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Estranha Criatura
—O destempero deste teu calor
é morrer de um ardume indolor
que faz ferver até o cume Adamastor
que faz chorar que faz sorrir
e sentir dor.
—Este diagramático poema
é feito a cor de um ovo é sua gema
com o sabor e o odor da alfazema
desfaçat
- para Whitney…
Fiquei sentado à beira destes socalcos do silêncio
Enquanto o tempo bordava todos os lamentos
Deambulando por uma brisa feliz que sulcava
O léxico de muitas palavras perenes e enfáticas
Sem alicerces ficou a madrugada deixando a luz
Da s
Só pensei em ir te procurar,
Sentir teu inconfundível cheiro,
Cheiro de terra molhada,
De cabocla de pele dourada,
De beijo estonteante como pecado,
Onde o orvalho faz tua morada,
Fincar raízes de uma rosa debochada,
E róseo fica teu rosto quando te beijo,
S
Linda arte da Marso!
Você aprende um dia que a vida de fato não tem intenção de te fazer sorrir
A vida meus caros é um imenso ter e não saber
É um intenso lamentar por não ter mais
As pessoas que você ama vão sofrer
As pessoas que você ama vão sentir
A vida só esta ai pra te
O tempo na sua longínqua obliquidade refloresta
A solidão mais engenhosa deixando no marasmo
De cada brisa um sonho que se queda tão pasmo
No parque dos meus silêncios estaciono a saudade que
Paira no vagante olhar das minhas relutantes memórias
Tecen
Me sinto só.
Recorro ao meu universo poético,
Nem inspiração, como companhia.
Everaldo Magalhães
Lúdico como uma criança
ao combinar bloquinhos coloridos
na edificação de sonhos, palácios e catedrais
Sublime como um artista
Ao associar cores e tintas
e criar lindas aquarelas
Meticuloso como uma artesã
a tricotar suas linhas coloridas
formando belos
Sim quem me dera nunca estar numa despedida
Quando o barco na hora da partida deixar afundar
A ancora do tempo ou uma palavra ecoando comedida
Quem me dera nestas imensas fronteiras do silêncio
Algemar um eco substancial escapulindo pela fresta
Da solidão