Hoje eu acordei na beira da cama,
mas era um precipício na minha imaginação.
Minha mente, em mil pedaços, se desfazia;
desgraçadamente, não encontrei a tua mão.
A foda era que nada fazia sentido.
Desesperado, pensei em fazer uma oração:
“Deus! Não sou ateu, mas não sei de nenhuma.”
Infelizmente — ou felizmente — caí de cara no chão.
Porém, naquele instante, a realidade era falha,
e eu, desmoronado, sem atinar para a solução,
olhei para cima e vi uma mão com uma navalha.
Fiquei paralisado com uma dor no coração.
Como um cego, tateei no assoalho estagnado.
Senti a consolação das lágrimas — não minhas; estranhas.
A alma doente de um corpo condenado;
desgraçadamente, não encontrei a tua mão.
Alexandre