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Insensatez

Nem me lembro quantas vezes
Subi e desci aquelas montanhas
Em todas elas havia um amanhã
Não dava conta de minha insensatez

Eu acreditava que a vida podia ser uma criança
Mas não lembrei que até as crianças envelhecem
E foi ali no cume que sem força t

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DESEJOS INTENSOS!

DESEJOS INTENSOS!

Desejos intensos surgem de repente

Tomam conta do meu ser mulher.

Desejos de ser amada, acariciada

chamada de rainha, meu doce mel.

São desejos que surgem, assim, sem mais, sem

menos,mas que tira o meu sono e fico a rolar

nesta cama

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O CICLO DA TEMPORALIDADE

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Tracejos repetidos evidenciam a transfiguração fortificada
Com o intuito, de engrandecer um conjunto exclusivo de particularidades
Vistas somente,
Quando se há um nova observação intrínseca sobre a existência
Imposta durante o tempo que se converte em

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Porcelana

Paz o encontro de espíritos
Sincronizados em um mesmo objetivo
Tudo é quebrável e descartável
Neste mundo de desperdícios

Esquecem-se de que aquilo que se perde
O que entra em decomposição
Ressurge trazendo um novo brilho
Um novo rumo

Porcelanas, camin

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O Poema de Olhos Azuis

Estou aqui neste instante sob as asas de uma Estrela
De alguma forma eu sei disso como sei que a vi por tantas estações
Recordo de cada dia que como brisa balançava as cortinas
E eu fugia mas ainda assim eu cresci e me enchi de vida

Só por essa noite

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Livro

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Livro, meu querido livro!

Você é muito versátil.

Tão antigo e tão jovem.

Qual será o seu segredo?

Você tem conseguido romper as barreiras do tempo.

Você tem sobrevivido de geração em geração.

Tenho grande admiração p

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Holmes & Drummond

Holmes e Drummond

Por J. A. Medeiros da Luz

“Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra” — C. Drummond de Andrade.

 

Eis que Holmes desvenda Drummond:

Aquela pedra um tanto pertinaz,

Atravancando a passagem no caminho,

Era como que elementar

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Realismo Superado

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Ela fuma e corta as unhas na varanda
 
Ainda tinha um pouco de esmalte
Ceratinizar a metáfora
Quando pensava no monobáfico
O apartamento restringe a metáfora
A metáfora era túmida
Quando pensava num céu cheio de balões
A bagana podia ser a centelha da criaçã
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Vontade de ser vulcão

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Coliquativo

 
É preciso tomar cuidado,com o poema colisivo
 Mantenha distância
Pode derreter a unha
O umbigo sempre foi aspirante a ser Axial
E a manhã axicarada não deixa sentir o gosto da felação
Cerâmica de revestimento
Um êxtase feldspático por causa do
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Oração

Então tanto faz dia ou noite a gente tem aquela conversa
Às vezes direcionada ao Pai outras para o Filho
Seja para iluminada Rosa ou alguma Estrela que amamos
Chamamos isso de nossa Oração

A dor do aflito o sorriso de quem agradece
A angústia de quem

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O livro

 

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Ali, num canto, guardado

com marcas do tempo

empoeirado,quase esquecido

encontrei um livro antigo

 

Já fez parte de uma enciclopédia

Outrora era muito procurado

Para reavivar fatos históricos

Ou para aqueles que desejavam

se apropriar de sua imagem e status

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Consciência Negra

Consciência Negra

 

Em todos os problemas da vida

Há de ser iniciativas para corrigir

Ou amenizar sofrimentos

Todos têm uma culpa

Estrutural e animal

Vítimas morrem lívida

Que a alma possa erigir

Nada de comum a transigir

Arremedos como rebentos

Quem embarca na

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Partida

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Partida...

 

Dia triste

Chuva fina

Alegria morta       

Saudade que sufoca

Amargura no peito

Luto na alma

Terra molhada

Face úmida

Lagrimas que caem

Vento bucólico

Melancolia fúnebre

Pessoas de negro

Caminhar lento

Caixão adornado

Flores que lament

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GUIRLANDA

GUIRLANDA

A nossa história de amor foi breve…
Tão breve… Depois tudo se perdeu.
Feito palavra em giz que alguém escreve...
Feito um nome que o tempo, então, varreu.

Ela passou como uma asa… Tão leve...
Cujo sopro sequer se apercebeu...
Deve ter sido um

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NOTURNO

 

NOTURNO

Na solidão do ocaso os céus soprados
elevam uma imagem misteriosa…
A praça ensombrecida, penumbrosa,
rumoreja entre arbustos agitados…

As horas tomam ares mais sagrados...
Põem um beijo de sombra em cada rosa…
A lua mística, alta, vagarosa,
recorta

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CPP