Poesias

Ao cair da noite

Os homens acendem as luzes

Para iluminar suas vidas

Os Deuses acendem as estrelas

e a  luz do luar

Para alumiar nossas almas

F.J.TÁVORA

NADA ALÉM

Sua boca a minha atiça
Seus olhos me hipnotizam
Teu olhar me enfeitiça
Os seus atos me realizam

Rendo-me a esse louco amor
Sorvo seus beijos e carinhos
E sussurra em meu ouvido
Dizendo: eu a amo, baixinho

Me entrego a esse amor
Sem má

Bendito ventre que te gerou
Abençoada seja aquela que te gestou
Anjo que Deus usou
Pra realizar o sonho que meu coração sonhou

Filho, nasceste longe de meus braços
Não fui a primeira a sentir teu abraço
Você não nasceu de mim
Mas, nasceu pra mim

D

Sou feliz pelo amor que me deste

muito mais pela alegria do coração

- Há uma grandiosa força celeste,

por trás, bem por trás da irradiação

Prematuro seria pensar nosso futuro

melhor deixar a critério do Sr. Tempo

tecer o presente até deixá-lo maduro

assim

Oh! Doce amor de minha mocidade

Deste prazer, alento, a este ser, alma

E mesmo nos reveses tinha calma

Musa tinha sutil, sobriedade.

.

Angelical, isenta de vaidade

Lembrar de seu acalanto muito acalma

Igual a ti, não encontrei tal vivalma

Do ósculo

Quando se Ama

Lance sobre mim a claridade da aurora!
Esta
luz que me inflama, flamejante chama
na
sonora voz de uma linda dama
e neste mar
que flutua em teu olhar 
como
luzes a brilhar 
e 
ardem em meus olhos como o sol poente
porque 
é assim que se sente
quand

Acorde

É dia de Sol

Começou a melodia

Acorde

Siga a pulsação

Respeite a pausa

Não perca o andamento

Não saia do compasso

Viva em harmonia

Com intensidade

Ritmo

Seja você o maestro

Segure a batuta

a Piazzolla

Quisera eu esquecer-te
Abandonando as vagens do tempo
Onde o frio e o despudor da solidão
Se alimentam e amordaçam
O terramoto de sentimentos folclóricos
Adormecendo o nimbo dos desejos tão pictóricos

Esquecimento…era somente um perdi

Esqueceria o ontem
Jogaria fora
As palavras duvidosas
As horas perdidas
A fala azeda
Que agrava
Não se apaga
Vira apenas história
Gravada na memória...
Se pudesse
Mandaria o ontem
Escorrer no ralo
Deixar se perder
E o que sobrar
Transformaria em

Ainda ontem eu pensava neles e relembrava o passado
O tempo e algo engraçado
Só um livro grande de historias antigas e inéditas
Só uma viagem
Ainda ontem eu lembrava de outrora
Já faz tanto tempo assim?
Desde que passei os dias as margens de um rio
Que era

Da série:
TANTAS VOZES NA CIDADE.

BERNADETE

Bernadete é diarista,acordou cedo caminhou,pegou ônibus,pegou metrô,caminhou mais,chegou no trabalho.
Fez café,fez almoço,limpou,lavou,organizou,ouviu,e aturou.
Bernadete voltou
Caminhou,pegou metrô,pegou ônibus,

Você perguntou-me como seria o "depois"

após termos estado juntos

entregues em completo abandono.

Para não tornar o momento solene, brincando,

 falei que nos arrependeríamos da ousadia,

da coragem da decisão.

Depois esqueceríamos o arrependimento

 e voltar

Anjo

O mar borbulha em sangue derramado

Idolatrando o anjo sanguinário

Que voa lento neste manto eterno

Com asas negras neste imenso inferno

Eu me sufoco nesta sinergia

Grito o teu nome em lenta agonia

E nesta mascara sádica de alegria

Eu me convenço de teu

Novo começo vagando nas entrelinhas

aromáticas do tempo

Marginalizar cada ilusão insana e fútil

A mesma emoção sempre grata e súbtil

O dissecar das vontades onde arrebato

teu ser quase indomável pincelando os

meus silêncios em cada oração dolorosa