Crônica — Paradoxo: Como o Nada é Tudo

Paradoxo: Como o Nada é Tudo

— Professor, eu tenho um paradoxo para resolver e preciso de sua ajuda.

— Pois não Juão, vamos fazer essa figura de linguagem virar uma 

“pipoca”.

— É mestre,

“menos para ele pode ser mais”.

Paradoxo é uma palavra que, à primeira vista, parece ser apenas uma brincadeira de ideias. 

Mas, de fato, é mais que isso: 

É uma dança entre o

“côncavo e o convexo”,

uma disputa entre o todo do tudo e o seu nada absoluto.

— Mas, Juão Karapuça no amor, então, essa figura de linguagem se agiganta.

“Pois, o silêncio pode ser ensurdecedor.”

Além do que, somos seres feitos de dualidades, o que nos torna, ironicamente, paradoxais por natureza.

E, por exemplo, imagine um casal que se ama e, ao mesmo tempo, se repele. 

“É o início do fim.”

Ele a vê como um arquétipo de perfeição, ela o acha veemente e destemido, mas há momentos em que ele parece parvo (diria eu), e ela, um tanto anódina. 

— E mesmo assim professor, não se separam. Estariam eles presos pelo amor ou pelo costume? 

Quem sabe o próprio paradoxo os tenha capturado?

Dê-me um momento para reiterar mestre:

É factual que a beleza mora nas entrelinhas e nos detalhes que não vemos. 

As dualidades se entrelaçam, arrefecendo as certezas e ressignificando as emoções. 

Ao mesmo tempo, há repúdio e desejo.

Um verdadeiro déjà-vu de sensações já vividas, mas sempre novas. 

“Quanto mais aprendo, menos eu sei.” 

Esse é o paradoxo: uma relação onde o repúdio é, paradoxalmente, uma declaração de afeto.

Entretanto, como explicar a lógica do sentimento? 

É auspicioso tentar, mas o coração, esse, sim, é o maior dos paradoxos universal. 

Porque, portanto, amar é odiar um pouquinho,

é aceitar o caos como parte do todo.

No entanto,

se repensarmos, amar pode ser um ato factível e irracional ao mesmo tempo. 

Haja visto que, sobretudo, decerto que o paradoxo é a verdadeira essência de quem ama.

Porém, se o amor é um jogo de opostos, talvez o segredo seja aceitá-lo como um quebra-cabeça sem fim, pois é a contradição que o torna eterno. 

Isso por quê? 

Porque o coração nunca age de forma linear, finalizando, amar é caminhar nos extremos.

O paradoxo, no fim, é viver. Tampouco fugir.

— Está aí Juão, gostei, parabéns para nós!

Fim!

Um forte abraço a todos os pouquíssimos que nos lê e que, o nosso querido 

— Deus —

 nos abençoe ricamente.

P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, e Borrachita, são meus, personagens em evolução!

JoaoCarreiraPoeta. 02/10/2024. 13h — 0439 —.

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Comentários

  • Reflexões em pauta de forma muito coerente e didática. Parabens a toda equipe do escritor, João.

    • A equipe "carreiriana" poética agradece! Um carinhoso abraço.

  • Incrível! Tem a ver comigo e meu marido unidos desde 1970!

    Temos muitos pontos em comum com sua crônica! 

    Aprendi muito com você professor e o Juão Karapuça e vou aprender muito mais consultando o dicionário para desvendar o que é parvo, anódina, por exemplo!

    Parabéns! 

    • Dolores Fender!

      Gratidão pela adorável

      e gentil visita e sublime apreciação.

      Logo, Juão Karapuça fará uma crônica sobre os vocábulos:

      "Parvo e Anódina".

      Receba um carinhoso abraço.

      #JoãoCarreiraPoeta.

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