Posts de Jennifer Melânia (121)

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Apego

Apego

Por Jennifer Melânia

 

Se fossem asas as palavras  poeta algum ficaria em solo.

Diante dos pés o caminho se estende e ninguém vai só

As vozes ecoam pelas janelas interpretadas nas ruas

das casas que passam, lá dentro, vidas mobiliam os comodos

eu sou mais um ser incompleto que vaga os olhos

nas coisas do mundo, afinal - meu apego a terra -

ancora meus pés ao chão, que outros pés já foram e vão,

sem nada levar: apenas coisas vãs que se diluem em memórias

enquanto isso, sustento horizontes acomodados nas retinas 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Texto apenas...

 

Por Jennifer Melânia

 

 

Imagino pouco o mundo como é

se me entendes sabes o que digo

se por ventura você enxerga o preto no branco

a pedra, sempiterna pedra, e o pau somente pau

é dificil o desenho arquitetônico do meu ver

simplesmente sou assim, pouco Alice quem sabe

tomo café com plantas, falo com as Violetas

afago as orquídeas, e susurro palavras de amor

as pétalas perfumadas, como são belas!

estou atenta aos pássaros e ao céu ergo as mãos

para agradecer por ser parte deste todo

por ser parte das pequeninas e grandes coisas

e agradecer pelo sentimento imenso

que enche minha alma e faz-me suspirar de amor

se bem me entendes sabes do que falo

percebes a unidade que sou, que  és?

imagine cada partícula que compõe este cenário terra

imagine você particula que habita o planeta

só imagino, só penso em gratidão

por ver tanto detalhe, tanto explendor na vida

e nisso construo meus dias reais, assim são para mim

 

 

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Fugi de mim...

 

Centro de Ajuda – França

Por Jennifer Melânia 

 

Tenho andado de mãos perdidas

Não as culpo. São livres, e neste momento

Em que a casa me esconde, passo os dias

A desorganizar-me em gavetas.

Nos perfis das coisas parece que algo me escapa

Às noites olho o céu e procuro por mistérios,

encontro nos pontos infinitos apenas suspiros meus.

De dia olho o céu e imagino quantas estrelas me olham

e quantos planetas se equilibram na gravidade.

Quantos segredos!

E sinto as mãos perdidas e os dias desfilam no calendário.

Passam quase intocáveis e não dá prazo de estar plenamente neles.

Não sei quando fugi de mim. Não sei quando volto...

se minha alma quer estar por aí vendo estrelas.

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Arranha-céu

Revelação: 04.04.10 - O olhar

 Por Jennifer Melânia

Arranha-céu

 

Passei a me inspirar em temas assim

voadores, às vezes, chegam e ficam

apregoando um quê de prosa,

de pressa, agindo na minha lentidão

tem momentos de ideias prostradas,

leucêmicas, quase em fase terminal:

então, preciso lavar as ideias e lavrar a folha

semeando palavras, como bom samaritano

ajudo a vontade de aparecer.

 

 

Poetrix

Arranha-céu

 

olhos marejados

tocam o céu

de tanta saudade

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À Marso, minhas palavras

 

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Hoje, o dia ficou diferente, um silêncio

Pássaros se banhavam de chuva

enfileirados no muro, apenas vivendo

sentindo o agora nas gotas de águas

que escorriam por seus corpinhos delicados

não havia canto, apenas o momento

solene de pausa, solene de paz

Foi neste cenário bucólico que soube

que no céu brilha uma nova estrela

pois você se foi, amiga Marso.

Querida poetisa, deixou perfume suave

deixou seu legado aqui na casa

suas palavras ficarão eternizadas

em belas poesias, em cada página

que tiveste o carinho de ler outro poeta

de comentar, de elogiar, de incentivar

tudo registrado amiga, parte da sua história

escrita aqui nesta casa, em cada cômodo

com cada morador, será nossa lembrança

Já sinto saudades...e a casa está triste

Mas, acredito que estás bem aí no teu lugar

 

Deus nos console e nos dê força. Abençoe a família e os conforte.

 

Por Jennifer Melânia

 

 

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Prelúdio de um dia...

 

Por Jennifer Melânia 

 

Ela vestia o raio de sol, enquanto lia

Baudelaire em sua varanda de porvir 

Suspirava profundas unidades de tempos

E no vasto dia se esbaldava de sentidos

Na vaga presença  de um sentimento lânguido 

A pressa era a de não  ter pressa, ainda

Lá fora o pássaro a convidava a vida

E  de sua canção as mais melodiosas notas

Causavam na jovem a efusão das emoções 

Mais íntimas de um coração amante

E na varanda o cheiro de flores e a brisa

Se esgueiravam compondo o cenário,

eram  ébrios de encantamento

Aos poucos vem à  noite cobrir a moça 

Fechar o livro e apagar a luz...

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Eu, pessoa verbal!

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Por Jennifer Melânia

 

Em primeira pessoa, eu era pequena

A vida se fazia no presente...era a história

Um amanhecer de alegria enfeitado por sentimentos

E emoções tão precisas quanto a imagem do homem

...............................Vitruviano 

Não tinha ontem e nem porvir, tinha o agora                                      

Não tinham deuses, não tinham obrigações

Tinha eu e o mundo por mim criado

 

Em segunda pessoa, postulei ser alguém

O universo “eu” se desfez, agora em segundo plano

Imagem invertida no espelho, tinham dedos me encarando

Tinham olhos me punindo, e a divisão começou

E os deuses apareceram, e as diversões diminuíram

Durou uma estrada extensa com muitas esquinas

Está segunda pessoa fora de mim

 

Em terceira pessoa, conciliei com a primeira

E abracei a segunda formando um elo

Agora mais forte, com tempos distintos

Presente e pretérito, futuro e presente

 

Os deuses, os dedos entrelaçados sem me apontar

As estradas movimentadas, as esquinas com uma

Pouca d’agua para saciar a sede e um banquinho

De expressar saudades quando ali os olhos se distanciam

E vão a lugar algum, enquanto nós esperamos sentados

que eles viagem entre os mundos  e vrrem as esquinas

e voltem quando achar o exato ponto de partir                                                                                                                                                             

 

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Quando a chuva cai...

Por Jennifer Melânia 

 

Quando a chuva cai

ladeira abaixo 

Descendo em árvores 

Pulando em pontes

Deslizando em guardas chuvas

Banhando os meninos

Guardando as pessoas

Debaixo de tetos

Acendendo faróis 

Ligando parabrisas

Calando os pássaros

Despejando tinta no mundo

....a mulher, atrás  das vidraças, 

Recolhe a paisagem

E as guarda para o Verão 

 

"Tão simples quanto o dançar  das folhas outonais, tão grande quanto o Sol no deserto, tão  pequeno quanto grão  de areia, tão humano em dias de solidão" 

 

 

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Nasce o poeta, bem simples

 

 

 

 

Por Jennifer Melânia

 

Faz  tempo, muito tempo em que

dentro da vida, outra vida nascia

Nem sabia, nem entendia...

Eram os olhos a tingir o mundo

Dentro de outros mundos

 

Era bem simples igual voar com as borboletas

Riscar com os pés o chão até sentir cócegas

E virar o mundo de cabeça para baixo

Esvaziando os risos ao vento

 

Era bem simples igual tocar o céu dentro das águas

Enquanto o balde se enchia para ser carregado nos braços

Deixando as casas tortas e os pássaros escorregando nos fios

E a menina sendo regada em suas raízes

 

Vingou, com forças de águas e de natureza

Nos verdes tropicais, nas quaresmas, nos cerrados

No virar da ampulheta cresceu, cresceu

e nas primeiras letras, eis que espirrou

 

Tossiu e enfim nasceu tímida(mente)

em poças d’água um barquinho navegou

carregando na proa a lua, o poeta

e dentro desta água se vão (nem ao céu

nem ao mar) apenas em versos navegar

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Sem correção (extraído num sopro)

Vai pela metade os sonhos

Ao toque do piano, nas teclas do tempo

Se me permito espiar o caminho

Vejo ao longe um romper de oportunidades

As flores plantadas exalam ternura

Se me permito ouvir a música 

É  um convite a dançar, deslizando alegria,

Nos pés  descalços  das pré ocupações 

Assim sigo leve neve que se deita na terra

E se derrete de coração  aquecido

Se me permito carrego meu sonho

Na pétala  do sol que se estende

Abrilhantando a vida

Ainda é  cedo e o sonho veleja em mim.

 

Por Jennifer Melânia 

 

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Perder-se no dia

 

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Por Jennifer Melânia

Perder-se no dia

 

Foi assim o dia resolvido ou remoído

quis outrora a arte pura...nela banhar-me

e envolver a vida, porém os fios do dia se tecem

já no preparo do café, sentindo  o sabor da manhã

 

faz parte  lavar as mãos... em louças e panelas

enquanto  escorrem os pensamentos no aparador

um pouco mais  a ânsia se afoga em aceboladas lágrimas

chorar assim enquanto o meio dia não vem são fios

 

os versos refogados, cozinhados entre o baião de dois

provo o gosto do fim da manhã no caldo do feijão

agora as palavras saciadas de sabores...

ainda vou afogá-las no tanque, esfrego as mágoas

 

...as nódoas. Uso o saponáceo do lavandeiro

perdoo a natureza por fazer-me tão frágil

as horas avançam para o crepúsculo e no varal

estão presas às vontades, expostas em meus olhos

 

...as cores e os cheiros se balançam, há magia

não quero mais escrever, quero sentir 

encher-me, enquanto há em mim correntes

desfio cada gomo do dia nesta procissão

  

 

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O tempo fora do relógio

 

Por Jennifer Melânia

 

O tempo fora do relógio

 

Cedo ainda ao desejo, de calar a voz

e nela betumar os meus silêncios

digo apenas o salutar a existência

e espio as portas abertas da vontade

 

mas, fico neste meu fazer metafórico

de imaginar a quê venho e a quê vou

se existo dentro deste cenário meu

nele tenho sabores, e tenho apreço

 

meu tempo fora do relógio, é a vida

nela a base das vozes...do caminhar

dos valores impagáveis, observo

e, a meu jeito, ajeito as palavras

até que as desatem por aquelas... portas

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Novas (Saudosistas)

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Por Jennifer Melânia

 

Novas (Saudosistas)

 

é chuva...iluminando os entretons da vida

minhas vidraças molhadas, as lembranças

lá na infância acercaram-se, vejo as águas abrindo veios na terra

e nos veios a folhinha encharcada e indefesa, indo sem protesto

ladeira abaixo, no volume da enxurrada...

abrindo caminho, no vai e vem das águas.

não há pedras no caminho, não há mãos que a segurem

do gravetinho a folhinha (tudo corre, tudo passa)

meus olhos navegam neste dia, quantas águas se foram

quantas folhinhas passaram, deixando o caminho vazio

lá, onde não sei o nome, as folhinhas se abraçam

preenchendo outros lugares, procurando onde se aninhar

lá, aguardam o sol, um dia quente de aquecer o coração             

lá, um dia, a brisa as levará para outras paisagens

se são as mesmas, quem sabe?!

 

 

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Abrevi-ações

 

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Por Jennifer Melânia

 

Abrevi-ações

 

Mais tarde, fora do relógio do tempo

e quem sabe de licença a musa

no uso de minhas atribuições não poéticas

descreva minhas abrevi-ações em pauta

 

-jaz em mim uma veia pulsando-

 

aconselho, não se turbe vosso pensamento

quem te escreve lamenta a complexidade

e por haver em mim os tempos, as estações

as fases da lua, as mitologias, as crenças

e um tanto mais de tudo um pouco

que me repreendo ao deixar está ponte erguida

 

-jaz em mim um rio- vontades

 

pulsa agora em minhas entranhas

estranhas formas de ser poeta,

nem gente, nem agente da barca,

que vai abarcar todos nós,

em semelhantes, silencia a voz

 

-jaz em mim multiplicidade-

 

que ouço em dizeres dançantes 

escorregando no arco íris dos meus olhos

sorrindo dentro de mim, sussurrantes

ecoando cada verso meu, nos cantos

dos pássaros, descendo a ladeira do mundo

 

-jaz em mim recantos-

 

adentrando as janelas das almas

assim deixo erguida a ponte...

quem sabe quando o relógio do tempo

não bater mais, eu volte...e traga as abrevi-ações

 

-jaz em mim esperança- 

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Aldeia

 

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Por Jennifer Melânia

 

Aldeia

 

Uma tenda, abrigo de um amor

Um sol que adentra as frestas do sentimento

Cantos varridos, sem lembranças

Mistérios nos encontros dos olhos

Desvio de padrão nas cores do céu

Onde havia lençol estendido

Apenas a luz faz nuances de cores

Ausência de um tudo antes feito

Outro mundo talvez...outras tendas

Quem sabe, mudo os móveis de lugar

Quem sabe, naqueles cantos coloco flores

Quem sabe, quebre os padrões celestes

E ajeite o corpo sobre o lençol

Enquanto a luz se faz brilhar em outros olhos

Enquanto ribomba o amor das tendas

Enquanto a aldeia está sob o luar

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Apressada-mente  

 

 

Por Jennifer Melânia

 

Apressada-mente

 

Meu papel office 7

Despertou olhares

Mais nobre que sulfite

Onde escrevi horrores

De control C com caneta big

Não de grande, big de fama

Meus escritos calejavam os dedos

Mas, não sofria de “dedite” erros meus

Como hoje no tamborilar de palavras

A dor me apressa, me arrasta

Para um the end ainda precipitado

Deixo acontecidos de fora

Por dentro da memória rabiscada

Camadas superficiais da palavra

Que dá sentido transitivo a vida

Sem complemento não colo imagens

As ilustrações na caixa de pandora

Incógnitas criptografadas no PC

Parte complexa do meu olhar

E lá ou cá ficam despedaçadas

As garruchas do meu office7

Tenho este papel de suma

 “desimportância”

Escrever... 

 

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Resgates

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Resgates

 

Quando faltam serventia as mãos

as coloco a dedilhar palavras

quando  escapam os originais do dia

os coloco em resumo de joelhos

quando abro os olhos noturnos

os ilumino das ideias insones

quando a cesta se põe vazia

venho com o pão nosso de cada dia

e de quando em quando faço poesia

por não ser as mãos sem serventia

desafogo os versos das redondilhas

vem de quando em quando esta rebeldia

 

Por Jennifer Melânia

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Se...

folhas caindo

Se...

 

Se o grito fosse alto

se o cordão fosse cortado

se o papel fosse vivido

se as pernas me levassem

as ternas alegrias do coração

se o suspiro revelasse o alivio

de ser poeta...

se em sopro o dó trouxesse sol

num reluzir de tons iluminasse

os olhos ainda apagados

em busca do caminho certo

se ando por tantos lugares

se fecho as portas ao incauto

não é por recluso desleixo

é por aventurar  formas ao poema

a elas sim devo reverência 

o que de fato sei se fujo nos sentidos?

e olho a fundo este não profundo

dito as escuras, em umbrais de seda,

a farfalhar minha atenção

se tanto faço também desfaço

um puxar de linhas...é só

 

Por Jennifer Melânia

 

 

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Voar é para pássaros

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no céu as lanterninhas

não se apagam

elas vigiam o poeta

cuidam para que não falte

luz aos versos nascituros 

se não é isso amor

não sei o que é???

 

Presente diário

o céu nosso de cada dia

meu sei que é?

 

À noite 

estrelas brilham

de dia...

vaga lume vaga

 

 

árvore é extensão de homem

não vê nela um menino sentado?!

 

minhas raízes de certo são celestes

me sinto mais assim do que terrestre

 

 

neste caramujo universo

estou em voltas

envolta  de naturezas

 

 

 Obs: Não é poesia

é tecido de olhares

curtido na madrugada

 

 

Por Jennifer Melânia

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CPP