Crônica: 🎶Quando o eu Lírico se Cala!🎶

🎶Quando o eu Lírico se Cala!🎶

Quem nunca sentiu o eu lírico sussurrar por entre os versos como um fiapo de tempo esvoaçando ao vento da memória? Essa voz não é, decerto, a do poeta em carne e osso, mas a de uma entidade bruxuleante que habita entre a idiossincrasia e o universal, entre o real e o sonhado. O eu lírico é o artífice invisível da poesia, aquele que nos empresta cognição e percepção para que as emoções fenecidas ganhem novas luzes.

A partir de então, este ser multifacetado passou a escamotear verdades sob silábicos enleios, eclipsando estigmas com versos. Ele não é estereotipado, tampouco monocraticamente fiel às dores do autor; é, antes, o reflexo transcendente do idílio humano. Em tempos de tratativas secas e palavras vazias, o eu lírico é remanescente de uma época em que sentir era imprescindível.

"Quando o eu lírico se cala", o mundo se empobrece num silabário sem alma. Minimizei-me em muitas ausências poéticas, senti a patologia do vazio e da palavra engasgada. Como diletante dos sentimentos, tornei-me um arqueólogo do próprio peito, buscando na ausência do verso uma presença paradigmática.

Eis a dualidade: sua iminência é silenciosa, mas sua eminência, sonora. Um poeta pode fenecer, mas o eu lírico — esse nunca morre. Ele apenas repousa, à espera de um momento auspicioso para se reinventar em um novo poema.

"Sendo assim, quando o eu lírico se cala, a poesia não morre: ela dormita, como uma alvorada que ainda não abriu os olhos. E quando desperta, torna-se voz que solfeja a alma do mundo."

Fim!

Que nosso querido —— Deus —— abençoe você e sua casa ricamente, um forte abraço!
P.S. Nota do Autor: Crônica original, sem plágio, nascida da pena sensível e poética de #JoaoCarreira — o poeta do tempo e da ternura — onde cada palavra foi burilada com alma própria.
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 04/07/2025. —— 10h33min —— 0728 ——.

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Comentários

  • Oi poeta e amigo João Carreira

    Quanto mais ouço músicas mais o eu lírico se achega e se junta ao poeta para juntos construírem seus poemas imortais.

    Linda e bela explicativa crônica.

    Parabéns

    Abraços

  • Boa noite, poeta. Aquele que como tu, tens o lirismo nas linhas sabe como ninguém descrever essa sensação e movimento. Parabens

  • Impressionante está lindíssima crônica por tantos sentimentos que o Poeta se espressa, quando o seu lírico se cala..

    Vou destacar um dos trechos maravilhosos da Crônica.

    " Sendo assim, quando o eu lírico se cala, a Poesia não morre, ela dormita, como uma alvorada que ainda não abriu os olhos" somente neste trecho uma amostra dos sentimentos do Poeta.

    Ora Poeta...Para nós Poetas não o queremos sem o seu lado lírico 

    Parabéns prezado Poeta João Carreira por mais este bordado poético.

     Belíssima crônica, uma leitura agradável.

    Abraços fraternos prezado Poeta 

  • Ave, Mestre! Baita cronica! 1 ab

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