Sou descrença de mim mesma
Quando fugidia
Aguardo o acontecer
Medo de ir além?
Não sei...
Nunca tentei
Inerte espera
Que me faz calar
E tudo passa depressa
Na cética oração
Que insisto rezar
Suzete Palitos
Sou descrença de mim mesma
Quando fugidia
Aguardo o acontecer
Medo de ir além?
Não sei...
Nunca tentei
Inerte espera
Que me faz calar
E tudo passa depressa
Na cética oração
Que insisto rezar
Suzete Palitos
Gosto da sua maneira de amar
Com seu jeitinho tímido de olhar
Com seu jeitinho de ir chegando devagarzinho,
Para me beijar e me acariciar.
Nessa hora sinto-me como se flutua-se
Entre o céu e as estrelas.
Uma sensação de bem estar comigo
Viagem
Às vezes fujo da realidade a sonhar
Esqueço que a vida é feita de fatos
Em uma viagem sinto embarcar.
E o que faço, meu jeito, meus atos
Aumentam o ensejo de muito amar.
Nesse embarque de devaneios vãos
Sinto acelerar o meu coração
Meus o
Voltaram a ser Crianças
Encontraram-se por acaso, no Largo da Conceição, em Beja, e na encruzilhada dos caminhos das suas vidas.
Inês, ainda a tentar ultrapassar o trauma provocado pelo fim de um namoro com mais de sete anos, acabara de sair do Museu
José Daniel ( O cientista)
Laureado Lambeu
Legado Litúrgico
Limou Lima
Lamentos Limbou
Latrinas Limpou
Liturgia "L"
Fim
antonio domingos
15/01/2020
Complicações Alopáticas
Caminhando à faixa da ventania
Meu corpo ardia e minha alma atendia
Tristes sofreres de um ser no plural
Em riste à lápide me chama animal
Final cruel homeopático
De frente ao túmulo
Um holograma simpático
Fim
Antonio Domingos
15/01/
Casa Pintada
A casa está pintada meu amor
De cor batom, o parto quente, lábios rentes, de calor
Sala e quarto , tudo límpido é o nosso amor
O quarto está pintado meu amor
De cor vinho, cama lareira, fronhas rosas, o furor
Sua foto na parede, sonhos verd
Apenas com um tiro de balestra
— J. A. Medeiros da Luz
Eis que a seta da besta alveja a besta,
Após riscar — a 70 metros por segundo —
O fino ar montês.
E, distando muito, a ocidente, de Alcácer-Quibir,
O agigantado líder, inebriado em sonhos de grande
Timidez...
"Ah!...gostas de mim?...gostas mesmo?...
Não me importo com o que o teu coração sinta;
porquê, tu vais gostar, gostar, mesmo;
é do meu pai...a cinta"!...
Falar do teu amor, hoje o que mais te custa,
(àquela menina que adolescente ent
Com certeza
Em oferenda lhe entrega
Com glamour e sonhos
E o viver a ti nada nega
aos versos que componho.
Os dedico com amor
Cada frase de cada linha
E com todo o fervor
Quero ouvir: – És minha!
Com um sussurro na noite
Acobertada em teus braços
Proteg
Viajando por Alves Redol
Ler um livro de Alves Redol
É fechar os olhos e sonhar,
Ver “Avieiros” num dia de sol,
“Constantino a guardar
Vacas e Sonhos” e sobre a mole
De “Marés” do Tejo, navegar.
Lezíria Ribatejana em calmaria,
Adorando “Uma Flor Chamada Mar
Alma de Poeta
Alguns pensam em guerra,
Outros sonham com amor.
Alguns destroem a terra,
Outros desejam-lhe o melhor.
Alguns matam a esperança,
Outros aspiram liberdade,
Alguns nunca foram criança,
Outros não acusam a idade.
Alguns não sabem amar,
Trazem
Vivo o tempo ovacionado
Vivo sempre emocionado
Pleno com minhas emoções
Altiplano com_tudo amasiado
Por todos os instantes
Em todas as instâncias
No claro, verde, estâncias
Pressinto meu cavalo no Haras
Minhas roupas no varal de sol
Meias e lenços
Pareado sem
Esperamos algumas dobras aprendendo mansidão
Depois, nos mesmos espaços a fio tivemos por lição
As certezas do intrépido desafio em vencermos
A vastidão dos doídos encantos indomados do mundo.
Outro tempo nos fora gasto no cotidiano desbaste
Daquilo que
Viajando nas letras
Depois de ler Camões,
Ou António Aleixo,
E imaginar tais paixões,
De nada mais me queixo,
E, nas asas das ilusões,
Deixar-me ir, eu deixo.
Ah, Barbosa do Bocage,
Onde tudo interage.
Camilo Castelo Branco,
Num “Amor de Perdição”
Eça de Quei
Horas mortas
Ah, como me importam
Aquelas horas mortas,
É nelas que choram
Viúvas atrás das portas.
Choram suas dores,
Temendo a solidão,
Perderam seus amores
Ficou-lhes a escuridão.
Descida vertiginosa
Que não leva a nada,
Matando a viúva chorosa.
Nada mais faz
As Pedras do Caminho
Lourenço reviu-se a recuar cerca de 25 anos no tempo. O choro daquele menino teve esse condão de o fazer regressar à sua própria meninice. Não que a sua meninice tivesse sido coberta de manto dourado, ou prateado que fosse, mas t
Um dia como outro qualquer
Um dia tão sem graça
Quando o sapato não aperta o pé
A chuva faz pirraça
O relógio aponta
E a vida corre pelas veias
O tempo faz as contas
Cem anos ou meia hora e meia
Se a morte toma pelas mãos
Alguém em cima da calçada
O dia amanhece
Com cara de poucos amigos
E nem o sol aparece
Faz tempo que o céu
Perdeu o ar da graça
Nem mesmo a vida que passa
Parece não fazer mais sentido
E quanto tempo faz
Que o sol já não me aquece
Eu já nem me importo mais...
Ele sabe que os dese