Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1719)

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Capricho

Capricho

Tenho feito, como capricho, nas tardes.
Para sentir o coração vigoroso.
Deixo de fora, mazela e saudade.
Contemplando o pôr do sol maravilhoso.

Sinto que amadurecendo as fantasias.
A inspiração do sol se escondendo traz;
Emaranhado de letras e a poesia
Desperta, translúcida, e me satisfaz

Esse capricho é um arroubo tão gostoso.
Pois em êxtase a alma não adormece;
Fica altiva num gesto majestoso
E, o que me inspirou no fim da tarde, é, prece!

Poesia de mãos dadas com o poente;
Toma forma e alma, como ser vivente.
A pena vai deslizando lentamente:
o verso é rito, é luz, é canto eloquente.

Márcia Aparecida Mancebo
23/06/25

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Outra vez, Você!

Outra vez, você.

No quarto, o silêncio outra vez ecoou,
Trazendo o ontem pra lembrar minha história;
Da tua ausência que o tempo não levou.
… Ainda sinto teu cheiro na memória.

Teu perfume, quantas vezes desejei;
Entre lágrimas, te sentir outra vez.
No amor há deslizes, isso não neguei.
Em minha alma, há um rasgo que não se desfez.

Te encontrei nas entrelinhas do passado.
E quantas vezes te rever, desejei.
Hoje, sinto o coração arrebatado.
E com pranto me refiz… ah, e errei.

Sei que é impossível haver recomeço.
Uma paixão tão brilhante não se apaga.
Em ço.
Mesmo quando a alma, em segredo, se rasga.

Márcia Aparecida Mancebo
30/06/25.

 

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Flor em floração

Flor em floração- I

O tempo vem me curando,
Das dores que há na lembrança,
Pouco a pouco vai brotando
Um broto de confiança.

É tão bom assim viver,
Com o pensamento aberto.
Então, posso renascer
Seguindo um caminho certo.

Me visita uma imagem
Da infância encantada.
Vejo, na bela miragem;
Uma paz doce, bordada.

E nesta manhã serena
Tinjo o inverno de emoção
Não mais sinto a dor pequena.
Sou uma flor em floração.

Márcia Aparecida Mancebo

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Rara tapeçaria

Rara tapeçaria.

Não deixo a aurora da vida me consumir;
Nesta idade, os sentimentos fragilizam.
E das intempéries não dá pra fugir.
Chegam como furacão e martirizam.

Mas faço tudo para não me machucar.
Impeço que infle o meu coração de rancor.
Idade da aurora que anseia recordar
O que marcou a mocidade, o belo amor!

Então, solfejo o viver com maturidade
Acalentando a aurora, tempo que sonhei.
Idade enfeitada com flores da saudade.
Rara tapeçaria que os instantes bordei.

Ah, aurora da vida, envelheço sorrindo
fazendo de conta que o tempo não passou…
… E se o espelho mostrar um traço já sumindo;
é somente reflexo do que já brilhou.

Márcia Aparecida Mancebo
29/06/25

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Por inteiro

Por Inteiro

No silêncio terno desta tarde,
teu nome dança no ar como alerta.
Cada gesto teu, suave saudade,
minha alma acorda e pra vida desperta.

Lembro teu olhar...estrelas no meu céu,
como um farol que guia o meu destino.
Com teus olhos, o mundo perde o véu;
vejo o meu viver calmo e cristalino.

És o porto seguro dos meus dias.
Basta lembrar: nasci pra te seguir.
Neste teu barco irei com alegria,
e nada neste mundo irá impedir.

Se um dia o tempo se esquecer de nós,
sei que este amor foi belo e verdadeiro.
Ficará no ar o eco da nossa voz,
eternizando nosso amor por inteiro.

Márcia Aparecida Mancebo
29/06/25

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Eco que não deixei

Eco que não deixei

Está escrito na cartilha da vida,
Mas quis ser silêncio onde pediam canção
Ao partir, serei memória esquecida.
Pois chamei de inútil o meu coração.

Fui sombra nas tardes em que deveria ser luz.
Me escondi da vida e de mim também.
Essa dor em meu peito, ninguém traduz.
Não há remédio que cure, sei muito bem.

Quando a escuridão o céu abranger.
As horas passaram sem me notar
Vivi os dias sem ninguém perceber.
Fui árvore seca prestes a tombar.

Márcia Aparecida Mancebo
28/06/25

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Entre Promessas e Silêncios

 

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Imagem by Margarida 

Entre Promessas e Silencios

Na ventania, meu pensamento vai:
buscar na memória aquele amor
Esse sentimento lindo me distrai;
Meu corpo arde ao lembrar teu calor.

Revejo o barco que te levou distante.
Ao nos despedirmos, juras fizeste.
Tuas promessas me fez seguir adiante.
Hoje sou uma flor perdida no agreste.

Nesta distração navegam os meus dias.
De tanto pensar em ti, o tempo esvai:
Trazendo noites longas e melancolia,
Levando a alegria, deixando ais.

Tenho tentado esquecer o passado.
Recomeçar a viver é meu desejo.
Mas tua imagem está sempre ao meu lado.
Ficou tatuado as marcas do teu beijo.

Márcia Aparecida Mancebo
25/06/25

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Esperança, fulgor da alma

Esperança, fulgor da alma

E sem grilhões habita o pensamento
Ela é o suporte que move a vida,
É semente guardada no sentimento
Como luminiscencia numa alma ávida.

Ter esperança é um sonho acalentar
Para reger os dias, com o saber.
É ter paciência, ela irá chegar
E será aclamada como o prazer.

Virá como um raio de luz no céu,
Dando fim aos incômodos e dores,
Abrindo horizonte qual fogaréu
Inundando a alma com fartos fulgores.

A esperança nasce como uma flor
Lentamente cresce e ganha tamanho
Traz à luz sem implorar, sem clamor
Quando se percebe realizou o sonho.

Márcia Aparecida Mancebo

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Fios tênues da esperança

 Este poema da inspiração ao ler o poema de Ciducha: Esperança.

Fios tênues da esperança

Por tanto tempo acreditei, não minto.
Crendo que nada termina deste jeito
Sufocando sentimentos retintos
Convicta que o final seria perfeito.

No entanto, desperto que foi ilusão.
Essa esperança acalentada voou…
Essa tristeza que assola meu coração;
Foi um baque que o tempo não me ensinou.

Mas o que sinto não me deixa desistir.
Mesmo que esse sentimento seja utopia;
Resolvi afrontar o meu sentir.
Reavivando toda minha fantasia.

Essa magia que existe em tua alma
E que, somente, eu conheço o segredo.
Irei acalentar a esperança com calma;
Para dar um fim a este degredo.

Mas noites que a saudade chega e balança
A esperança me agarro e a acalento,
Reacende em minha alma a chama que dança,
Guiada, por fios tênues da esperança.

Márcia Aparecida Mancebo
25/06/25

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Verão da Eternidade

Foi naquele verão, como me lembro.
Ao trocarmos olhares, percebi.
O amor se aproximava, era dezembro!
Minha alma a sussurrar, estremeci!

Ah, tempo distante da mocidade.
Sonhar era normal, não te esqueci.
Ficaste eternizado na saudade.
Foi naquele verão que eu renasci!

Nas brisas de verão ficou teu nome,
guardado em mim, teu riso me traz calma
quando, a saudade de ti me consome
nos traços da lembrança, da minha alma.

Enfrentando o tempo: segue a correr
O brilho do verão será lembrado.
Há instantes que jamais vão se perder;
neste meu coração enamorado!

Márcia Aparecida Mancebo
19/06/25

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CINZA QUE FOGE

Sou uma mulher que, na vida, caminha.
Caminho só, como fazem as horas.
Sou a cinza que foge e não se aninha,
Sou somente um pó, ontem e agora!

Sou o passado vivo na lembrança,
Que estampa as dores num semblante triste
Por perder a fé e a bela esperança.
Sou uma melodia… a entoar persiste.

Sou aquela que, em silêncio, aguenta.
Sem questionamento, todo o sofrer.
Somente segue a vida, não lamenta.
Já perdeu tudo que tinha a perder.

Nas batalhas, só perdas, sem vitórias.
Não tenho mais forças para lutar,
Sou um alpendre quebrado sem história.
Vi o meu sonho naufragar no mar.

Márcia Aparecida Mancebo
12/06/25

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Quando o silêncio respira

Quando o silêncio respira

Minha alma mergulha em doces lembranças.
Lembro a lareira acesa, a taça de vinho;
Um mundo risonho com esperança,
O aconchego no lar, o nosso ninho!

Nesse instante, o silêncio respira.
E o frio me acorrenta na saudade.
Numa doce saudade que me inspira
Levando-me a perder a idoneidade.

Belas lembranças das noites de frio,
Tuas digitais na taça de vinho
Dançava na penumbra, em arrepio;
A luz de teus olhos, ah, quanto carinho.

O tempo não calou nossas canções,
Ecoam em mim com toques sutis.
Ficaram encravadas quais visões
De um amor vivido, termo e feliz.

Márcia Aparecida Mancebo
22/06/25

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Santos do mês de junho

Santos do mês de junho

No céu de junho estrelas brilham
e a devoção acende fogueiras
Com três santos sigo minha trilha
com esperança em minha alma faceira.

Santo Antônio une os corações.
De quem a ele pede um bem querer.
Aguça as mais doces das ilusões.
Nos meus olhos, põe brilho do bem viver.

Menino do mato é São João.
Com fogos, balão é sempre lembrando
Pioca e canjica são tradições.
Sem esquecer do forró bem rebolado.

Por fim, São Pedro com a chave na mão
Abre, com pressa, o portão da alegria
e com chuva ou sol, segue meu coração
num lento passo, para a romaria.

Junho é festa, é reza e tem dança.
É bandeirinha no céu, é magia.
Eu sigo alada com a esperança
Meu coração vira balão e poesia.

Márcia Aparecida Mancebo

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Nunca foi meu...

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 Nunca foi meu…

 
Parti sem dizer adeus e fui embora.
Te deixei num instante sem ver cor.
Não mereceu o que fiz… nem o meu amor.
Foi melhor para nós; eu, penso agora.
 
E, se hoje, o teu viver é ver a aurora;
É teu fardo ficar sem meu calor.
Me ensinaste a provar o dissabor!
Nosso enlace não foi bom como outrora.
 
A teu lado, conheci esta faceta.
Tua deidade, creio, não ser eu.
Não se trata uma deusa deste jeito.
 
Preferi viver só, pelas sarjetas.
Sufocando o amor, que nunca, foi meu...
Fui embora com imensa dor no peito.
 
 
Márcia Aparecida Mancebo

 

 

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Por Justiça, ou por Redenção?

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Imagem By Margarida 

Por Justiça, ou por Redenção?

Naquela torre antiga, o vento geme.
Ecoando segredos de época vil.
Sombras valsam sobre pedras que tremem
Num lamentar, sombrio e sutil.

Fora outrora rainha em seu belo mundo
Agora, vaga sem direção, nem cor.
Nos olhos, um abismo sem fundo
E no peito o eco de um imenso amor.

Sacodem as velas quando ela passa.
O sino não soa e o relógio hesita.
Pois o mundo dos vivos a embaraça
Da dor eterna, que na alma habita.

Clama por justiça ou por redenção?
Não haverá ninguém a lhe interrogar.
Na noite, ouvem seus passos na negridão;
Como murmúrio querendo voltar.

Márcia Aparecida Mancebo

 

(Poema gótico)

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Sonhos que correm

Sonhos que correm.

De maneira humilde, a tarde vai embora
Espalhando luzes do sol no prado;
Iluminando as flores que na aurora
se abriram, sobre o verde do gramado.

Sinto uma paz ao contemplar a cena.
A tarde, despedir-se com brandura
para a noite adentrar, bela e serena.
Na minha pequenez sinto ternura.

Parece haver um bom entendimento.
A tarde, ao morrer, deixa um dourado.
Um tom que mexe com meu sentimento.
É uma extasia ver belo bordado!

E quando a noite se reflete linda;
No céu brilham lembranças do viver.
Lembrança de outrora que não finda
E os sonhos seguem livres a correr.

Márcia Aparecida Mancebo

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Entre névoas

Entre névoas 

Olhando pela vidraça embaçada
e ouvindo a canção do vento ao passar,
Uma névoa densa cobre a calçada
É o inverno que chega para ficar.

As folhas secas dançam no ar soltas,
Pássaros calam neste tempo frio
O céu pálido, nuvens sem escolta.
Veste- se a manhã com jeito sombrio.

Na chaleira o som suave, insinua
O cheiro do café a se espalhar.
Um tímido raio atravessa a rua,
tentando o cinza da alma matizar.

É esta sensação que o frio me traz
E encontro, aconchego, nesse lugar;
Na mente a lembrança não se desfaz
E minha se aquece sem me indagar.

Márcia Aparecida Mancebo

 

 

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Sentinela do Silêncio

Sentinela do Silêncio 

Quando a brisa adentra pela janela  
da sala, o teu perfume exala pelo ar
E a saudade, fica de sentinela,  
Pra ver se as lágrimas vão desandar.  

Pela casa, ecoa a tua saudade,  
Está, em cada cômodo, encravada;  
Teus gestos moldam a realidade,  
Ferindo como uma faca afiada.  

Eu sinto que a brisa beija a moldura,
Ali, onde o teu sorriso fez morada;  
Dum tempo, guardião, quando a ternura  
deixou tua presença ali selada.  

Tua saudade e o aroma do perfume
tingem, na brisa, a lembrança calada,  
Para que a alma, em silêncio, se acostume.
Que a tua falta está eternizada.

Márcia Aparecida Mancebo 

 

 

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Alma enamorada

É a verdade, sim, longe nós estamos.
Mas teu perfume está por onde vou
E os bons momentos, que juntos, passamos;
Sinto que o vento pra longe levou…

O que restou de nós? A melodia,
e o teu aroma que em mim impregnou?
Ah, que saudade da tua alegria!
Teu gesto doce o tempo não calou.

Se é destino sentir o teu perfume
Que o pensamento insiste em recordar.
Eu viverei assim, sem um queixume;
Ouvindo o vento em minha alma entoar.

Saudade disfarçada, não é não.
A tua imagem está desenhada.
Isto quem intui é o meu coração,
Pois minha alma suspira enamorada.

Márcia Aparecida Mancebo
15/06/25

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