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Conto — Nas Margens do Ponto Cego

Nas Margens do Ponto Cego

Na ponta da caneta, ou seja, seguindo o dicionário, "Ponto Cego" é um substantivo masculino. 

E na oftalmologia é uma pequena área da retina em que não existem receptores de luz.

Também conhecido como escotoma.

Como o nome diz, é uma área dos olhos que pode perder um pouco da visão.

Entretanto, do lado figurado vou usar nossos coleguinhas em um mini conto.

“Borrachita poeta, tinha uma visão aguçada para os detalhes, quase uma perspicácia artística.

Ela enxergava beleza nas coisas mais prosaicas: 

Uma folha caída, a luz suave da manhã, o som da cidade ao longe.

Contudo, havia um "Ponto Cego" em seu coração. 

Não era uma falha na sua visão literal, mas uma ausência de percepção quanto ao amor.

Lapisito, também poeta, seu companheiro e amigo de longa data, observava-a com enlevo. 

Sempre por perto, sempre atento, mas invisível na sua afetividade, como uma quimera que ela não podia captar. 

Ele sabia que Borrachita era uma mulher de idiossincrasias complexas, mas sua sagacidade falhava quando se tratava de ler as emoções humanas mais sutis.

Por outro lado, a ambiguidade de suas interações fazia com que Lapisito hesitasse. 

Ele vivia, nesse ciclo, uma sensação constante de

— déjà-vu —,

tentando quebrar o estigma de ser apenas o amigo. 

Mas suas tentativas sempre pareciam ser eclipsadas pela própria incapacidade de Borrachita ver além de seu amor.

Até que, um dia, com a coragem inspirada pela luminescência do crepúsculo, Lapisito se declarou. 

Borrachita, ao ouvi-lo, passou por uma súbita metanoia — uma transformação interior. 

"Como pude ser tão cega?".

Pensou.

O ponto cego finalmente se desfez.

"Finalizando e refletindo, às vezes, o que não enxergamos está bem diante de nós, esperando apenas o momento certo para se revelar.”

Fim!

Que nosso querido 

— Deus —

 te abençoe ricamente tua e tua casa.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução! 

#JoaoCarreiraPoeta. — 23/10/2024. — 15h33 — 0475 —.

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Tartamudear: O Amor Entre Palavras Hesitantes

— Minha doce Márcia Karapuça, hoje vamos descrever um vocábulo meio estranho. 

— Tartamudear —.

— Sim, mestre, é um verbo intransitivo e tem alguns parceiros familiares como: 

“Gaguejar, titubear, balbuciar, bodejar, embrulhar, entaramelar, gaguear, tartamelar, tartarear, tataranhar, titubear, tremelear…”

— Márcia, minha bela poetisa, que família gigantesca! 

— Sim, amado mestre!  Entretanto, o conto que vou contar é bem interessante:

“Tião poeta era um homem de palavras, mas quando se aproximava de sua amada, o vocabulário lhe escapava de maneira atabalhoada. 

Tartamudear era a sua sina.

A paixão exacerbada que sentia fazia com que seus pensamentos, normalmente coesos, se esmiuçassem como pequenos grãos de areia no vento. 

Capitaneado pelas emoções, ele tentava falar, mas o resultado era um balbuciar enfático e esganiçado, como um lábaro que tremulava ao sabor do vento.

Sua amada, por outro lado, achava esse jeito inusitado de Tião poeta simplesmente apaixonante. 

Enquanto ele, parado nos peitoris da dúvida, tentava articular suas palavras, ela sorria. 

As garras da paixão eram evidentes, como se o amor tivesse retro-alimentado o nervosismo do poeta, fazendo com que ele tartamudeasse ainda mais.

"V-você é... incrível!" 

Ele dizia, em frases que pareciam desenrolar-se em flancos curtos, como um plasmático estudioso de histologia, analisando cada movimento de sua amada.

Ela, então, pegou suas mãos e disse com um sorriso: 

"O que você tenta dizer entre suas palavras fragmentadas é mais doce do que qualquer discurso fluente."

O poeta Tião, com o coração leve, deixou escapar um suspiro aliviado. 

Ele não precisava mais ser perfeito em sua fala, pois havia entendido que o amor, na totalidade, é feito também das hesitações.

“Finalizando e refletindo mestre, o amor não exige perfeição nas palavras; ele cresce e floresce mesmo entre os tropeços.”

Fim!

— Sem palavras, sua graciosidade poética é sensacional! Márcia, a poetisa do extraordinário!

Mas, estou com uma pulga atrás da orelha. Esse Tião poeta, é quem estou pensando?

— Exatamente mestre! É nosso colega de poesias.

E aproveito para confessar que estou muito agradecida professor.

Poetizar com você é a cereja do bolo.

Portanto, que nosso querido 

— Deus — 

mesmo que tartamudeamos nos abençoe ricamente. Um forte abraço a todos.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!

#JoaoCarreiraPoeta. — 21/10/2024. 17h — 0474 —.

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12753204058?profile=RESIZE_710xOnde a Linguagem Mora e Aonde o Coração Vai

— Bom dia Márcia Karapuça, onde é um advérbio que indica o lugar em que; no qual: 

Onde coloquei minhas chaves? Certo? E aonde, o que seria?

— Professor, é um prazer estar com você e, aonde, também é um advérbio que expressa uma direção específica, num lugar conhecido:

Aonde você vai mestre?

— Você gosta de contar história, Márcia? 

— Sim! Meu amado professor!!!!

E tenho uma bem legal nas bocas de meus dedos:

"Certa manhã, os poetas Lapisito e Borrachita estavam sentados à beira do lago, discutindo algo inusitado: 

A diferença entre onde e aonde

Borrachita, com seu ar poético e apaixonado, sempre via nas palavras um mistério a ser desvendado. 

— "Lapisito, 'onde' é lugar, fixo, parado. Mas 'aonde'… aonde carrega o coração que se move, que busca algo além!"

Ela disse, com os olhos brilhando.

Lapisito, mais pragmático, sorriu. 

— “Então, se eu te perguntar onde está o meu coração, ele estaria aqui, ao meu lado. 

Mas se eu perguntar aonde ele vai, certamente te seguiria por qualquer caminho que escolher.”

Borrachita sorriu, achando graça da simplicidade de seu amado. 

Onde estávamos, era importante. 

O amor tinha raízes no presente, naquele instante ao lado do lago. Mas aonde queríamos ir… 

Ah, isso era um mistério! 

A jornada dos corações é sempre incerta, e talvez seja isso o mais bonito.

Lapisito suspirou, encantado com tanta sabedoria, vendo o vento brincar com os cabelos de sua amada.

“Seja onde for, ou aonde vamos, o importante é que a gente esteja junto.”

— Sensacional Márcia, você é mágica poetizando. E aí está, uma bela reflexão: 

“Às vezes, o mais importante não é saber onde estamos ou para onde vamos quando desaparecermos, mas quem está ao nosso lado na presente jornada.”

— Professor, estou amando poetizar ao seu lado. Que nosso querido

— Deus —

nos abençoe ricamente. 

Um forte abraço a você que acabou de ler.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!

JoaoCarreiraPoeta. 21/10/2024. — 18h — 0473 —.

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Crônica — A Disciplina do Amor Que Arvoreja

A Disciplina do Amor que Arvoreja

Lapisito sempre acreditou que a vida era uma balalaica, cheia de cordas para afinar. 

Ele amava a disciplina tanto quanto amava Borrachita, sua musa que florescia ao seu lado. 

"O amor é um sentimento sublime, mas é como fogo que arde sem se ver."

Pensava Lapisito enquanto tentava dominar a arte de manter suas paixões e responsabilidades em perfeito equilíbrio.

Porém, a vida não é tão concisa. 

Com o tempo, nosso personagem percebeu que sua relação com

Borrachita recrudescia como as árvores que não são podadas. 

Arvorejar é bonito, mas sem disciplina, os galhos se entrelaçam em caos.

Feérico, esse amor começava a se esmaecer.

Outorgar disciplina ao amor era um desafio, mas sobretudo, essencial.

Lapisito, começou a entender que a vida precisa de podas e ajustes, assim como uma balalaica precisa de afinação constante. 

Portanto, ele decidiu recriar a rotina com Borrachita, de forma lúdica, sem perder a magia.

Finalizando:

"O amor, como o conhecimento, precisa de disciplina para florescer.

Aqueles que a rejeitam podem acabar se perdendo no caos do crescimento desordenado."

Fim!

Um forte abraço meu amigo e minha amiga, que nosso querido

— Deus —

nos discipline e abençoe ricamente nós e nossa casa.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!

#JoaoCarreiraPoeta. — 20/10/2024. — 17h — 0472 —.

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Sobretudo: O Todo do Tudo Nas Entrelinhas

— Professor, tem dez dias da última postagem sobre vocábulos.

Não acha muito tempo?

— Márcia!!! A poetisa do extraordinário, você por aqui?

Quanta honra, mas quanto à sua pergunta, pode ser que sim, pode ser que não, ou seja, entre uma letra maiúscula e um ponto final, vamos diversificando.

Desse jeito, não caceteamos ninguém!

Arrepia Márcia! Hoje é sua estreia! Haja visto ter um advérbio para ti descrever!

— Eu gosto desse vocábulo mestre, o Sr. Sobretudo não é apenas um casaco pesado para os dias frios, mas também uma palavra que carrega consigo o peso de tudo o que é mais importante. O essencial. 

Vagueando por entre as linhas da vida, podemos nos perder nos detalhes, ziguezagueando entre escolhas e desilusões. 

No entanto, há momentos em que o 

"sobretudo" 

se revela, desnuda nossos medos e mostra o que realmente importa.

— Que estranho Márcia, parece que estou ouvindo o Juão Karapuça falando. Continue! Está fantástico!

Obrigado professor, deve ser a convivência com Juão.

Mas, continuando, em meio às agruras do cotidiano, onde a vida parece uma invasão de prerrogativas sem fim, o 

"sobretudo" 

é a força que nos sustenta, o arcabouço que nos mantém de pé.

Enveredando por caminhos excêntricos, entre contos e encantos, o poeta neófito busca seu lídimo propósito, descobrindo que o todo está nas entrelinhas, ou como dizem:

"O todo do tudo do seu nada."

"Figurinha repetida não completa álbum mestre",

já dizia um velho aforismo, pois, vida é feita de novas experiências. 

O protagonista dessa história, arfando de tanto viver, se dá conta de que, além do óbvio, o que verdadeiramente permeia nossas escolhas é o amor, o afeto, o mote lírico da existência. 

Me parece importante dizer que essa é a razão pela qual seguimos em frente: 

O desejo de encontrar o que realmente importa, o "sobretudo" da vida.

Refletindo e finalizando professor: 

“Sobretudo é o que nos define no fim, a essência que permanece quando tudo o mais se perde.”

Fim!

— Caracas, Márcia, você é melhor que Juão Karapuça, você é fantasticamente poética.

— Gratidão, professor! Que nosso querido

— Deus —

nos abençoe ricamente, principalmente, você que acaba de nos ler.

Um forte abraço.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!

#JoaoCarreiraPoeta. — 20/102024. — 22h — 0471 —.

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Crônica — Dia do Poeta

Dia do Poeta

Como é bom ser poeta! 

Eu tenho certeza que é um privilégio capitanear o barco das palavras

e navegar por mares de sonhos e realidades. 

O poeta, com sua visão introspectiva, enxerga além do óbvio, nos pontos cegos da vida,

onde o comum não ousa olhar. 

Ele sabe que a poesia é um paradoxo, pois não dá para separar o que é real dos sonhos,

já que o poeta vive de ambos, de forma igualitária e sublime.

Cada dia na sua agonia, o poeta escolhe seu protagonismo, enfrentando a vida com sua resiliência,

escrevendo o que muitos não têm coragem de verbalizar. 

Ele dança com as palavras, tanto quanto quem conduz o ritmo da brasilidade, em uma coalizão de sons, significados e sensações. 

Relativizar a dor, transformar a alegria em verso,

o poeta sabe que nenhum sonho acaba, ele se transforma em mais uma rima, em mais uma linha.

Com o todo do tudo do seu nada, o poeta constrói mundos onde o sol, a lua e a terra são metáforas para o tempo que se desdobra entre o ontem, o hoje e o amanhã. 

Seu arroubo juvenil se mistura com a sabedoria de quem teoriza sobre a vida,

ando devagar, pois já tive pressa, ele sussurra, sabendo que a poesia é paciente e perene.

"Portanto, feliz dia dos poetas, os artífices das letras que fazem o mundo girar em versos e sonhos!

Um forte abraço a todos os poetas e que, nosso querido

— Deus —

os abençoe ricamente!

#JoaoCarreiraPoeta. — 19/10/2024. — 21h — 0470 —.

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Conto — As Raizes Invisíveis do Amor

13111885059?profile=RESIZE_710xAs Raízes Invisíveis do Amor

— Eu sou Juão Karapuça, um poeta quase surreal e vou contar-lhe uma história quase real:

Certa vez, eu passeava com minha amada Márcia (a poetisa do extraordinário) no Swiss Park em Campinas...

Era uma tarde como tantas outras, mas algo no ar recrudescia, trazendo consigo uma sensação feérica, quase mágica. 

Meu amor por Márcia, sempre foi e é um sentimento sublime, mas é como fogo que arde sem se ver, invisível aos olhos, mas inegavelmente presente no coração.

Minha amada Márcia, por outro lado, olhava as folhas a arvorejar ao vento, incipientes promessas de um futuro que eu e ela desejávamos.

Márcia indagou-me se:

"Não era um mal afastar-se da verdade e, um bem nela, permanecer"?

Ela disse, quase como quem joga uma pedra na calmaria.

Eu, com um sorriso lúdico, respondi:

"Sobretudo, é a verdade que nos guia, porém, o amor é quem nos move."

E assim, entre um aforismo e outro, começamos a correr juntos, saboreando o vento que batia em nossos rostos e as pequenas coisas, como a música de uma balalaica distante, suave e envolvente. 

A beleza daquele momento, esmaecida, mas plena, estava justamente no que não era dito, mas sentido.

A cada passo, nosso amor arvorejava em raízes invisíveis, criando um laço conciso, mas imutável. 

Não precisávamos de palavras grandiosas, apenas de olhares cúmplices, de silêncios que falavam mais do que qualquer frase bem estruturada.

"Então veja," 

 Finalizando, Márcia murmurou: 

"O amor não precisa ser gritado, Juão; ele apenas existe. O amor verdadeiro não precisa de grandiosidades; ele é feito de momentos pequenos e silenciosos, mas que, como raízes, sustentam toda uma vida compartilhada. E assim, estamos juntos até hoje."

Fim!

Um forte abraço.

Que nosso querido 

— Deus —

 nos abençoe ricamente.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!

#JoaoCarreiraPoeta. — 18/10/2024. 19h — 0469 —.

 

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Crônica — A Arte de Fazer do Limão Uma Limonada

A Arte de Fazer do Limão Uma Limonada

— Mestre, eu estava caminhando pelas ruas do conhecimento, onde os paradoxos solfejam como uma canção silente, e de repente, me vejo refletindo sobre o velho dito popular: 

"Faço do limão, uma limonada". 

— Ah, Juão isso, não é algo trivial. 

Há quem veja nisso apenas uma apologia à resiliência, mas, contextualizando, é um símbolo da dualidade da vida.

— Eu concordo plenamente professor, pois, duas almas, machucadas pela vida, se encontram em um desses dias nublados, em que a suspensão dos sonhos parece iminente. 

Ela Borrachita, com seus olhos de suspeição, já não acredita mais no amor; ele Lapisito, lacônico, guarda no peito o peso de tantas desilusões. "

Entretanto, o sonho e o amor não envelhecem," 

ele murmura, tentando ressignificar a dor compartilhada.

Já era de certa forma esperado que essa troca fosse intensa.

Ambos traziam cicatrizes profundas, cada qual fruto de uma celeuma particular.

Mas o que seria inconcebível é que, ali, no meio das ruínas do passado, algo sui generis acontecesse: 

Eles riam.

Uma risada simples, quase compulsiva, diante da ostensiva ironia da vida.

"Portanto," 

Borrachita começou, tentando manter um tom conciso.

"Não é que o amor seja imutável. Ele é simplesmente coeso nas suas contradições." 

Lapisito, em contrapartida, esboçou um sorriso, como quem reconhece a beleza de um sonho não realizado. 

"Ressignificamos juntos."

Enquanto a chuva caía, e eles caminhavam sob um céu esmaecido, era impossível não teorizar sobre o que seguia. 

Alvíssaras? 

Ou uma nova batalha? 

"Decerto que, ele concluiu: 

"Fazer uma limonada do limão não elimina o azedo, mas torna a vida mais doce."

Refletindo bem professor, o azedo da vida é inevitável, mas com um toque de humor e um pouco de amor, até a maior das amarguras pode ser transformada em doçura.

Fim!

— Um excelente conto, com uma boa reflexão, parabéns Juão!

— Gratidão, professor, que nosso querido 

— Deus —

 adoce nossos dias. Um forte abraço. 

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!

#JoaoCarreiraPoeta. — 17/10/2024. — 15h — 0468 —.

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O Romance Cortante de Cebolita e Sra. Faca

— Juão Karapuça eu resolvi chamar-te, haja visto que a saudade não tem hora marcada.

Vem, vamos contar histórias!

— Professor, se arrependimento matasse, eu estaria morto, pois, foi um desastre poético ter nascido de sua mente!

— Mas, por que meu amado poeta Juão Karapuça?

— O senhor me chama a hora que bem entende, me usa, me abusa, depois me joga num canto como uma bola furada.

— Deixa de drama Juão e me conte esse romance que já estou com os meus olhos lacrimejantes!

— Professor, a sua sorte é que amo desesperadamente poetizar!!!

"Mas, numa cozinha distante, entre aromas e panelas, vivia-se uma relação que poucos poderiam compreender. 

A Sra. Faca, com seu brilho afiado, tinha uma obsessão elegante pelo trabalho preciso,

cortando tudo que lhe passasse pela lâmina. 

Ao seu lado, a humilde Cebolita, com suas camadas delicadas, era uma presença constante e doce, ainda que fizesse os olhos cheios de lágrimas da Sra. Faca se manifestarem a cada encontro.

"Então veja," dizia a Faca, num tom retórico, tentando se manter firme enquanto seus olhos ardiam. 

"É mais um elemento entre tantos outros, mas o que seria de mim sem você, Cebolita?"

Cebolita, sempre comovida pela situação, sorria, mesmo sabendo que, ao mesmo tempo, causava-lhe o tormento e a necessidade. 

"O nada era tudo," pensava ela, sentindo-se tanto quanto essencial e invisível. 

Cada corte era uma ode de sentimentos díspares: dor e paixão, precisão e emoção.

"Mas dito isso," continuou a Faca, "nossa dualidade me faz completa. Você ressignifica o meu propósito na cozinha, enaltece o que há de mais bonito no meu trabalho. 

Afinal, a beleza mora nos detalhes."

Cebolita, por sua vez, olhou para a Faca com doçura. 

Elas eram côncava e convexo, reverberando juntas como uma obra de arte.

Agora pense e reflita nisso:

"Até nas relações mais afiadas, há poesia em cada corte e emoção em cada lágrima."

Fim!

— Gostou mestre?

— Juão, mesmo parado, enferrujado, você como poeta continua afiado como a Sra. Faca.

Parabéns! Um ótimo conto.

Que nosso querido 

— Deus —

 abençoe a todos que lerem esse belo, afiado e lacrimoso conto.

#JoaoCarreiraPoeta. 17/10/2024. — 15h57 — 0467 —.

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Conto — O Mistério da Galinha Reluzente

13080210064?profile=RESIZE_710xO Mistério da Galinha Reluzente

Certa vez, na cidade dos “Cafundós” situada no Vale da Cegonha.

Sim. Exatamente na Patagônia.

  Vivia uma fazendeira, por nome de Dynyse que,

sob a égide de sua curiosidade, encontrou uma galinha, extremamente, peculiar. 

Ela era uma ave singular e bruxuleante, com penas douradas e prateadas que brilhavam sob a luz do encantado sol.

A galinha dourada, o contrário das demais galinhas,

que cacarejavam de forma canhestra, esta parecia carregar uma voluptuosidade implícita em sua postura aristocrática.

Um dia, para a surpresa da fazendeira Dynyse, a galinha botou um ovo de ouro misturado com prata. 

A fazendeira foi à Lua e voltou num suspiro!

Sua mente, até então limitada pelos estereótipos do campo, explodiu em um redemoinho de teorias. 

Como um artífice incognoscível, a ave tornara-se o centro de sua vida.

Ela não sabia como aquilo acontecia, mas pouco lhe importava. 

A pergunta era: 

— Teria eu encontrado uma fábrica ouro?

Deus está me abençoando, ou eu estou sob o manto dourado e prateado da sorte? 

Vociferou a fazendeira ao seu filho mais novo,

com a certeza de que achava ter encontrado a resposta para todos os seus problemas físicos e financeiros.

Porém, a ganância é uma hegemonia difícil de abalar. 

Dynyse começou a desejar mais ovos, e a paciência que antes possuía transformou-se numa indulgência insaciável.

Em sua obsessão, a mulher se tornou mordaz e impaciente,

questionando o ritmo da galinha, que não produzia ouro tão rapidamente quanto ela queria.

De repente ela decidiu, então, abrir a galinha para descobrir a origem do seu baú da riqueza e da felicidade. 

Entretanto, ao fazer isso, encontrou apenas um horizonte beijando o mar, um côncavo e um convexo vazio e sem qualquer brilho. 

A galinha, que era uma artífice do enigma, não possuía uma fábrica de ouro dentro de si.

O segredo estava no seu próprio ritmo e na harmonia com a natureza.

— Ah, barbárie... 

Lamentou a fazendeira babando uma baba bovina pelos quatro cantos da boca,

percebendo tarde demais a ambivalência entre desejo e paciência.

“Finalizando, a ganância devora o que deveria ser apreciado em seu próprio tempo. O que é sublime e misterioso na vida muitas vezes se perde na ânsia de possuir mais do que precisamos.”

Fim!

Um forte abraço, meu amigo e minha amiga, espero que tenha gostado e entendido. Que nosso querido 

— Deus —

 nos abençoe ricamente 

nos livrando da nossa ganância.

JoaoCarreiraPoeta. — 12/10/2024. — 16h — 0458 —.

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Poema — Ode à Cebola — Pablo Neruda.

Pablo Neruda, um dos meus autores preferidos. 

Uma verdadeira “fera” poética! 

Escreveu: 

Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias.”

Abaixo deixo para você degustar uma lindíssima Ode à Cebola. Autoria de Pablo Neruda.

Ode à Cebola

Cebola

Luminosa redoma

pétala a pétala

cresceu a tua formosura

escamas de cristal te acrescentaram

e no segredo da terra escura

se foi arredondando o teu ventre de orvalho.

Sob a terra

foi o milagre

e quando apareceu

o teu rude caule verde

e nasceram as tuas folhas como espadas na horta,

a terra acumulou o seu poderio

mostrando a tua nua transparência,

e como em Afrodite o mar remoto

duplicou a magnólia

levantando os seus seios,

a terra

assim te fez

cebola

clara como um planeta

a reluzir,

constelação constante,

redonda rosa de água,

sobre

a mesa

das gentes pobres.

Generosa

desfazes

o teu globo de frescura

na consumação

fervente da frigideira

e os estilhaços de cristal

no calor inflamado do azeite

transformam-se em frisadas plumas de ouro.

Também recordarei como fecunda

a tua influência, o amor, na salada

e parece que o céu contribui

dando-te fina forma de granizo

a celebrar a tua claridade picada

sobre os hemisférios de um tomate.

mas ao alcance

das mãos do povo

regada com azeite

polvilhada

com um pouco de sal,

matas a fome

do jornaleiro no seu duro caminho.

estrela dos pobres,

fada madrinha

envolvida em delicado

papel, sais do chão

eterna, intacta, pura

como semente de um astro

e ao cortar-te

a faca na cozinha

sobe a única

lágrima sem pena.

Fizeste-nos chorar sem nos afligir.

Eu tudo o que existe celebrei, cebola

Mas para mim és

mais formosa que uma ave

de penas radiosas

és para os meus olhos

globo celeste, taça de platina

baile imóvel

de nívea anêmona

e vive a fragrância da Terra

na tua natureza cristalina.

#JoaoCarreiraPoeta. — 17/10/2024. — 9h — 0466 —.

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Conto — Plufth e o Trânsito Feérico

Plufth e o Trânsito Feérico

Era um dia como qualquer outro, até que o pequeno Plufth, o cachorrinho, se deparou com uma situação inesperada: 

Os semáforos haviam deixado de funcionar, e o trânsito estava um caos.

"Não é um mal afastar-se da verdade e, um bem nela, permanecer?".

Ele pensou, filosofando como se fosse um sábio. 

A situação começava a recrudescer, as buzinas soavam como uma orquestra esganiçada, e a cidade parecia ter parado no tempo.

Porém, o que parecia um esmaecido caos logo foi organizado pela chegada de policiais. 

Com autoridade e outorga, eles acalmaram o trânsito, como se tivessem o toque mágico de transformar a confusão em ordem. 

"Basta seguir nossas orientações",

disse o policial, trazendo alívio ao pequeno Plufth, que observava as árvores ao redor arvorejando ao vento.

E assim, o dia voltou a fluir, como o fogo que arde sem se ver.

Afinal, a vida é lúdica, e sempre há uma forma de seguir em frente, mesmo quando o caos parece dominar.

Finalizando, às vezes, o caos é apenas um prelúdio para o equilíbrio.

Espero que você tenha gostado da minha segunda historinha infantil. Portanto, peço que o nosso querido 

— Deus — 

te abençoe ricamente tu e tua casa.

Um forte abraço.

JoaoCarreiraPoeta. —  15/10/2024. 7h — 0465 —.

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Crônica — Raízes de Amor, Asas de Sonho

Raízes de Amor, Asas de Sonho

“O amor que trago dentro do peito é a raiz que me prende à terra.”

Veemente em sua força, mas aleatório em seus caprichos. 

Ele é, de fato, um misto entre o côncavo e o convexo, ressoando o arquétipo de tudo o que é eterno e passageiro. 

Reitero, o amor não é anódino, tampouco parvo (diria eu),

pois ele resigna até o mais prático dos corações a se render ao inesperado.

Entretanto.

Há momentos em que o coração, repudiado por uma paixão não correspondida, tenta escapar dessa força que o enlaça. 

Porém, o amor é uma dualidade; ele arrefece e aquece, é o todo do tudo do seu nada. 

Portanto, simplesmente, a beleza mora nas entrelinhas desse sentimento, reverberando nas pequenas ações.

No entanto, é de fato possível, e até factível, encontrar no amor uma fonte de risos e reflexões. 

Deem-me uma oportunidade, e amarei como nunca.

Finalizando, o amor é tanto raiz quanto asa, e nos faz rir das quedas enquanto nos impulsiona a voar mais alto.

Fim!

Que nosso querido 

— Deus — 

faça teu amor criar profundas raízes nas terras fecundas de teu coração.

Um forte abraço.

JoaoCarreiraPoeta. 15/10/2024. — 8h — 0464 —.

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A Magia de Ensinar: Uma Oração Aos Mestres

Eu não sou bom em fazer homenagem, mas vou tentar homenagear esses queridos mestres:

“Ser professor é uma arte pulquérrima e indiscutível,

sobremaneiras repleta de desafios, mas, acima de tudo, de milhões de aplausos. 

Esses mestres das palavras e das ciências cunham o futuro, empoderados em suas missões de ressignificar o mundo. 

Eles são notabilíssimos na sua lisura, conduzindo com diplomacia o caos juvenil a novos horizontes.

Obviamente, não é tarefa fácil. 

Porém, os professores sabem que o imponderável é parte do processo,

e, dito isto, enfrentam a jornada com parcimônia e sabedoria. 

Tanto é que, em suas mãos, até o mais resistente aluno se transforma, saindo do limbo do ostracismo para o esplendor do conhecimento.

A profissão pode até ter se vitimado em momentos de descaso, mas nunca perde sua força, sobretudo porque é ela quem define o caminho de todos os outros. 

É a porfia constante desses educadores que faz o impossível parecer possível, quiçá até mágico. 

Enleados em teorias, sobre perspectivas, os professores constroem, verbalizando o futuro, tanto quanto moldando os corações.

E o que seria de nós sem essa gente sensacional,

que sabe que o conhecimento não é um fim, mas uma viagem eterna? 

Decerto que não haveria brilho. 

Portanto, a eles, milhões de aplausos e nosso eterno agradecimento!"

Fim!

Um forte abraço a todos os professores do mundo e que, nosso querido 

— Deus — 

os abençoe ricamente.

JoaoCarreiraPoeta. —  15/10/2024. — 15h — 0463 —.

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Mini Crônica — A Arte de Falar Com Parcimônia

A Arte de Falar Com Parcimônia

"A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita ira." 

Ah, o poder de uma palavra bem colocada! 

Como um artífice habilidoso, a fala suave ressignifica qualquer tempestade emocional. 

Quando alguém solta suas iras jactanciosas, acreditando na preeminência de suas palavras, a resposta delicada traz uma paz primaveril, quase uma epifania em meio ao caos.

Por conseguinte, a palavra branda é como um jardim de flores pueris, desarmando o coração. 

A ira, por outro lado, é um campo de batalha onde o fogo queima sem controle. 

Entretanto, é na idiossincrasia de cada um que encontramos as melhores tratativas, pois a comunicação difere, inexpugnável e, muitas vezes, inescrutável.

Portanto, a sabedoria está em escolher com parcimônia o que se diz.

Entretanto, lembre-se: 

“O que ressoa de forma suave tampouco será esquecido, pois sempre traz a chance de uma nova reminiscência de paz e entendimento.”

Aproveite que nosso querido

— Deus —

está te abençoando, portanto, se amanse.

Um forte abraço.

JoaoCarreiraPoeta. — 14/10/2024. —  16h — 0462 —.

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Crônica — O Brilho Que Jamais Se Apaga

O Brilho Que Jamais Se Apaga

"Se você tem luz própria, jamais se perdera ao longo do caminho." 

A sua luminosidade, capitaneada por suas paixões, não se deixa banalizar pelo óbvio. 

Mesmo nos momentos em que tudo parece atabalhoado, com as emoções esmiuçadas e os corações correndo esganiçados pela vida, essa luz permanece firme. 

É uma chama que, nas garras da paixão, se torna simplesmente apaixonante, aquecendo os dias e as noites.

Entretanto, não pense que essa luz vem sem esforço. 

Às vezes, é como um flanco protegido de um vento frio, sustentada por um conluio secreto entre o coração e a alma. 

Portanto, cuide de sua própria centelha, não deixando que a rotina retro-alimente a escuridão.

E mesmo quando os dias parecem cinzas, lembre-se: 

A sua luz interna é inconclusa, mas inédita, lúdica, e pronta para iluminar o mundo, especialmente nos momentos em que o inusitado surge nos peitoris da vida!

Fim!

Um forte abraço, não deixa que essa chama se apague, ou mesmo enfraqueça!

Que nosso querido 

— Deus — 

te abençoe ricamente tu e tua casa.

JoaoCarreiraPoeta. 13/10/2024. — 17h — 0461 —.

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A Arte de Ser Melhor Que os Melhores.

“Portanto, junte-se aos ótimos e serás melhor que eles.”

 E assim, começa a jornada de quem deseja transcender o comum em busca do extraordinário! 

O segredo? 

Não é escamotear o esforço, mas concatenar ações e sonhos com a leveza de quem sabe que a perfeição é uma quimera. 

De quando em quando, é bom lembrar: 

Que os estereótipos são como véus a serem rasgados, e o verdadeiro artífice da grandeza é aquele que desafia a hegemonia do status quo com um sorriso brejeiro e um coração apaixonado.

Entretanto, essa busca não é isenta de desafios. 

Indubitavelmente, será uma travessia imensurável, mas mitigar as dores do caminho faz parte do jogo. 

Portanto, não se apoquente se, de quando em quando, te sentires como em um 

— déjà-vu —  

auspicioso. 

O importante é lembrar que a sapiência não está na chegada, mas em como encadeamos os passos rumo a essa supremacia que permeia nosso desejo de estar entre, ou ser o melhor.

Medite, nessa reflexão!

Um forte abraço. Que nosso querido 

— Deus —

 te abençoe ricamente, tu e tua casa!

#JoaoCarreiraPoeta. 13/10/2024. — 13h — 0460 —.

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Mini Crônica — O Sopro Leve da Liberdade

O Sopro Leve da Liberdade.

“Liberta-te de ti e depois do restante.”

Mas faz isso, com a leveza de quem sente o vento farfalhar nas folhas ao amanhecer.

Não precisa ser uma revolução mega, power ou super,

mas sim um gesto pequeno, amiudamente praticado, como quem galhofa com o destino, rindo da própria seriedade.

É um caminho portentoso, mas cheio de sutilezas.

Amiúde, ressignifica o que te prende, deixando para trás o que já não te serve, com a parcimônia de quem escolhe cuidadosamente.

Portanto, não precisas correr, no entanto, se fores apressado, perderás o que é belo.

Entretanto, há sempre tempo para recomeçar, sobretudo quando o coração encontra o ritmo certo.

Decerto que, no fim, será mais leve.

Isso porque a liberdade, quando verdadeira, faz tudo fluir.

Isso é um fiapo de crônica, porém feita de coração.

Que nosso querido

— Deus —

nos abençoe ricamente.

JoaoCarreiraPoeta. 13/10/2024. 16h12 — 0459 —.

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Contos — A Festa Feérica da Formiga e da Cigarra.

A Festa Feérica da Formiga e da Cigarra.

Num campo distante, onde as folhas arvorejavam em tons de esverdeado feérico,

viviam a formiga e a cigarra. 

A formiga, incipiente em sua jornada, era concisa e metódica,

sempre carregando seu peso com a dignidade de quem conhece o valor do trabalho. 

Já a cigarra, sempre com sua balalaica invisível, cantava ao vento, com sua voz esmaecida, mas cheia de encanto. 

Ela via o mundo como uma dança, um jogo lúdico que valia mais pelo agora do que pelo depois.

Assim, perguntou e afirmou a formiga, recrudescendo sua teimosia.

— “Não é um mal afastar-se da verdade e, um bem nela, permanecer?”

O trabalho é o único caminho ao futuro.

Retorquiu a cigarra, rindo como um fogo que arde sem se ver.

— E o amor? 

O amor é sublime, como o canto que me escapa.

Portanto, trabalhar é importante, no entanto, cantar é viver!

— Mas isso por quê? 

Por o amor ser como o verão, feérico e breve, sendo preciso sentir antes que o inverno chegue?

Indagou a formiga, perplexa.

Entretanto, o inverno chegou, como já era de certa forma esperado. 

A formiga, em sua casinha, alimentava-se do que armazenara, enquanto ouvia, ao longe, o som da cigarra, agora mais fraco, quase incipiente.

Porém, algo novo, simplesmente nasceu ali: 

A formiga aprendeu que, entre o trabalho e o canto, há um equilíbrio a ser encontrado.

Haja visto que, mesmo no silêncio do inverno, o canto da cigarra reverberava em sua memória. 

Decerto que, na primavera, ela convidaria a cigarra para cantar enquanto trabalhavam. 

Afinal, o segredo não está em uma escolha, mas na beleza de alternar entre as duas danças.

“Resumindo: o equilíbrio entre o trabalho e a alegria é o segredo para viver plenamente. Não basta apenas armazenar para o futuro, é preciso cantar enquanto caminhamos, pois a vida é feita tanto de esforço quanto de momentos de leveza.”

Fim!

Espero que você, que acabou de ler, mesmo sendo uma criança adulta, tenha gostado.

Portanto, aqui fica meu abraço.

E que o nosso querido 

— Deus —!

 Nos abençoe ricamente.

#JoaoCarreiraPoeta. — 12/10/2024. — 14h — 0457 —.

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A Analogia: A Ponte Entre o Tudo e o Nada

— Juão, hoje vamos tentar descrever mais uma figura de linguagem com a ajuda de dois amigos nosso.

O Sr. Lapisito e a Sra. Borrachita.

— Já estou a digitar professor!

Lapisito, era um poeta que vivia tentando explicar o amor, mas sempre esbarrava na inefável dificuldade de colocar em palavras algo tão vasto.

Ele decidiu então recorrer à analogia, essa artífice mágica que constrói pontes entre o que é e o que parece ser.

Ele era apaixonado pela elástica Sra. Borrachita.

“O nosso amor está para a vida, assim como a luz está para a escuridão.”

Começou, sua voz cheia de volúpia, como quem revela um segredo. 

“O frio é para o inverno, o que nosso amor é para nossos corpos.” 

Completou o poeta.

Sua amada Borrachita não se conteve e sorriu, achando a comparação um tanto lúgubre. 

— Lapisito, frio, inverno? Não é meio... fúnebre meu amor?

— De forma alguma!

Insistiu o poeta Sr. Lapisito, o esgar de empolgação crescia em seu rosto. 

— A analogia não é uma verdade, mas uma maneira de ilustrar o inexpugnável.

Ele prosseguiu, comparando o amor a tudo que via: a coesão de uma coalizão de sentimentos, a visceral sensação de

déjà-vu

quando se reencontra alguém especial. 

“O amor é como uma cidade cosmopolitana, cheia de encontros, desencontros, ruas e vielas misteriosas.”

No entanto, Borrachita não se deixava convencer. 

— Mas o amor é muito mais que isso, Lapisito.

— Sim, tampouco a analogia é perfeita. 

Porém, como um vaticínio, ela aponta direções para entender o incompreensível.

Finalizando professor, decerto que entre explicações e analogias, o poeta Sr. Lapisito e Sra. Borrachita perceberam que o amor, como a analogia, não tem dogma nem ortodoxia. 

É uma constante tentativa de eclipsar o abismo entre o que sentimos e o que podemos dizer.

Fim!

— Sensacional Juão! Ficou ótima essa figura de linguagem analógica.

Um forte abraço a você que nos lê e que nosso querido

— Deus —

nos abençoe ricamente.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!  

JoaoCarreiraPoeta. — 11/10/2024. — 11h — 0456 —.

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