para evitar debates desgastantes.
Não tenho pretensão de ser Narciso,
os numes simples são coadjuvantes.
 
Ilario Moreira
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Dores da saudade

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Dores da saudade

Quando do limbo surge esta saudade,
como um sombrio véu tantalizando.
Secretos sonhos vem multiplicando,
e, tentam ceifar minha sanidade.
 
Perde a alma solitária a castidade,
pois, seu passado emerge interrogando.
Como que em brumas chega deslizando,
a venusta faceta da beldade.
 
Este espectro da noite mais escura,
os amantes esquivos flagelam.
Não deixam florescer qualquer ternura,
 
pois, torturas de amor acumulam.
Quem dera fosse o fim da desventura,
a satisfação todos anelam.
 
Ilario Moreira
 
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Amor leviano

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As suas loucas promessas de amor,
foram simulações, deslealdade.
Hoje, no cativeiro da saudade,
todos podem ouvir o meu clamor.
 
Porém, quando sentires desamor,
irá procurar minha piedade.
Encontrará somente a frialdade,
descaso colossal, desprezo mor.
 
Quiçá, estando só nestes momentos,
meu íntimo deseje uma aventura.
Destarte, vou juntar os meus fragmentos,
 
para evitar catástrofe futura.
Não me dominará os sentimentos,
o sofrer deixou sua assinatura.
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transcender da alma

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Estou cansado desta ignóbil vida,
o túmulo será meu baluarte.
Revel, não vou querer vela ou estandarte,
por meu corpo à terra espera ávida.
 
A esposa da ruína é impávida,
para ela, destruir é real arte.
É, o oposto da bela e sacra Astarte,
em breve, verei sua face lívida.
 
As almas do submundo me aguardam,
com ardil, zombaria e canto lúdico.
Nestes locais sevícias abundam,
 
é o ideal covil de trasgo sádico.
Profiro antes que todos me olvidam,
restará o meu nume e o corpo Ódico.
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Verve poética

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Todos sabem que os bardos divagando,
transformam sentimentos em palavras.
Compondo fazem uso de metáforas,
e, pela fantasia vão vagando. 

Desta forma, tristezas vão expurgando,
expondo totalmente suas vísceras.
Nossas ledices são muito efêmeras,
pois, com o sofrer vivem litigando.
 
Detenho o privilégio de compor,
esta dádiva é um dom divino.
Em transe posso meu Cosmo transpor,
 
as musas me guiam desde menino,
Irei sempre estar ao seu dispor,
Sou do universo abstruso um peregrino.
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Amor profano

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Quando um som melancólico ressona,
penetrando em meu seio como seta.
Lembro-me diligente da falseta,
a qual, faz alterar minha persona.
 
Mesmo assim, a saudade vem à tona,
e a consternação expõe sua faceta.
Creia, nunca vou ser um proxeneta,
julgo ser tão profana quanto Antígona.
 
 
Porém, é sua ausência dolorosa,
sinto falta de seus beijos e abraços.
Dane-se se a ação é indecorosa,
 
quero ser enlaçado por seus braços.
Finja ser uma virgem vaporosa,
a bacante e o bufão dividem laços.
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O hedonismo

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O amor é uma flama que me inflama,
E, lépido arrebata meus sentidos.
Diante dos deleites transmitidos,
meu mundo real vira um holograma.
 
Neste cosmo não sigo cronograma,
pois, todos os conceitos são omitidos.
Os prazeres da carne são mantidos,
e, são compartilhados com a dama.
 
 
E, neste calabouço de delícias,
da depravação sou fiel sectário.
Encontro meu Nirvana nas primícias,
 
nunca pretendi ser celibatário.
Entro em êxtase nestas peripécias,
como um iconoclasta em seu delírio.
 
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A musa da noite enluarada

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Na escuridão da noite rutilante,
a sua silhueta esguia vejo.
Esta visão desperta meu desejo,
levando-me a mentir, ficar galante.
A libido adultera o meu semblante,
tenho que aproveitar propício ensejo.
Sem demora começo meu cortejo,
tentando revelar o meu talante.
 
Quero com salaz ósculo de Sátiro,
leva-la ao mundo do pecado.
Sinto que não vou ser o pioneiro,
 
porém, nunca quis flerte deificado.
Na alcova vou ser sempre cavalheiro,
no sexo serei sempre delicado.
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CPP