Capricho
Tenho feito, como capricho, nas tardes.
Para sentir o coração vigoroso.
Deixo de fora, mazela e saudade.
Contemplando o pôr do sol maravilhoso.
Sinto que amadurecendo as fantasias.
A inspiração do sol se escondendo traz;
Emaranhado de letras e a poesia
Desperta, translúcida, e me satisfaz
Esse capricho é um arroubo tão gostoso.
Pois em êxtase a alma não adormece;
Fica altiva num gesto majestoso
E, o que me inspirou no fim da tarde, é, prece!
Poesia de mãos dadas com o poente;
Toma forma e alma, como ser vivente.
A pena vai deslizando lentamente:
o verso é rito, é luz, é canto eloquente.
Márcia Aparecida Mancebo
23/06/25