Ruas da Cidade
O coração é solo sagrado
Deslumbrado no viver apaixonado
Faz da emoção, ser escravizado
E o desejo, um querer alado.
Ouve calado o uivar dos ventos
Aproveitando os doces momentos
Despreza os contratempos
Para não dar espaços a fragmentos.
Ceifadores dos sonhos
Que ao dia trazem o entristecer
Causando sofrimentos medonhos
Que o pensamento quer esquecer.
As horas, trazem a noite bonita
Com o céu, pela lua adornado
Tomado por uma emoção bendita
Caminho para estar ao seu lado.
Cruzei diversas ruas da cidade
Contrastando com povo discrente
Agora só, sou emissor da saudade
Possuidor deste caminhar silente.
O sereno adorna a madrugada
Tornando a relva orvalhada
No quarto, na cama desolada
Te espero, para ser por mim, amada.
João Batista do Carmo
Comentários
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Prantos
Os desejos com a força de um açoite,
Protegidos pelos ventos
Invadem a noite
Pegaram carona neste dia da vida,
E como dançarino habilidoso
Pegam galhos desprevenidos
Iniciando um bailar prazeroso.
Na noite bela e agradável
Enfeitam um palco pré luar
Onde um aroma suave e agradável
Anunciam o seu chegar.
As estrelas cintilam ao longe
Anunciando a chegada da lua
No silêncio de um monge
Aguardo a chegada sua.
Seus olhos de cor dourada
Me enchem de encantos
E me tornam pessoa deslumbrada
Que as vezes chega a prantos.
Seu olhar de desconfiança
Me domina e me desnuda
Renovando a frágil esperança
E me faz vibrar como criança.
A noite transcorre fria
Acolhendo este casal destemido
Amantes tocados pela magia
De um desejo infinito.
A madrugada chega alva
Trazendo sonho bendito
Que puro toca a alma
Contagiado por este amor remido.
João Batista do Carmo
Horas
As horas passam doloridas
Estou perdido na imensidão
De uma saudade maldita
Que sangra o coração.
Ser bondoso e inocente
Pulsando calmo e feliz
Pelos dias benevolentes
Sequência da noite em que te quis.
Sonhei na noite de luar
Com seus carinhos
Onde procurei te agradar
Com rosas sem espinho.
Caminhando pela escuridão
Te procurei loucamente
Mas foi em vão
A dor me enlouquece.
Os ventos na madrugada
Arrancaram suspiro do peito
Trazendo uma angústia danada
Me deixando insatisfeito.
Tu és minha solução
As horas mudas cobram
Pedindo aos ventos satisfação
E aos ventos, perturbam.
A madrugada chega ao fim
O dia chega decretando dia morte
O desejo toma conta de mim
No dia lamento minha sorte.
Como viver seu seus carinhos
E ao mesmo tempo ser forte?
João Batista do Carmo
Habitar
Não posso ver seu espírito,
Nem tão pouco seu pensar,
Mas esta claro, explícito
Que com eles quero habitar.
Impossível escutar sua alma
Te olho com desejos
Não temas, tenha calma
Estou desejando seus beijos.
Em seu coração sinto o palpitar
Quem somos nós no tempo?
Vamos neste desejo mergulhar
Vivamos este momento.
Suas mãos um afagar divino
Me trazem a felicidade
Só sentida quando menino
És meu ponto de sanidade.
Em seus braços me sinto pleno
Não sei como explicar
O coração disparado batendo
Num louco palpitar.
Seus abraços, o porto seguro
A acolher este andejo
Nada é mais doce eu juro
Que a sensação quando a vejo.
Em seus lábios, a seiva da vida
Sinto o amor resplandecer
És a minha querida
Razão deste viver.
Contigo as horas são destruídas
Em você resumo meu ser.
João Batista do Carmo
Madrugada vazia
A lua que encanta as noites,
Foge da escuridão quase infinita
Da longa noite sem sonhos,
Fazendo se agigantar o desejo pelo esperançoso dia;
Onde sua encantadora presença
É o motivo maior e sublime
Pelo qual trilho os caminhos controversos,
Com o sorriso de satisfação.
As horas correm com os ventos
Passando apressadas pelo longínquo horizonte;
Distraindo a mortal saudade
Que clama sua doce presença.
Anestesiando os danos dos
problemas
O sonho chega num ato repentino
Invadindo a madrugada vazia,
Trazendo a sensação paradisíaca
Que me possui quando estou contigo.
Me embalando em seu abraço,
Colho nos seus braços os carinhos
Que me enchem de êxtase divino.
Com este sorriso de Deusa
Sou arrebatado aos encantos celestes,
Explicáveis por te desejar D+.
João Batista do Carmo
Segundos
Vivendo pelos segundos
Sonho o constante caminhar
Inconstante é este mundo
Nos desejos vivo a vagar.
Na fraca claridade despertei
Sensação nova o apego
Na verdade não te procurei
Você não tinha chego.
Por incontáveis vezes chorei
Nem sempre como dor mas vazio
Em desertos te chamei
Em você minha sede sacio.
Nas horas vivo a pensar
Na imensidão deste sentimento
Que me faz te amar
E te querer a todo momento.
Na noite que esta no passado
Dúvidas povoaram a mente
Por ti estou apaixonado
Mas por mim o que sentes?
Este gigante bem querer
Que te tem de forma altaneira
Por horas me faz ver
Podes me querer de outra maneira
Coração vive um pulsar bonito
Embalado pela felicidade
Que ultrapassa o que é finito
Desaguando na eternidade
Deste amor bendito
No qual és minha majestade.
João Batista do Carmo
Minha Neta.
Ainda não sabes o que é amar,
Não é fácil, este verbo conjugar
Mas quero te garantir, te falar
Que MUITO BEM,
Tenho a lhe desejar,
E que a linda menininha
Que ao, na cozinha chegar
Me olhando a cozinhar,
Com ingênua curiosidade no olhar
Parecia algo querer falar.
Refeição concluída e servida
Parecia vê-la feliz da vida.
Sua fome saciava
Seu prazer me deslumbrava.
Você ali, frágil e pequena
Fazendo tudo valer a pena.
A ternura, exterminava o nada
Com o BEM e o AMOR, fazendo um complô;
E como a sede, que é saciada, exterminada
Por uma singela jarra de limonada,
Me toma infinita felicidade
E por ser o seu avô,
Sou grato por toda a eternidade.
João Batista do Carmo
Arte
Hoje vejo a magia na tarde
Com o dourado que hipnotiza
No céu, as nuvens fazem arte
Trazendo um querer que te eterniza.
Me toma, indomável energia de menino
Sou senhor das horas do meu tempo
Ainda sou aquele ser pequenino
Conduzido pela energia do vento.
Que, com o passar das displicentes, horas
Me conduz pelas populosas ruas da cidade
Quero te ver, sem mais demora
Para aplacar esta torturante saudade.
As horas me levam ao por do sol
A tarde relutante, do dia se despede
A noite, devagar vai assumindo forma
O corpo, sua companhia a lua pede.
No céu, brilha uma estrela solitária
Fiel escudeira, explora o firmamento
Traz ao momento a lembrança temerária
Fazendo sofrer o saudoso pensamento.
Que tem no peito, coração em chamas
Nesta noite de calma doce e prateada
Onde a alma em prantos, te chama
Para ser minha eterna amada.
João Batista do Carmo
ALEGRIA DE VIVER
Que a gente perca tudo
E mesmo com razão, fiquemos mudos
Desprezemos as constantes horas
Ousadas que passam sem demora
Mesmo que na boca nos falte dentes
Vamos entender que a vida nos quer contentes
A perda da razão, em alguns momentos
Não significa o extermínio da emoção, dos doces sentimentos
Que a noite passe em claro
Mas que seja o sonho, o prazer mais raro
Mandemos pra longe o sapato que aperta o pé
Caminhemos motivados pelo desejo e a fé
Vamos nos deleitar nos espaços entre as roupas
Aproveitando a brisa, que leve deixa a vontade louca
Deixar os cabelos seguirem os ventos
Pois viver é ser feliz e desfrutar os momentos
Nos percamos no mundo
Vivendo extasiados os desejos profundos
E que no desejo multiuso
Aproveitemos sem abuso
Não perdendo nossos sonhos
Mesmo que sejam medonhos
Pois eles são a essência do nosso ser
Mantendo em nós, a eterna alegria de viver.
João Batista do Carmo
Atalanta
Ferida pela espada de Atalanta
A madrugada se retira as pressas
Sangra enquanto anda;
E ao escuro regressa
Enquanto o dia se agiganta.
Já é intensa a claridade
E a manhã se torna perversa.
Não preciso falar da saudade
Que aqui te quer as pressas.
Hoje tenho o desânimo, no aparente tanto faz
Amordaçando o apetite voraz
Que em momentos atrás
Descompassava o coração
Deste eterno rapaz;
Detentor de indescritível paixão
Que aos ventos reclama
Nas loucuras da emoção.
Que se encanta na cama
Mas para a vida te chama
Para viver a eternidade
Do prazer de quem se ama.
Amor de verdade
Que vai além da vaidade
Contagiando com a chama
Que incinera a saudade.
João Batista do Carmo