O anjo da minha esquina
Era muito jovem ainda, quando conheci a menina
de cabelos cor de mel. Um encanto de candura
que mexeu com a minha frágil estrutura;
e não foi à toa na sua meiga finura.
Debalde fui ao céu buscar
uma colher do santo
O anjo da minha esquina
Era muito jovem ainda, quando conheci a menina
de cabelos cor de mel. Um encanto de candura
que mexeu com a minha frágil estrutura;
e não foi à toa na sua meiga finura.
Debalde fui ao céu buscar
uma colher do santo
Piscar d’olhos
Há muito tempo por aqui apareci olhando
montanhas, sanhaços, pintassilgos, beija-flores
beijando bem-te-vis, despencando de penhascos
gorjeando louvores. A pradaria murmurando
o vergel-lilás de suas flores. Era o lugar
que sonhava para os m
Ao longo do tempo demarcam-se
Duas horas intempestivas, deixando
Cada periódico segundo agoniando congestivo
A noite miseravelmente escura e triste
Esconde-se no vão de um lamento tão
Caricato indubitavelmente comutativo e estupefacto
Deixarei a negritude
alheio ao lado da musa
começo a escrever
neste exato momento,
às doze horas deste dia
seis de junho de dois mil
e dezoito, porém, alguém
à procura de alguma alegria
aproxima-se, trazendo biscoitos,
bom café com leite qual anestesia
velho frio desta man
Poesia Insepulta
Alavanque então meu poema
chafurdando em negra lama
vai chupando manga com melaço
sobre teu sentir malsentido
pipocam incontinentes em teus braços
sonoros balaços.
Mas se ainda consegue ouvir, é porque vive
e se vive continue a chafurdar
do
Vou escrever um poema sem sentido
e dele fazer uma música sem melodia
sobre um amor que pensei ter tido
fruto da loucura não feita um dia.
Ele será assim: vi duas lagartas dialogando
escutei bem a reclamação de uma:
“quero ser bela, ter asas e sair voando
Floriu a paz
Pensamento floriu
Andei sobre flores
Vi caminhos florando
Onde se plantaram girassóis
De um lado e outro...
Vi rosas ornando veredas
Reguei meus sonhos
Com a boniteza da paisagem
E meu pensar refloriu...
Meu caminhar ficou perfumado
Tudo floresceu