Crônica — O Inigma De Um Bilhete

O Enigma De Um Bilhete

— Bom dia professor, tudo bem? Como está a sua luminescência? 

— Tião, meu amigo e companheiro! Nunca estive tão bem.

Há certos momentos em nossa poética vida que não devemos dar tanta importância.

Campinas amanheceu poeticamente mais linda do que nunca, portanto vamos contar histórias.

— Já arregacei as mangas de minha camisa mestre. Eu amo olhar e falar com as estrelas e melhor fica se tiver um enigma:

Mestre, era uma manhã primaveril (como essa de Campinas), dessas que o ar parece estar carregado de reminiscências, e o jardim ao redor vibrava com cores pueris e fragrâncias sublimes. 

Enquanto isso, Borrachita segurava nas mãos um pequeno bilhete,

lacrado e misterioso, que parecia ser algo mais do que um simples pedaço de papel. 

Nossa personagem era e é poetisa e das boas e sua idiossincrasia romântica sempre a levava a teorizar sobre a vida, buscando significados em detalhes que para outros poderiam parecer insignificantes.

Pelo tamanho do papel o bilhete não dizia muito,

talvez algumas palavras, uma frase cortada, mas o mistério era irresistível. 

No entanto, professor, havia algo inexpugnável naquele pedaço de papel, um segredo inescrutável que clamava por ser desvendado. 

Borrachita sempre fora uma mulher de tratativas internas complexas,

com uma predileção pela parcimônia e pela observação do que difere da norma, e esse bilhete parecia ter sido transladado diretamente dos sonhos.

— Tião, quanto mistério em torno de um pequeno pedaço de papel?

— Vai vendo mestre!

No entanto, ao tentar decifrar o conteúdo, a preeminência da dúvida tomava conta.

Era um convite para uma aventura, um pedido de amor ou uma simples brincadeira jactanciosa? 

A epifania viria? 

Mas, particularmente, Borrachita sabia que o amor era um terreno imprevisível,

onde até os estereótipos falham em categorizar. 

Portanto, e por conseguinte, ela decidiu ressignificar o bilhete como o início de uma nova fase, algo que o destino jogava em seu caminho de forma súbita.

Enquanto ela se perdia em suas reflexões, o Sol já brilhava no céu, e as horas avançavam. 

Havia, contudo, uma predominância de esperança em seu peito. Quem seria o artífice por trás daquele bilhete? 

Não era o conteúdo explícito, tampouco o enigma que ele trazia, mas o que ele representava: a possibilidade de algo novo. 

“Será que devo monetizar essa emoção?”

Borrachita pensou com humor, rindo da ideia de que o amor pudesse ser medido em ganhos e perdas.

E enquanto o bilhete permanecia em suas mãos, a vida seguia seu curso homogêneo. 

O sentimento difuso de ansiedade começava a ser ressignificado em algo mais doce, mais leve. 

Nossa personagem compreendia que nem todas as respostas precisavam ser descobertas imediatamente.

Algumas eram melhores que fossem deixadas no reino da imaginação.

Portanto, professor, decidida, guardou o bilhete no bolso.

Porém, a curiosidade foi maior, com um sorriso no rosto, enquanto as estrelas cintilavam no céu, Borrachita abre o bilhete.

Lendo o escrito no pedaço de papel, Borrachita sorri e chora:

“Meu amor, você é mais que uma borracha, você é o tudo do nada que já tive, nossos sonhos e nosso amor são eternos, jamais morrerão e você é a mulher da minha vida. Eu te amo!"

Assinado: Lapisito.

Fim!

Parabéns, Tião Poeta. Acho que estamos evoluindo, portanto, um dia chegaremos lá.

Que nosso querido 

— Deus —

nos abençoe rica e eternamente e a ti que lê também.

P.S. Tião Poeta e Borrachita são uns dos meus personagens em evolução.

#JoaoCarreiraPoeta. — 07/09/2024. — 7h52 —

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Dr. Carreira Coach

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Comentários

  • Gestores

    Terás que arrumar um espaço maior para tantos alunos, e o mais dignificante - INTERESSADOS!

  • Olá contista! Excelente o teu conto. Grau 10 pra ti. 1 ab

    • Obrigado meu nobre amigo e poeta. Sua visita e apreciação são muito importantes para mim.

  • Belíssima crônica com personagens cheios de luz.

    Uma honra e um prazer ter lido este seu texto de muita inspiração, ricos personagens com um rico vocabulário 

    Parabéns Dr Carreira Coach 

     

    • Obrigado aristocrático poeta Antonio pela sua vista e inteligente e incentivador comentário.

  • Que lindo conto! Leitura imperdível. Grande abraço, poeta

    • Obrigado menina poetisa pela elegante visita e bela apreciação.

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