🎶Machado, o Amor e os Ecos Que Falam!🎶
Era uma tarde lenta, dessas em que o tempo parece teorizar sobre sua própria existência. Sentado na poltrona de couro gasto de uma biblioteca carioca, Lapisito, cronista e notável andarilho das letras, se debruçava sobre a vida de um nome que atravessara séculos: Machado de Assis. Seu olhar era introspectivo, quase como quem tenta relativizar o que já é mito e o que é fato. Afinal, não dá para separar o que é real dos sonhos.
Machado nascera no ponto cego da sociedade brasileira oitocentista, filho de uma lavadeira com um pintor de paredes, em pleno morro do Livramento. Porém, haja visto que talento não escolhe berço, tornar-se-ia o proeminente autor de "Dom Casmurro", obra que capitanearia as discussões mais paradoxais da nossa literatura. Bentinho traiu ou não traiu? Misoginia ou profundidade psicológica? Cada dia na sua agonia, diria Capitu, com seus olhos de ressaca.
Sua brasilidade era fina, discricionária, repleta de sarcasmo e nuances. Machado verbalizava ecos não ditos com a maestria de quem entende que o todo do tudo do seu nada pode dizer muito mais que as palavras. Era um édipo maduro, consciente do arroubo juvenil que um dia lhe foi negado. Sua obra era uma coalizão de inteligência e resiliência, sobretudo.
Lapisito sorria diante do espelho empoeirado da biblioteca. Viu ali o retrato do escritor e do humano que, como ele, andava devagar... pois já tivera pressa. Machado de Assis ensinava, em cada linha, que nenhum sonho acaba; ele apenas se transforma.
" E por fim, entre o protagonismo das palavras e o silêncio dos sentimentos, Machado nos revela que sonhar, escrever e resistir são, por conseguinte, atos iguais e igualmente belos."
Fim!
Que nosso querido —— Deus —— abençoe você ricamente, um forte abraço!
P.S.: Esta crônica nasce de versos livres e pensamentos meus — sem espelhos, nem ecos alheios. É um tributo ao verbo próprio e ao sonho reinventado.
P.S. Juão Karapuça, Márcia Karapuça, Tião, Ricardão, Lapisito, Kinkas Barba, Borrachita e Juanito, são meus personagens em evolução!
Todos os Direitos Autorais Preservados.
#JoaoCarreiraPoeta. —— 18/06/2025. —— 11h —— 0710 ——.
Comentários
João
um versar interessante e belo
um abraço
Magistralmente bela tua crônica, João,.
As obras de Machado de Assis nunca serão esquecidas. Parabéns aos personagens e a você.
DESTACADO
Um abraço
Soberana tua crônica alinhando personagens machadianos com esse primor. Parabens, caro amigo das letras
Que lindeza João!
Dom Casmurro é um dos poucos livros que tenho na minha cabeceira...Aliás vou reler hoje
Mas eu garanto que Capitú não traiu ...rsrs
Aplausos!
Abraços
"Machadão", fez um belo de um enredo... mas, Juão Karapuça traiu!!! kkkkkk! Obrigado pelo carinho Cici...! Lambeijos! #JoaoCarreiraPoeta.
Ave, poeta e cronista, contador de histórias. O bazrdo te reverencia e te pergunta: Afinal Capitú traiu ou nõ traiu? 1 ab
Boa! Traiu, ou não traiu, eis questão... um forte abraço, meu grande amigo, poeta e enxadrista! #JoaoCarreiraPoeta.
Belíssima homenagem a Machado de Assis, um dos meus escritores preferidos.
A narrativa acerca de suas origens são certas e certas são as que sonhos e realizações se faz independente das origens.... Há outros aspectos de sua imagem...Um homem do bem e respeitado na sociedade e no tempo em que viveu e produziu.E o nosso estimado Lapisito presenciou e viveu e observou que os sonhos nunca acaba apenas se transforma.
Um texto maravilhoso em preciosa homenagem ao nosso Machado de Assis , um homem e suas obras reconhecidas internacionalmente.
Abraços fraternos prezado Poeta João Carreira por belo trabalho...Uma honra ler-te.