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Cenários da ilusão

Cenários da ilusão

A noite é tranquila e a imaginação
voa co'ansiedade, para o passado
a busca de qualquer recordação,
pra que eu não me sinta um ser alquebrado.

Para reviver a mocidade viva
cheia de graça, assim como fora um dia.
O telefone ao lado, ecoa, me aviva;
E ao ouvir a tua voz sinto alegria.

O desespero se esvai qual brisa ao ar.
O coração pulsa forte de emoção:
trazendo velhos tempos, pra recordar
pintado os cenários, da ilusão.

A conversa termina e eu fico a sonhar
qual aquela menina, na tenra idade.
A ilusão e o sonho andam em par…
… Mergulho no sono da imensa saudade!

Márcia Aparecida Mancebo

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Escultura angelical

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De pedra esculpida, demonstrando a paz.
Moldada co'esmero, traduz um encanto;
Meus olhos, seduz, muito me satisfaz;
aonde se encontra, ai nesse canto.

Dum angelical verde sem conjectura
Ensina-me tanto neste momento
levando-me a entender a sua cultura
Como não enriquecer o conhecimento?

Pose tão serena no meio as folhagens.
Tanta sabedoria espalhada ao mundo.
Contempla–la tão só, oh, linda imagem!
Divinal, figura, d'um saber profundo.

Gesto de humildade demonstrando vida;
parecendo que está viva, adormecendo.
Para enfeitar o jardim, foi esculpida
Trazendo uma calma à tarde morrendo.

Márcia Aparecida Mancebo
22/08/24

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Magnânimo

Magnânimo

Na pulcra alvorada a vida liberta;
Os raios dourados pra saudar o dia.
Minha alma feliz, com altivez, desperta:
Com largo sorriso de imensa alegria.

A brisa suave que me acaricia;
Chegou com o vento neste amanhecer.
E este meu coração que a brisa aprecia
Pulsa contente exaltando meu viver!

E a lida começa com o sol que brilha
Sobre o solo sagrado da minha estrada
E com muita garra seguirei a trilha
Para descansar no final da jornada.

Por todo o caminho por mim, percorrido:
Vi coisas tão lindas, não sei explicar;
Foram magnânimos os tempos idos:
Que sinto vontade, no tempo voltar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Tenra idade

Tenra idade

“ Quando nos conhecemos eu era criança”
Você já era adulto conhecia o amor.
Eu, ainda menina, nada sabia da vida.
Mas, guardei as palavras que ouvi.

Não sei explicar por que não esqueci tuas palavras.
Até hoje tento entender aquele momento,
Me arrependo de não te procurar anos mais tarde,
Poderíamos ser felizes, coisa que não fui.

Se pudesse no tempo voltar, juro,
Que estaria ao teu lado neste instante. 
Quanta coisa boa poderia ter aprendido.
Hoje, a diferença de idade, não faria diferença.

Eu era criança quando nos conhecemos.
Quem dera te encontrasse hoje no mesmo lugar,
Com as flores se abrindo e você me sorrindo:
Olhando-me com os olhos brilhando.

O tempo passou depressa e, nós 
Nunca mais nos vimos e, tudo mudou.
Às vezes fico com o olhar absorto, longe
Pensando em tuas palavras bonitas.
Me amava, não dá para esquecer,
Porque eu era uma criança ingênua.

Márcia Aparecida Mancebo
23/09/24

(Atividade da oficina verso livre, sem métrica e sem rima)

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Declaração de amor

Declaração de amor

"Quando nos conhecemos eu era criança."
Era primavera e como me lembro!
Tuas palavras doces eram verdadeiras.
Que pena que eu era muito inocente!

Nos conhecemos naquela tarde florida;
Quando o sol dourava os canteiros da praça.
Senti uma atração por ti, coisa de menina moça.
Foi um sentimento estranho que nunca mais senti por ninguém.

Hoje, adulta sei interpretar a sua atitude.
Estava apaixonado apesar da diferença de idade.
Eu era apenas uma menina desabrochando para o amor.
Naquele momento tentava me dizer o que sentia.

Lembro-me bem, ouvi e sai rindo
Pensando ser brincadeira de jovens,
Mas hoje entendo o significado de casa palavra.
Era uma declaração de amor de um coração apaixonado.

Márcia Aparecida Mancebo
23/09/24

 

 

 

( Atividade da oficina de verso livre sem métrica e sem rima sobre um mote)

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Solta ao vento

Solta ao vento

Poesia que brotou de um amor profundo
E pouco a pouco instigou a fantasia
Que no meu coração tocou tão fundo
Inflando a minha alma de imensa euforia.

De uma relação bonita e com ardor
Um belo sonho levou-me ao infinito
Colher estrelas, pra acalmar o fervor
E, espalhar sobre o papel… deixar bonito.

É tão singelo este amor que me inspira!
Faz dos meus sonhos, puros sentimentos
E, perfumada a vida e o ar que respiro.
Embriagada sinto-me solta ao vento.

Como se voasse para o azul do céu
Ao som suave de uma melodia
E, docemente, sem fazer escarcéu;
Buscar palavras para tecer poesias!

Márcia Aparecida Mancebo

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Difícil é segurar o coração!

Difícil é segurar meu coração!

Naquela tarde quando o sol morria
Te encontrei e foi a maior alegria.
Por um sorriso gostoso fui atraída,
Tão feliz escondi o contentamento.
Não quis demonstrar o meu sentimento;
Mas lembrei o quanto chorei na vida.

Embora a alegria fora imensa,
Pois naquele momento fiquei tensa.
Pensei o que sofri por tantos anos
E, de desespero senti fraqueza,
Um pavor de sentir a incerteza.
E provar novamente o desengano.

Lembro-me, dei uma desculpa e notaste.
Eu com a alma sofrida com desgaste,
Vi em teus olhos a desilusão.
Nos meus olhos tristonhos a vergonha.
Sem demonstrar a dor que me acompanha;
Mas juro, naquele instante senti ilusão.

Todos os dias quando caí a tarde.
Sufoco a dor e sinto uma vontade
de outra vez te ver e pedir perdão.
A incerteza impediu a minha entrega,
O que senti por ti, a alma carrega.
Difícil é segurar meu coração!

Márcia Aparecida Mancebo

 

 

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Homenagem

Parabéns, Itapeva!

Duzentos e cinquenta e cinco anos de vida.
Itapeva comemora neste dia
Não canso de repetir comovida;
Parabéns, minha terra querida!

Me orgulho de ser Itapevense,
Povo amigo, povo trabalhador.
Aqui o futuro não é a Deus pertence,
Pois todos trabalham com amor.

Rapidamente Itapeva está crescendo 
Matizando cada instante a paisagem,
Terra amada estou te oferecendo
Estes versos, como minha homenagem.

Márcia Aparecida Mancebo 
20/09/24

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As estações e a vida

As estações e a vida

Ao acordar nesta manhã de setembro;
Senti minha alma livre, sem grilhões.
Veio para a mente e, como me lembro.
Toda a beleza que há nas estações.

Na primavera flores com olores,
brisa suave, paisagem florida
Levando do viver todas as dores;
Deixando a minha estrada colorida.

No verão, minha face exposta ao vento
Sob o sol escaldante de dezembro;
Como eu era feliz naquele evento.
A minha pulcra face, não deslembro!

No outono as folhas voando pelo ar
Como se estivessem em um bailado
E caiam no chão para forrar:
Do pico da montanha até o gramado.

Como esquecer daquele inverno frio?
A alvorada gelada, nebulosa.
Enfrentar a neblina, ah, que arrepio.
E a vida a passou tão silenciosa!

Márcia Aparecida Mancebo
07/09/24

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Plêiades com a letra E

Plêiades com a letra E

Estrela

Estrela que reluz longe no céu,
Ensina - me como seguir meu trilhar,
Eu quero aprender sem nenhum escarcéu;
E entender todo esse belo brilhar!
É tão bonito olhar - te a vagar ao léu
Emanando a paz e a todos amar
Espreito - a, pois, quero a ti me igualar!

Márcia A Mancebo
15/09/2022

Envelope

Envelope pardo que a ti enviei
Escritos contém com poemas de amor
E grafei cada verso com uma flor
Espero que ao ler entenda o que sinto
Eu juro, fui sincera, não minto!
É muito triste amar assim, alguém
Envaidecido, diz não gostar de ninguém.

Márcia Aparecida Mancebo
27/01/23

Esboço

Em noite de lua cheia;
Encanto-me com a beleza!
Estrelas num bailado
Envolvem o céu com grandeza,
Enquanto a lua de lado,
Espelha-se no mar.
Esboço belo da natureza!

Márcia Aparecida Mancebo
15/09/24

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Lembrança

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Volto aqui pra rever esse lugar
Co' águas que descem da alta montanha
É com emoção que quero recordar
Dos anos, essa lembrança tamanha.

E noto que aqui nada, nada mudou
Até o som das águas é o mesmo
Apenas eu cresci e o tempo passou
E aprendi a caminhar só e a esmo!

Esse turbilhão de água que ao cair
Molha ao derredor, até meu rosto
Mas hoje eu vim aqui, não vou sair
Quero lavar d' alma todos desgostos.

Desejo sentir a alma purificada
Como na infância que aqui brincava
Com minha sombrinha com cores pintada,
Pois este respingo era o que mais amava.

Márcia Aparecida Mancebo
08/07/24

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Este coração...

Este coração ....

Cheguei a conclusão
Nada mais me surpreende
Este meu coração
Pulsa forte, não me entende.

Só ele quer ter razão;
Entristece facilmente
Quando eu digo que não;
Ele tenta ser valente.

Faz minha alma se agitar,
Sussurrar na minha mente:
Que tenho sempre voar,
Para deixá-los contente.

Embora não obedeça
Antes que eu tenha um chilique;
Com ideias na cabeça
E atormentada fique.

Vou por ordem nesta casa.
Eu que resolvo a parada:
Comprarei um par de asas.
Cansei de ser comandada.

Mas voar, não quero não .
Preciso mais de descanso
Vou domar o coração,
Ele tem que ficar manso.

O coração não se cansa,
Perturbar a minha alma
Já não sou mais criança
Anseio viver com calma.

Caso isto não dê certo
Farei um grande leilão
Quem sabe, assim, acerto
E vendo meu coração.

Aviso com antecedência
Quem o ganhar que aguente
Não tenho mais paciência
Ele pensa que é gente!

Márcia Aparecida Mancebo

15/09/24

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Força estranha

Força estranha

O vento ao passar trouxe mensagem:
Que toda esta tristeza irá se embora.
Que deixe de pensar: tudo é bobagem,
Que esqueça o desviver que tive outrora.

O vento mensageiro me conduz
A um futuro repleto de alegria.
E eu mudo o pensamento ao que seduz
Olhando para a vida co' euforia.

Então, no meu caminho vejo flores:
Botões de rosas se abrem no momento;
Não sinto que os espinhos causem dores.
Seguindo a mensagem, que trouxe, o vento.

E, por onde vou há uma força estranha.
Um sentimento envolve-me co' ardor…
Sem temer sigo, enfrentando a façanha;
Levando o coração cheio de amor!

Márcia Aparecida Mancebo
15/09/24

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Felicidade

Felicidade

Sublime momento que há sintonia
entre dois seres que com alegria
dividem instantes tão belos nos dias!
Vivendo amparado pela fiel harmonia.

Somente é possível quando existe amor.
Sanar a carência e curar toda a dor;
almas idênticas se dão ao valor
e vivem em par qual pássaro, condor.

Juntos a voar pela imensidão
vivenciando com mesma amplidão
Com mesmo compasso, pulsa o coração:
Qual flores nascidas na mesma estação!

Buscar felicidade é o intento
de amantes que dividem os momentos
atraindo coisas boas ao pensamento
e seguem com brilho pelo firmamento!

Márcia Aparecida Mancebo

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Eternamente!

Eternamente

Se eu morrer amanhã, não chore.
Apenas pela minh'alma, ore.
Lembre-se que sempre que te quiz!
O impossível por ti, eu fiz.
Se falhei contigo, perdoa.
Te amei com intensa paixão;
Te dei a vida e o coração.
Não vivi ao teu lado à toa!

Com a face feliz, irei.
Lembranças deixarei, eu sei.
Tente aceitar, é a lei da vida
Não te peço flor colorida,
Sequer, homenagem eu quero;
Agradeço a felicidade
A ti, serei sempre saudade
Pelo menos, isto é o que espero.

Mas… se morreres amanhã;
Lembrarei da bela manhã
Aquela que juntos juramos
Naquele momento trocamos,
Num ato solene a aliança.
Nos dias de amor e ternura.
Foi grande amor, não aventura.
Embora, eu fosse uma criança.

Te lembrarei a todo instante,
Pois seguir sozinha é frustrante.
Tantos anos juntos vivemos,
Somente bons frutos colhemos.
Guardado está, na minha mente:
A vida nos trouxe alegria,
A teu lado aprendi a magia;
De te amar sempre, eternamente!

Márcia Aparecida Mancebo

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Triste anoitecer

Triste anoitecer

Ao ver o anoitecer quase sem vida
e, os pássaros voando sem destino:
Procuro pelas flores coloridas
Tão só vejo, cinzas, pelo ar, sem tino.

E o fogo escurecendo a paisagem,
Ouço gritos da vegetação que morre…
Violenta destruição a bela imagem!
Sinto que a lágrima pela face escorre.

Sinto esfumaçar meus olhos e a mente;
Qual um golpe levado pelas costas.
Bastou apenas um fósforo somente;
Para o fogaréu chegar até a encosta.

Tamanha dor entristece toda a noite,
Estrelas brilhantes não aparecem
Escondem-se na imensidão pelo açoite
E lentamente o brilho se escurece.

Márcia Aparecida Mancebo
12/09/24

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Pássaro sem ninho

Pássaro sem ninho

Na luz que se apaga e morre num sol posto
Estavam os sonhos que sonhei na aurora.
Agora, que os perdi, é grande o meu desgosto;
Pois não poderei voltar no tempo agora.

Seguirei doravante com a alma fria;
Com riso amarelo cravado na tez
Sem demonstrar que perdi toda alegria
Ao perder os sonhos todos de uma vez.

E vejo o futuro balançar ao vento
Mas tenho que ser forte pra não cair
Sonhar, posso sonhar em outro momento
Jamais serão iguais, tenho que admitir.

Os sonhos que perdi foram lapidados,
Moldado um por um com tanto carinho
Que os olhos marejam ao serem lembrados
Sem eles sou pássaro sem ter um ninho!

Márcia Aparecida Mancebo

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Decisão

Decisão

Nunca te pedi nada, nem migalhas;
Mesmo sabendo que tinha direito,
Sequer aceitaria, pois só tralhas
costuma oferecer, sei, é o teu jeito.

Fiz as malas, vou embora, não aceito.
Ainda mais, que não foi minha falha.
Jamais seria infiel, te respeito.
Traição, é agir igual canalha.

Canalhice, eu entendo, é desrespeito;
É ser oco, é não ter alma no peito.
Somente espero que não se arrependa.

Só te peço que nunca me procure.
Se a solidão doer se vire, cure.
Decidi, será assim, me compreenda!


Márcia Aparecida Mancebo

Saiba mais…
CPP